A diatribe do presidente da República e de seus adeptos contra o Banco Central, neste início do terceiro mandato de Sua Excelência, parece totalmente em desacordo com a política monetária adotada no primeiro mandato dele, em que a taxa básica de juros, esteve, nos primeiros meses, sempre acima de 25 por cento ao ano.

de acordo com a Lei complementar 179/2021, art. 5º, IV, o presidente do BC pode ser demitido pelo presidente da república se apresentar mau desempenho ou descumprir os objetivos do BC, previstos no art. 1º, inclusive parágrafo único. o presidente do bc está descumprindo esses objetivos, e há como provar isso. logo, o presidente só não demite porque não quer.

A cada 100 colunas sem vergonha do Vinícius e Bruno defendendo o juros do BC, a Folha coloca uma coluna contrária, sem visibilidade e após a reunião do Copom.

Piva, não fica claro para mim os casos da Argentina e Turquia, com inflações próximas, respectivamente, a 110% e 40% ao ano. Lá os governos gastam a vontade e interferem no BC. Na Turquia, após as eleições, o governo puxou os juros para 15% aa. Outro ponto que me chama a atenção é que os juros do cartão de crédito de um grande banco está a 389% aa e os juros para capital de giro, de outro banco, para microempresários, está a quase 23% aa e reclamamos da Selic a 13,75% aa. Há um viés ?

Muito bom! Pena que a Folha só publique para dizer que ela é plural e que sim, estamos loucos de não querer juros altos.

esse problema já poderia ter sido resolvido se o presidente da república demitisse o presidente do banco central. nada impede de fazê-lo. não faz porque não quer.

Pois é! Estamos todos vendo alucinações enquanto as vozes da verdade absoluta desse ente sagrado denominado 'mercado' reina poderoso, impondo sua vontade perante os trabalhadores, empresários e todos aqueles que querem produzir e gerar empregos. Uma triste história de gente cruel que só consegue enxergar os sifrões$ de seus rendimentos pornográficos e mesquinhos.

A queda da inflação veio da queda dos preços dos combustíveis, que nada tem a ver com a Selic, inelásticos, contrariam a teoria do Copom; do aumento da oferta de alimentos, financiados por juros subsidiados, outra afronta à teoria do Copom. Assim destinatemos cerca de 700 bilhões de reais em 2023 para pagar juros, com 250 bi, indevidos.

# 1.1 Sim, economia é ciência. Sujeita aos vieses de pesquisadores e erros de policy makers. Três coisas distintas. Bem, mesmo com a melhor evidência (empírica) de que cloroquina não funciona, doutores (sic) nacionais e estrangeiros advogavam seu uso. Artigo interessante, mas há uma anedota engraçada que diz o seguinte: Papagaio aprende a dizer que Selic tem de cair e ganha PhD em Política Monetária. Naturalmente, eu também gostaria de uma Selic menor.

#1.2. Entretanto, qual é o contrafactual que o autor possui (pode citar terceiros, claro) para as variáveis da economia se a Selic cair abaixo daquela necessária para fazer com que a inflação convirja para a meta? Bem, para o leitor/autor desavisado, temos a experiência da Nova Matriz Econômica (gentileza, checar). Resumo da lição: Selic baixa não é condição suficiente para termos maior crescimento, emprego ou a renda do trabalhador. Gaslighting da informação?

É isso mesmo Piva. Agora aquarde os comentários de alguns leitores da FSP que defendem o BC. Eles acham que economia é ciência.

Juros abusivos - uma das principais ferramentas para manter a desigualdade no Brasil e que, por sua vez, é nosso principal problema como nação. Ótimo artigo. Lúcido.

Sensacional! È gaslighing na veia!!