Lygia Maria > Patrulha da língua Voltar
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Surpreendente os comentários.
CarÃssima colunista, sugiro q pesquise um pouco mais. A origem do termo criado mudo é de origem escravocrata. Faz--se referência ao escravizado q "dormia" no quarto de seus senhores. Ele presenciava atrocidades dentro das alcovas e não podia se pronunciar pq como todo escravizado era considerado como invisÃvel e mudo. Alguns eram proibidos até mesmo de dormirem e estarem em prontidão para servir seus senhores. Ou seja, criado mudo é uma expressão cuja significação é ancorada na violência.
Criado mudo é um móvel utilitário doméstico que, em geral, é colocado ao lado das cabeceiras de cama. Esse é o sentido e a referência da expressão. Sou calvo, e não me sinto ofendido e tampouco me identifico com pneumáticos excessivamente usados. Sei que se referem, em sentido e identificação, ao objeto. A linguagem é cheia de conotações, e exacerbar ranços identitários negativos é uma grande chatice. A propósito, sou mulato.
Paulo, faça uma pesquisa rápida sobre o termo. A lÃngua metaforiza as relações sociais de um paÃs e nos leva a pensar sobre as bases nas quais nos construimos enqto nação. Duas observações: 1. não sou esquerdista. Apenas estudo o assunto. 2. Vc cometeu um problema argumentativo qdo desviou suas crÃticas do assunto e as direcionou a mim.
Tá vendo, logo surge uma fascista racial querendo censurar. Criado mudo vem do inglês. Vc é ignorante e repete a gritaria racial da esquerda.
Desculpa, mas não é essa a origem do termo.
De acordo com a etimologia, que é mais fiável, criado-mudo é uma tradução literal do termo em inglês “dumbwaiter” que, conforme o dicionário Oxford, era o nome dado tanto a um elevador de transporte de refeições presente restaurantes ou residências privadas, quanto a "uma mesa auxiliar" de serviço. Há uma outros série de outros termos em que se incorre neste mesmo entendimento intencionalmente equivocado, como “fazer nas coxas”, entre outros. Importa menos quem fala, mas o que se fala.
Uia, a etimologia é essa? E eu, crendo que era "só" correto-politiquice, prima de "não diga que a faca está cega, porque é feio". Nada como uma surpresa pra passar rasteira na gente...
Xiiiii, Lygia, é aquela história: o inferno tá repleto de intenções branquinhas, boas e alvas que nem nuvens. Sujeito tem um faniquito anti-racista, perfeitamente legÃtimo, mas sorta uma lista capenga dessas. Efeito colateral da vida contemporânea, vamo que vamo...
Palavras luminosas e raciocÃnio esclarecedor. Os patrulhadores ideológicos comumente são movidos por um ódio cego e vivem numa escuridão abissal. Olham, mas não enxergam. Só as sombras deles mesmos, como os cativos brutos e ignorantes no fundo frio e escuro da caverna de Platão.
Obrigada por trazer luz a discussão.
Qual a surpresa? Vindo de quem vem, nenhuma.
Cara Lygia Maria, não superestime esse pessoal. Não se trata de obscurantismo (eles nem sabem o que é isso) e sim da velha e renitente burrice de sempre. Neque ego homines magis asinos numquam vidi.
Ôôô, meu caro, nada como ter o poder de consultar a Pitonisa co'a pontinha do dedo e entender a citação noutra lÃngua! Eba! Ficou bonito pacaramba, aliás.
Reflexão muito boa e oportuna.
Concordo plenamente. Parabéns à autora.
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