Hahahahah, Bia, querida, que vontade de largar as minhas próprias buchas! As alheias, então... Sabe que quando morei em Portugal não senti falta de sabão em barra? Devia haver, porque não comungo da crença nos líquidos, e banho, tomei: chuveiro ótemo, aquecimento a gás, delícia! Olha, dia desses resolvi trazer um italiano pra casa, cheirosíssimo, delicado, um primor. Tinha até o nome do sujeito que o havia feito, "Fulano, saponetieri". Aqui, se falar que sujeito é saboneteiro, capaz de apanhar..

Esse besterol atravanca o Brasil. Tem tanta coisa para comunicar e vem o caco de telha, sobonte em barra e líquido. Bomdes antigos em BH trazian a propaganda - só há um sabonete supimpa, que mantem a pele limpa, é um tal leroy, mas sabe qual é o nome dele?, sabonete lifeboy.

Morei por um tempo na Holanda, em Roterdã. Na primeira ida ao supermercado mais próximo da minha casa, a surpresa: simplesmente não vendiam sabonete em barra, só líquido. Tive de me acostumar - e correr de volta pra barra, com muita saudade, logo que voltei ao Brasil.

Acho que é culpa do jingle : apanho o sabonete, é ducha Corona dando banho em tanta gente. Kkk, como os comerciais antigos nos influenciavam! Na hora de fazer café, é café Seleto que a mamãe prepara. Pipoca com guaraná. Roda baleiro, atenção. Mas isso aí : sabão em pedra para o corpo, em pó para as roupas, e líquido para a louça. Se o resto do mundo não concorda, problema deles. Eles também não têm churrasco com maionese e pão com vinagrete. Sabem nada, inocentes!