F Alves sentiu...

Ainda tem uns patetas que falam como se as pessoas estivessem comemorando a morte dos bilionários, não fazendo piada da situação principalmente por causa da qualidade duvidosa do submarino. O chororô é típico do movimento "só vidas brancas importam", na versão "só vidas brancas e ricas importam". Parecem os riquinhos do movimento "cansei".

Quantidade incrível de comentários provando empiricamente o ponto da articulista. E de graça, rs.

Texto abjeto e sórdido. Eram seres humanos. A autora é insensível e ressentida alem de insignificante.

Bilionario é um ser humano. Todos morremos sós.

O pedantismo é uma atitude que reflete uma postura arrogante e pretensiosa. Aqueles que adotam o pedantismo tendem a mostrar uma necessidade de se destacar intelectualmente ou socialmente, menosprezando os outros e buscando reafirmar sua superioridade. Essa atitude é prejudicial ao diálogo construtivo e à troca de ideias, pois cria barreiras e desencoraja a participação igualitária de todos os envolvidos.

Eu achei pitoresco no início, depois li que entre os tripulantes estava um pai com seu filho. Isso humanizou o cenário e, sinceramente, não consegui mais encontrar graça na situação. Mas acho que faz parte da natureza decaída rir disso e de tantas outras mortes, pois nos conforta saber que não fomos nós. É o riso do ressentido.

Um bobo da corte também riria da articulista. Afinal, no Brasil, ela está entre os 10 por cento mais ricos, que ganham 29 vezes mais do que os 50 por cento mais pobres, muitos dos quais compram air fryers parcelado. Vamos rir tbm da hipocrisia. Como a articulista prefere morrer? Numa tragédia de avião ou num acidente de TGV?

Há também o fato de que a mídia internacional e nacional glamoriza os bilionários. (Dois sujeitos conversam sobre gente rica. O primeiro diz: "Os ricos são diferentes de nós". O segundo responde: "Pois é, têm mais dinheiro".) Ainda não vi nem li em lugar nenhum reportagem ampla sobre quem são essas pessoas que se aventuram no Mediterrâneo abarrotando barcos frágeis, tantas delas mortas em naufrágios frequentes. A própria mídia é bisonha. Não apenas o público que a consome.

Não fosse a própria raça humana uma piada de gosto duvidoso. Alguém aí já disse: o oprimido sonha em um dia ser o opressor e é com base nesse sonho que se idolatra bilionários..."os maiores interesses humanos são quiméricos" Gaston Bachelard.

O limite da piada devia ser o sofrimento alheio. A morte alheia. Concordo em que há uma atitude ingênua (ou perversa) nos que se importam com o acidente do submarino transportando bilionários, mas ficam indiferentes aos muitos mortos pobres no Mediterrâneo (que o papa chamou de "cemitério de água"). Mas diante da morte somos todos iguais, não?

ADOREI! Dá-lhe Manuela. Pelo menos descobrimos que esses bilionários servem para alguma coisa, nem que seja na hora de passar desta para outra qualquer dentro de uma lata de sardinhas submarina.

A relação entre dinheiro e inteligência é complexa. Ter dinheiro não indica necessariamente inteligência, pois outros fatores, como oportunidades e privilégios, influenciam. Da mesma forma, a falta de dinheiro não implica falta de inteligência, já que circunstâncias adversas podem afetar financeiramente indivíduos talentosos. A inteligência vai além da riqueza, abrangendo habilidades cognitivas, emocionais e sociais. Reconhecer essa diversidade é essencial.

Muito divertido ler esses comentários de leitores que não entenderam nada, passam o recibo e assumem ser o assunto do artigo. Ou entenderam e mesmo assim seguem idolatrando os bilionários, o que é pior.

Sim, pois as fantasias meritocráticas funcionam. E o pobre, tolo e crente nesses contos de fada, aplaude quem pouco se importaria se ele morresse junto com todos os seus de fome, e ajuda a perseguir quem lhe quer dar uma existência mais justa.

O espírito aventureiro faz parte do crescimento da humanidade, e se não existisse não saberíamos como é estar no topo do Everest, na nascente do Nilo, ou nas profundezas do oceano. Claro que o risco é inerente à aventura, e disso sabiam os que pela primeira vez se dispuseram a desafiar as alturas num veículo mais pesado que o ar. Piadas a respeito dessas tragédias anunciadas sempre vão surgir, mas não deverão inibir o desejo de estar onde ninguém mais foi.

