Ilustrada > Geraldo Vandré, aos 88, nega ser recluso, busca acervo em SP e vive como aposentado Voltar
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Pau de arara, afogamento e choque elétrico tornaram Vandré apático e titubeante.
Não há muita lógica em você escrever denunciando um estado de coisas no paÃs em plenos anos 60, e de repente ter farda de general em casa, apaixonar-se pela Força Aérea, etc. Tem algo mal contado nisso tudo, mal explicado. De qualquer forma, ainda é um dos grandes criadores musicais brasileiros, sem dúvida, e não há o que apague seu legado cultural, sua poesia e sua arte.
Se Vandré não foi torturado, ele sofreu a crise do personagem de Melville 'O escriturário'. Nada mais faz sentido depois de saber que parte da população adora ser escrava do fascismo, escolhe o masoquismo ou sadismo de uma ditatura militar ou civil. Triste Vandré, virou um zumbi ou nós supostos conscientes que viramos zumbis?
Sofreu muito, imagina a tortura que sofreu. Mais um que a ditadura destruiu. (Abner Nazaré Cândido)
Meu livro Tempo de Resistência é o único que conta a verdadeira história da volta de Vandré ao Brasil. Leopoldo Paulino
O cara faz uma música no auge da ditadura com a seguinte letra: "Há soldados armados amados ou não, quase todos perdidos de armas na mão. Nos quarteis lhes ensinam uma antiga lição, de morrer pela pátria e viver sem razão". DaÃ, depois de exilar no exterior, volta ao Brasil em 1973. É preso. Logo após, ele é libertado e sai dizendo pra todo mundo que os militares são espetaculares. É difÃcil imaginar algum preso polÃtico na ditadura que não tenha sido torturado.
Confesso minha incredulidade. É triste para quem foi motivado pela força de suas mensagens a sair às ruas, enfrentar soldados munido apenas de uma ardorosa canção, ver um gênio transformado num boneco francatripa!
Realmente, um poeta que a todos emociona. Esse pessoal do sertão da Paraiba sabe das coisas.
As músicas de Vandré e suas letras eram excelentes inesquecÃveis. "Ventania", "Disparada" e tantas outras. Mas, a meu ver, seu momento realmente iluminado foi com o álbum "Das Terras do Bem-Virá", todas as suas músicas. Até hoje me deixa em êxtase quando ouço.
Eu tenho esse disco, é lindo mas...muito triste.
Todas, estupendas. Amo a melancolia, melodias, letra. Seu tempo foi curto, porém deixou obras primas.
Enquanto muitas pessoas, inclusive os jornalistas, buscam um Geraldo Vandré que poderia ter sido, o Geraldo Vandré que é não corresponde às expectativas por não ter assumido o papel que esperavam dele.
Morei na divisa com o Paraguai, na época que haviam centenas de exilados brasileiros mundo afora. Um repórter conseguiu entrevistar o Geraldo Vandré naquele paÃs e tive a oportunidade de ouvir. Só dava respostas desconexas e não dizia nada lógico. Totalmente fora de si, transparecendo que havia sofrido algum trauma cerebral. A certeza que ficou é que foi torturado brutalmente.
Acho que não caiu a ficha dos idólatras, de que ele não quer ser incomodado. Simples assim… Ele viveu uma fase da vida e agora está vivendo outra. Não roubou, não matou, não cometeu crime. Só quer anonimato. Merece meu respeito
O artista deixa uma obra significativa e poética na MPB; já a pessoa é realmente estranha com essa admiração quase infantil por militares. Vai entender.....
Criticar sem saber porque. Ele foi atuante na juventude sua música ajudou sim no engajamento contra tempos sombrios, talvez um dia se for da vontade dele saibamos a verdade, ele não se auto exilou, motivo teve.
É o primeiro que eu vi, entrou no mar e diz que não se molhou? Só fez aquela famosa música e nada mais ficou registrado?
Ele compôs algumas outras músicas, não só a de tÃtulo "Pra não dizer que não falei de flores". Pesquise. O Google está aà pra isso.
E deve ter percebido que os polÃticos calçam 40.
Que bom que está bem e convicto de suas escolhas.
Ele, com certeza, tem os seus motivos para ficar calado e negar tudo. IMagino as ameaças que deve ter sofrido dos generais da ditadura. Quem tem kuh tem medo.
