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Tirando as máscaras

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  1. Nilton Silva

    Nós imbecis, no afã de parecermos autênticos, somos apenas toscos.

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  2. LUIS PASSEGGI

    Nadando contra a corrente dos merecidos (?!) elogios ao autor do texto, por parte dos leitores, sempre penso quando leio a coluna, a cada vez (menos), no verso de Boileau: Ce que l'on conçoit bien s’énonce clairement, / Et les mots pour le dire arrivent aisément Como diriam os franceses: Quel charabia! Prosa e raciocínio datados de Foucault, Derrida, Deleuze Althusser… e imitadores. Em tempos de IA e ChatGPT-4. Desse jeito, com essa pegada, não temos como escapar da extinção.

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  3. Marisa Coan

    O senhor Muniz e a Folha, poderiam também tirar as suas máscaras, ou seriam vendas, que os impedem de ver que as pessoas que aparecem na baderna do dia 8 de janeiro não são necessariamente bolsonaristas golpistas. Porque, senhor Muniz e Folha, também eu e mais milhões de brasileiros, consideramos a legenda da foto postada aqui, do dia 8, como fake. Não custa os senhores respeitarem a inteligência destes brasileiros. Lembrem-se de q não são estas pessoas q estão fugindo da CPMI do dia 8.

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    1. Renata Echeverria Martins

      Por favor, me explica, pois juro que não entendi:" ..as pessoas que aparecem na baderna do dia 8 de janeiro não são necessariamente bolsonaristas golpistas", e são o que? eleitores do Lula? Acredito que não. Grata pela compreensão.

    2. Marcos Benassi

      Ah, prezada, tenha dó: se for questão de ordem, são *golpistas Bozofrênica*, e não o contrário. Mas não se dispensa nenhum dos carimbos: os próprios não dispensaram, pelo contrário, brandiam-nos com orgulho. Sifú e bem-feito.

    3. josé SOARES

      Nossa ! Quanta máscara e falta de miolo!

    4. Marisa Coan

      Mário Sérgio, já ouviu falar em táticas de guerrilha? E ao outro leitor, é preciso provar. Camisas amarelas, bandeiras e todo o resto, não provem nada, principalmente num movimento que nunca deixou um copo de água largado no chão, durante as manifestações. Nenhum " bolsonarista " tentou impedir as ivestigações, mas seu presidente, seu dino e todo o resto sim.

    5. José Fernando Marques

      São na grande maioria bolsonaristas golpistas, sim senhora.

    6. Mário Sérgio Mesquita Monsores

      Não são bolsonarista golpistas. Então são o q ? Quem tá fugindo é essa direita pesti lenta

  4. Ayer Campos

    Certo que a internet deu voz 'a todo mundo'; quando Eco afirmou que 'deu voz aos imbecis', quis dizer que as máscaras deram intrepidez aos que antes não falavam para não exporem seu vazio de ideias e abundância de afecções degradantes.

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    1. Marcos Benassi

      E não repercutiam, né, caríssimo? Com as redes insociáveis, têm uma câmara de eco sensacional. E haja aplauso às suas degradações. Tamo tudo bem KHagado, Ayer, no nível da lástima.

  5. José Cardoso

    'Mas nem todos vivem essa reinvenção de si mesmo, não amadurecem'. Enquanto elucubração teórica está ótimo. A questão é quando algumas pessoas (os que se acham amadurecidos) passam a ter poder para decidir quem amadureceu ou não, e regular assim seu poder de se expressar.

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    1. José Cardoso

      Ayer, só digo que para condenar a inquisição, ou toda forma de censura, não é necessário romantizar os censurados de cada época. Para cada Galileu, é razoável supor que havia muitos delirantes.

    2. Ayer Campos

      Há uma autocontradição aqui: por quê aos inquisidores se deve atribuir a 'maturidade' como poder para decidir quem era 'meio doido'?...

    3. José Cardoso

      Marcos, não é relativismo. Grande parte dos inquisidores da igreja católica tinham a melhor das intenções. Mesmo porque grande parte dos hereges era mesmo meio doida.

    4. Marcos Benassi

      José, prezado, relativismo de boteco não dá, não: tem muita coisa no mundo que não dá pra relativizar, a não ser descendo ao submundo.