É sério que o ódio leve alguém a se alegrar com a morte de outros? O fato é que o objeto de ódio não é afetado por isso.

Uai, Manu, sabe que acho que você tem razão? Na medida do privilégio, tem que ser alvo da zombaria coletiva. É o equilíbrio universal, o karma do bilionário, a justiça social na base da pilhéria. Tá certíssima. Seu arrazoado afogou minha empatia genérica! Hahahah!

Pronto, apareceu aquela que define quais as piadas certas e quais as piadas erradas. Com que morte pode-se brincar. Bem típico desses justiceiros sociais.

Será que um dia desses os bilionários vão combinar de parar de ser bilionários e finalmente criar um mundo melhor para seus filhos crescerem livres e felizes, ao invés de acumularem riquezas em um mundo onde seus filhos serão cada vez mais odiados?

Essa talvez seja a maior perversidade do capitalismo: iludir, prometer e não cumprir. E a tragédia está na classe média baixa medíocre ser tão incauta. Quanta falta faz uma educação básica.

Lamento que a discussão sobre os bilionários entediados usando um submarino de brinquedo tenha ocupado tanto a mídia e o tempo de todos, enquanto que a morte de 750 imigrantes, afogados, fugindo da miséria mereceu uma notinha e nenhuma solidariedade dos que aqui lamentam a morte dos bilionários.

Tem muito comentário aqui que involuntariamente se faz continuação (e corroboração) do artigo...interessante isso

"Tragédia anunciada", Manuela? É sério? Outra expressão infeliz que dizem por aí, sem se darem tempo de examinar: "foi uma fatalidade". É mesmo? Quer dizer que tragédias estão previstas, e a gente cai nelas porque estão anunciadas? Depois que acontece, e desde que não estejamos nelas, é fácil criticar, e até rir, né? Tanto melhor se forem miliardários, como se o mundo compensasse a miséria por outros meios, como se houvesse sentido nisso. Acho que vi um vazio existencial por aqui.

Desconfio que a colunista comprou um Air fryer e parcelou. Os romanos diziam que dos mortos só se deve falar bem, e por boa razão. Quem defende não faz isso porque são bilionários ou deixam de ser, mas por respeito.

Sou obrigado a discordar da colunista , não é irônico q bilionários sejam defendidos por quem compra air fryer parcelada , é vergonhoso , verdadeiro viralatismo( me perdoem os totós) . Toda hora morrem milhares de pessoas no mundo de fome , falta de assistência de todo tipo e os caras gastando fortunas pra uma aventura sem noção , pouco se lixando com estas pessoas e quando são vítimas de suas próprias imbecilidades, tem um monte de zé mané gastando vela com mau defunto. Eta mundo doido !!!

Esse caso do submersível é a prova concreta que entre um bilionário e um indivíduo com graves problemas cognitivos não há tantas diferenças. A acumulação de riquezas não tem nada a ver com meritocracia ou inteligência, é só malandragem e ganância mesmo.

Tripudiar da morte de alguém, seja ele ou ela podre de rico, pobre, esperto ou trouxa, não nos torna pessoas melhores. Muito pelo contrário. E rir do sofrimento de outrem certamente não alivia o nosso próprio sofrimento, a não ser de maneira ilusória e fugaz. Depois de quatro anos de descaso com a vida sob o inominável, precisamos mudar de sintonia, não?

Que texto espantoso..!!!

Gente,gente... Vamos honrar o processo civilizatório... Ou vamos preferir ser o bobo da corte????

A infantilidade dessa coluna sim é que é de rir, e um jornal ter que publicar tais bobagens para ganhar leitores é de chorar...

O bolsonarismo se resume em pobres ignorantes e classe merdia que pensa ser rica, passam o tempo defendendo interesses do PIB.

Se eles tinham bilhões de dólares, por que não construíram uma cápsula submarina com um material muito mais resistente que sabemos que existe. Será que não foi por economia? Eu não entraria numa cilada dessa, nem por todo o dinheiro do mundo. Acho que riqueza não combina com inteligência.

A resposta para mim é bem simples: a maior parte dos não ricos - parcela que inclui a gigantesca maioria da população - acredita fielmente que se trabalhar duro e muito, um dia terá o mesmo padrão de vida e acesso aos mesmos luxos dos que se foram na tragédia do Titan. Vida que segue.

É , pelo menos ainda existe alguém como a articulista que reconhece que o conceito de alienação (olha o velho Marx aí gente!) está plenamente vigente.

As mortes do Titanic também são pra rir?