Matéria desnecessária. O próprio Vandré diria isso.
O dono da vida é ele, né não? Mas é meio decepcionante. Enfim, Soda-fe nós, a criar expectativas: fez o que tinha que fazer, e não teve crÃtica posterior. Então, tá. (Mas fadinha de jenerau é coisa de DumBão, vá...)
É uma pena , mas valeu ter feito a música! Cada um contribui como pode!
Esse é mais um caso onde podemos dizer que a obra sobrepõe-se ao artista!
Pessoa pode ser a melhor do mundol, mas se idolatrar polÃticos que preguem ditadura, seja qual for, eu deleto do meu circulo de amizadoes.
Triste notÃcia para corações que acreditam que as letras, os ritmos, as batidas do Vandré empurraram milhares de jovens em busca da liberdade e da crença em um Brasil melhor.
Optou pela insignificância, um jeito ele ajeitou do Geraldo Vandre se acabar. Fagner e Zé Ramalho são outros exemplos de alzheimer politico social. Com um histórico músical inspirada nestes temas, sem isto vão tocar xaxado, baião ou forro.
Acho ótimo que ele põe limite em nosso desejo de apropriação. Terminamos de ler a matéria com a mesma ignorância de quando começamos. Por que isso? Por que aquilo? Bom saber que viveu um grande amor, que vive bem, que está com saúde, tendo já tido uma vida longa. "Viver é melhor que cantar".
Bravo!
Poderia ser lembrado apenas por sua arte. Nada mais. Chamam isso de jornalismo, torturar pessoas que infelizmente "estão em outro Mundo" e fora da normalidade. Lamentável.
Ajudou muito com suas letras, suas músicas. O silêncio deve ser por conta do pesar q sente, sabendo que o Brasil não mudou muito desde então. Obrigado Vandré, pois na minha adolescência e no começo da minha juventude tive uma pessoa tão "cabeça " como você e outros da MPB.
Dizem, não sei se é verdade, mas dizem que a Ditadura empurrou tantas drogas na mente do Vandré que hoje vive com a SÃndrome de Estocolmo. Sinceramente, prefiro acreditar nesta narrativa, senão, terei que acreditar que era um oportunista.
O fato é, que nos idos de 68/69 a polÃcia militar do Paraná foi rechaçada da invasão do Diretório Acadêmico Nilo Cairo da Faculdade de Medicina da UFPr com a música do Geraldo Vandré e muito coquetel
O fato é que nos tempos difÃceis da ditadura a sua música ajudou os verdadeiros brasileiros na resistência e na defesa da democracia, e isso não tem como ele negar.
O fato de não querer dizer nada sobre a existência da ditadura no Brasil, parece ser sÃndrome de Estocolmo.
Acho interessante essa perspectiva de dizer algo quando tem algo a dizer, e depois se calar. Ninguém é obrigado a ser genial durante a vida toda.
pra nao dizer que nao falei das flores um artista nao precisa explicar nada, quem explica ou nao sao jornalistas e as as vezes estao equivocados e isso tambem e bom.....
Ouvir aquela música é como ver "o grito " de Munch. ImpossÃvel não cantar ou não gritar também. Ficou atemporal, imune à s nuances da história. Aquele Vandre é inseparável daquela canção. É arte.
Tem também " Disparada ", outra música genial dele.
Jose Lino: gostei do seu comentário, obrigada.
Ironia da vida ou o anseio cego de buscar herois? O autor da música sÃmbolo contra a ditadura militar não é nada engajado politicamente, ainda que seja um ótimo artista.
Vandré não precisa contar a sua história. Sua obra dispensa qualquer comentário.
Pobre aquele que tem ou precisa de "ideologia pra viver", o que muito difere de caráter.
Lamentável ter virado lambe botas dos militares. Vá entender! Se apequenou.
Todos têm que ler o mundo pela sua cartilha, né não? Mesmo Geraldo Vandré, uma sumidade, se não concordar com seus dogmas, é lambe-botas e quejandos. É duro ter o monopólio da verdade sobre todos os assuntos e olhar para todos por cima: Vandré se apequenou...
Vandré é genio! Sua obra vai muito além de "caminhando". É mais do que um grande compositor. Ele é um poeta maravilhoso. Nunca nenhum artista significou tanto a luta pela liberdade contra a opressão feita por governantes e pelos poderosos exploradores do proletariado.
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