Vera Iaconelli > Nostalgia de um passado idílico Voltar
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Te amo
EExcelente Vera! Acho que falou de questões e reflexões que acompanham a todos nós que nos encontramos na dita meia idade, ou naqueles degraus em que olhamos láaaa para trás. Essa nostalgia me acompanha e já foi um baque... Só não acho que aos 60 a gente possa revolucionar a vida como seria possÃvel na juventude. Lá atrás éramos um ser em construção e não havia muito a perder, ao contrário da maturidade, quando já não queremos mexer nas conquistas! DifÃcil!
Vera, excelente texto. Sonhar o sonho do outro ou não assumir a responsabilidade pelo próprio a ser buscado é uma relação interessante. Um ponto que me chamou a atenção é o reconciliar-se consigo mesmo. Faz parte. Perdoe-se.
Muito bem observado que queiramos na juventude nos provar, de certa forma negando o núcleo familiar para afirmar nossa individualidade. Só tenho dúvidas de que isso seja ainda assim, ou se foi uma coisa datada do final do século 20.
Sim, pode-se dizer que a juventude é frequentemente considerada como um “tempo mágico de infinitas escolhas”. Durante essa fase da vida, geralmente ocorrem várias transições e oportunidades que podem ter um impacto significativo no futuro de uma pessoa. É um perÃodo em que as pessoas estão descobrindo sua identidade, explorando seus interesses, estabelecendo metas e fazendo escolhas importantes que moldarão suas vidas. Na juventude, as possibilidades parecem ilimitadas!
Mais do que ilimitadas, a possibilidades estavam todas no imenso futuro que se estendia diante de nós, e que a gente estava certo de que era para sempre.
Me lembrei da canção Carolina de Chico Buarque: "O tempo passou na janela/Só Carolina não viu". Acho que todo mundo, ou todos aqueles que se põe a examinar a própria vida, se dão conta de que não conseguiram ou não puderam realizar algo que queriam muito. Por um lado, é triste; por outro, acho que dá pra se consolar por ter realizado outras coisas, ou por ainda poder alcançar outras coisas. IncrÃvel como isso depende também das suas companhias, daqueles que lhe dão apoio na vida.
Vera Iaconelli é das melhores colunistas deste jornal. A psicanálise, sem dúvida, é uma ferramenta analÃtica poderosa, mas vamos combinar que não é pra qualquer um. Como falar em não atender ao desejo do outro, e tomar as rédeas do seu próprio desejo, num paÃs como o Brasil, essencialmente escravocrata? Num lugar onde é esperado que cada um "cumpra o seu papel", falar em ética e desejo soa tão razoável quanto aprender a voar.
Não é fácil ser sujeito do desejo, principalmente diante de tantas vicissitudes do sistema. Mas desejar, sonhar e realizar devem ser o norte.
Creio que você escreveu para homens brancos. A vida de uma negra da periferia está em outro mundo, inalcançável para quem passou a vida em uma bolha.
Pessoas negras, pobres e periféricas não podem ser reduzidas ao nÃvel da necessidade. Enquanto existe subjetividade existem espaços de escolha seja no amor, seja na amizade, seja na religião. A pobreza violenta, mas não elimina a subjetividade.
Apenas isso: excelente.
Iaconelli. Achei primorosa a tua argumentação. Eu vivi e convivi com essas transições. Agora, idoso, me sinto deslocado nesse tipo de desencontro. Me parece que a racionalidade no conviver é muito estranha e confusa. Agora optei por me distrair com opções da Internet. Ler coisas ou opinar e comentar na fSP.
Â…e se reconciliar consigo mesmo. BelÃssimo feixe para o artigo
Não conheço muito de psicanálise: Jung, Lacan, Freud são figuras perifericas da minha cultura limitada. Mas adorei seu artigo, pela forma delicada com que se expressa. Coisa muito rara hoje em dia em que somos, mulheres mais velhas, agredidas pelos tÃtulos de alguns artigos de mulheres. Obrigada .
Percebo esta nostalgia em grande parte de amigos e conhecidos da minha geração. Não consigo sentir a mesma coisa. As mazelas estavam lá lÃmpidas e acessÃveis a qualquer pobre mortal. Tudo demorando em ser tão ruim no Brasil periférico e ilusório.
Como dizemÂ…Antes tarde do que nunca!!
Muito bom ter uma coluna na Folha que trata do fascinante assunto que é a psicanálise.
Esta é a pensadora do humano que nos encanta - sem tremor, sem temor...
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