    5. José Fernando Marques

      O que entendi do que diz Muniz Sodré foi: as redes estimulam a expressão sem base alguma, vazia e, por isso, tantas vezes perversa. Irresponsável.

  6. Michel Schettert

    Tragédia. A fome é mais leve que a coleira.

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  7. José Eduardo de Oliveira

    No alfarrábio de Nicolai Gógol, as almas mortas que Tchítchicov comprava eram realmente de mujiques que estavam mortos. As nossas, almas mortas, que estão soltas, e poucas presas, que estão aí, se mataram, tornaram-se zumbis por conta própria, mas não tiraram as máscaras, aliás, colocaram as suas verdadeiras, as do vazio existencial e cerebral, mesmo.

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  8. João A Silva

    "ao modo de um piloto automático de almas mortas", ótima metáfora. Fica a questão, o poder catalizador da imbecilidade humana -representada por aqueles que detestam ler, refletir e ponderar, mas possuem enormes doses de raiva, fúria e ressentimento - é uma reação espontânea, na medida em que se conectaram, ou, essencialmente, o resultado da aplicação dos algoritmos concebidos pelos gênios do Vale do Silício que já estão conscientes da desgraça que cometeram [vide "O Dilema das Redes" - Netflix]?

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  9. Marcos Benassi

    Ôôô, sêo Muniz, eu não acharia mau contar com a guiança de um psicopompo, não, até mesmo ainda em vida; um espírito honesto que saiba os caminhos é sempre útil. E é muito melhor do que os "Psipomposos" que tão pelaí, destilando descaminhos...

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    1. Marcos Benassi

      Hahahahah, eu tô é acabado ao fim da semana de podridão viral. Quá'que não dou conta de ler o sêo Muniz, hoje...

    2. Ayer Campos

      Mestre Benassi, que oficia no metiê, deve ter curtido as doutas elocubrações cibernéticas do professor Muniz Sodré.

  10. Cristiano Jesus

    Uma das melhores sínteses sobre o assunto. Acrescento mais um problema que é o empoderamento dos imbecis. As pessoas sentem-se mesmo orgulhosas por nunca lerem um jornal, livros, terem se qualificado em uma universidade, não entenderem nada de sociologia e filosofia, etc. As redes ensinaram-me uma palavra nova, o ghosting. Reivindico, pela minha saúde mental, o direito do ghosting com aqueles que são empoderados naquilo que me é insuportável. Elas não entenderão mesmo os motivos do rompimento.

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    1. Cristiano Jesus

      Alerto que fui irónico. É importante comunicar o fim.

  11. Gilberto Rosa

    O problema das redes sociais não é só a maldade individual, menos pior das maldades, mas a aquela financiada e divulgada por intermédio de robos, com toda a ciência para o maior efeito pela individualização do conteúdo para cada perfil.

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  12. Alexandre Pereira

    Casas sem espelho mas ricas em narcisismo e insegurança emocional são um problema. Resultado: hiperalinhamento à essa ou aquela corrente. Parece cíclico, a cada vez que imergimos de uma epidemia social, logo entramos em outra. Quem sabe, se quem fomenta tais infortúnios fosse, em fim, responsabilizado? Talvez produzisse uma alternância no cárcere entre auto glorificados, ou uma divisão dos presídios entre fascistas de direita e de esquerda.

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  13. Benedicto Ismael Dutra

    Falta intuição. A pressão para seguir a maioria é forte, e isso significa que esse sentimento domina o homem da massa, ou seja, aquele que abandona o que a sua intuição diz para seguir a manada. Isso constringe a individualidade, vai moldando o comportamento mesmo contrariando o querer próprio, a personalidade. A uniformização elimina a diversidade; a sociedade perde, deixando de se beneficiar com o desaparecimento da criatividade individual. Vencem os interesses particulares.

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  14. Vito Algirdas Sukys

    O varejo eletrônico também causa o deslumbramento do Homo Sapiens versão não pensante. Um conhecido, comprou um relógio de pulso de um varejo eletrônico dos confins do mundo por um dólar. O curioso é que o relógio parou de funcionar um mês depois. Perplexo me perguntou sobre a falta de caráter das pessoas. Apenas pude lhe dirigir um sorriso.

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  15. Enir Antonio Carradore

    As maiorias, que eram silenciosas, flutuam na internet, à semelhança das enchentes em que todo o esgoto vem à tona. Prefiro o odor dos esgotos.

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