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  1. Maria Carolina Bastos

    Haa, Michael, mudar a lógica das instituições de ensino tem sido cada vez mais difícil. Os alunos entraram numa onda do bolsonarismo e há um receio até semântico dentro de sala de aula, pense só como racializa as aulas. Mesmo com formação suficiente para racializar qualquer tipo de conteúdo, ainda possuo dificuldades no campo institucional e, também, na relação com alunos. Agora como professora essa violência ainda continua, isso é muito triste. Nada blinda do racismo. Nada.

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  2. Nilton Pereira

    Antes de começar a ler seu artigo eu estava pensando na minúscula quantidade de colunistas não brancos escrevendo na imprensa brasileira. Na minha opinião, esta é uma das nossas piores chagas. E, junto dela, vem uma outra: o fato de que escritores negros precisam passar boa parte do tempo falando de racismo e pobreza. Vai ser ótimo quando conseguirmos falar daquilo que estudamos. Sou preto e doutorando em Economia, não em racismo. Até queria explicar melhor, mas não tem como escrever mais.

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  3. MERCEDES NAZAR CANDIDO

    Não há saída dentro do sistema capitalista, seja onde for! (Abner Nazaré Cândido)

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  4. Marcos Benassi

    Ôôô, Michael, meu caro, a dona Nina, tão sofrida... Cara amarrada, lutadora, mas que jeito não sê-lo? Sempre me surpreendi de não haver amigo preto brabo com tudo o que tinham que aguentar. Menos moleque, comecei a ouvir jazz e conheci o Miles Davis, raivoso, dava certa meda daquele maluco; tempos depois, ouvindo o "elétrico" Jack Johnson, foi caindo a ficha: era pra ter medo mesmo. Do dia em que os pretos ficassem de saco cheio dos maus tratos. Fiquem mêmo: já passou da hora. Lutemos.

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  5. Vito Algirdas Sukys

    Caríssimo Michael, a referência à música de Nina Simone, Baltimore, onde uma pequena gaivota espancada tenta voltar ao mar para sobreviver às adversidades é comovente. Como sua trajetória pessoal. Baltimore tem um lado positivo, a Johns Hopkins University onde mulheres puderam estudar medicina e alunos carentes obtiveram bolsas de estudo, como você para entrar na USP. Aqui em nosso país os que mais estudam poderiam ser voluntários para ajudar os que ficam atrasados. Precisamos de recursos.

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    1. Vito Algirdas Sukys

      Ôôô Marcos, meu caro, a banda amadora de Blues do meu filho chama-se "Angry Charlies", zangados com a discriminação entre as pessoas. No artigo de hoje na Folha, Thomas Friedman fala sobre a aproximação entre Israel e Arábia Saudita e o abraço da democracia em Israel. Tenho uma prima que mora em Tel Aviv e me contou dos protestos pela democracia. Meu sonho é o dia em que árabes, judeus, brancos e negros vivam em paz, afinal temos as mesmas letrinhas A, T, C e G em nosso DNA!

    2. Vito Algirdas Sukys

      Prezado Marcos, a música Baltimore é triste, tenho um conhecido que viveu em Baltimore e disse que a elite local não enxerga o seu redor. Mas nós somos máquinas de sobrevivência, temos os mesmos A, T, C e G em nosso DNA. A música é universal; meu filho toca numa banda de blues aqui no Brasil e toca Miles Davies que foi espancado, como a gaivota de Baltimore, quando estava fumando na porta do bar onde tocava.

    3. Marcos Benassi

      Ôôô, Vito, grato dessa chave pra ouvir Baltimore: tenho ouvido meio duro pra entender letras em inglês, vou ouvi-la melhor agora... Mas a dona Nina tem uns trecos tão tristes... E strange fruit, da Billie Holiday, que coisa horrível? Já tiveram que engolir cada sapo venenoso nesse mundo...

  6. Fabrício Schweitzer

    E, infelizmente, essa corrida parece não aliviar. Já cansei de bater cabeça tentando imaginar uma saída. É muita corrupção, é muito dinheiro gasto com políticos que nada fazem, é muita desigualdade. É uma des-graça!

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