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O outro naufrágio

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  1. Nelson Maria de França

    Eis mais um defensor dos pobres e oprimidos, a quem o professor e filósofo Olavo de Carvalho nomearia de "O inatacável".

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  2. José Aparecido de Oliveira

    ... tanto dinheiro e eles, talvez, precisariam de ar, que é de graça.

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  3. Francisco Barbosa

    é uma desonestidade intelectual comparar o exílio forçado de milhares de pessoas vulneráveis pelo mediterrâneo com o canhestro passeio voluntário de alguns milionários presunçosos (inclusive diante da natureza). Uma das poucas colunas sensatas da Folha hoje descambou para a análise de sommelier de tragédias. A busca pelo impacto embota o juízo, infelizmente.

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  4. Eulalia Moreno

    O Titanic exerce sobre nós um fascínio social e religioso. Prestes a afundar, todos a bordo tornaram-se iguais naquela noite com a diferença de que os da 3ª classe morreram primeiro. O navio que nem " Deus seria capaz de afundar", afundou por imperícia ou arrogância. O nosso imaginário se alimenta dessas coisas e os leilões de peças saqueadas dos despojos do Titanic movimentam milhões.

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  5. Diego Rodrigues

    Acho que o povo erra a mão feio ao insistir nessa tese de hipocrisia: " ah, a mídia não dá toda essa atenção para os refugiados X,Y,Z que se afogam em barcos precários". Longe de mim dizer que a grande mídia faz a melhor curadoria do que transforma em assunto, mas há um apelo diferenciado, para mídia e para nós espectadores, por situações extraordinárias, pitorescas, extremas.

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  6. Diego Rodrigues

    Em meio a tanta tragédia e sofrimento eh interessante mesmo pensar porque umas tomam pra si toda a atenção. O texto ficou ótimo, mas acrescentaria que a pitada de mistério "onde está o submergivel?", "o que aconteceu a ele?", de acontecimento ainda se desenrolando aguardando desfecho contribui para a economia do engajamento.

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  7. Javert Lacerda

    Em janeiro de 1960 o batiscafo Trieste, tripulado, desceu na fossa das Marianas, perto das Filipinas , a uma profundidade de mais de 9.000 m, recorde até hj insuperado. De forma esférica, a que melhor suporta a pressão, era feito de aço com espessura de 2 polegadas. Tecnologia dos anos 60, sem joysticks.

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    1. Ney Fernando

      E "com fio".

  8. José Cardoso

    Da minha parte, o interesse não tem nada a ver com a riqueza dos envolvidos. O caso das crianças perdidas na selva colombiana foi tão impactante quanto esse. Trata-se de imaginar a sensação de completo desamparo.Não deixa de ser uma metáfora da própria condição humana: saber que mesmo que agora estejamos bem, vamos morrer em pouco tempo. No caso deles, talvez em horas.

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  9. Filipo Studzinski Perotto

    excelente texto

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  10. Marcos Benassi

    É, meu caro, esse povo descuidou forte; de fato, há um agulhamento: que catso foram se meter numa casca de noz impermeável? Todavia, tenho um certo horror a essas notícias de gente fina: festa, barco, *hotéis mais incríveis" e eticéteras - bem como dos comerciais da TV, que ficam espicaçando os desejos de quem tá quietinho. Tirante isso, lembrou-me do coach ex-candidato que foi coachar lá em Agulhas Negras e o grupo se deu mal: a troco de que essa "superação artificial" encanta? Eu, hein?

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  11. Marcos Fonseca

    O que mais me choca é a capacidade de atletas ganharem tanto dinheiro para colocar bolas em buracos ou celebridades ganharem tanto dinheiro postando uma transa ou sentando na garrafa, o que não deixa de ser colocar algo no buraco.

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  12. Marina Gutierrez

    A hipocrisia normal, enquanto imigrantes se afogam diariamente nas costas da Grécia e Itália, palestinos são massacrados diariamente pelo governo de Israel com apoio dos USA e União Europeia, povos africanos morrem de fome,etc. a imprensa ocidental passa 24 horas do dia narrando sobre o submergivel com cinco passageiros.

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  13. Flavio Colker

    Duvido que aqueles fazendo comparações e gritando moralidades sociais sobre a atenção dispensada ao submarino tenham pensado sequer uma vez por dia nos refugiados nos ultimos meses.

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  14. DANNIELLE MIRANDA MACIEL

    Este é um excelente artigo. Obrigada por ele.

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  15. Leonilda Pereira Simoes

    Se tivesse tanta gente interessada nos barcos caindo aos pedaços que chegam à Itália e outros países europeus trazendo pobres refugiados de guerra e da violência na África e Oriente Médio seria demonstração maior de humanidade. Os refugiados não têm opção, enfrentam a morte no mar porque ela é também certa na terra natal. Os convidados do submersível escolheram se expor, não foram obrigados. É triste, mas a realidade dos mais pobres e perseguidos pela guerra e miséria é pior ainda.

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