Opinião > Paternalismo na esfera da saúde é retrocesso ético Voltar
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A autonomia é sempre vivida em circunstâncias concretas. Não existe autonomia absoluta, como não existe liberdade absoluta. A sociedade vai sempre constranger o indivÃduo a se moldar a um padrão de condutas aceitáveis. Idealmente as condutas aceitáveis são definidas pelo debate democrático, mas esse debate tem interlocutores com forças distintas. PolÃticas de saúde pública existem exatamente para proteger a sociedade daqueles que têm mais força, como a indústria do tabaco, clandestina ou não.
André LuÃs, especialista em medicina baseada em evidência, sabe muito bem que o cigarro em qualquer das suas apresentações causa dano severo a saúde. O argumento que o vape faz menos mal que o cigarro convencional é uma falácia ecológica. Não existe evidência, talvez alguma, mas nada concreto. O argumento da autonomia individual leva a liberar todas as drogas. Se a decisão é pessoal, libere-se tudo. Por que somente o cigarro eletrônico ou tabaco aquecido? Nada de paternalismo, não é isso Dr.?
E a liberdade para fumar maconha, para cheirar coca, para se acabar no crack também cabem nos seus argumentos falaciosos, pois não? Ou o senhor aderiu ao lobby das chupetas?
Essa liberdade que você diz, esconde um empresa que lucra com o adoecimento e morte. Você esconde na defesa do indivÃduo o lobby dessa indústria que lucra com a doença e morte. Esse indivÃduo adoecido, além do dano pessoal vai para o sistema único de saúde, e para a sociedade que o sustenta. Não é proibir só o indivÃduo é proibir que empresas lucrem com a morte e a doença. E talvez impedir que alguns jornalistas lucrem por defender a morte e a doença escondido no mantra da liberdade individual.
O debate é interessante, pois envolve os limites da ação do Estado na liberdade do indivÃduo. A defesa da vida impõem limites a liberdade individual. No Brasil a Eutanásia não é permitida. A defesa da vida é tão intransigente que o indivÃduo não tem autonomia em retirar a própria. O aborto na maioria dos casos é proibido pois se há duas vidas envolvidas uma precisa ser protegida. Sou contra seu argumento, pois você demonstra argumentos frágeis em defesa do "produto" "estudos precisam ser feitos"
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