Ruy Castro > Etnografia de galinheiro Voltar
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Com uma tampinha ou com uma bolinha feita com papeis amassados e enrolados com borrachinha de amarrar células, durante os intervalos do recreio jogávamos vira-vira, um no gol demarcado na parede e outro, de costas, fazia pontinhos com a tampinha ou a bolinha para e seguida virar-se e chutar
Ninguém da turma tinha bola, passávamos tardes inteiras jogando futebol de tampinha. Com direito a campeonatos, artilheiros e até juiz.
Maravilha de etnografia! Galinheiro, nada. Urbana.
Estudei em Santos na escola Avelino da Paz Vieira, ali uma edificação modernista, haviam no patio largas colunas que serviam de gol para nossos confrontos com tampinhas. Esta manobra menionada era comum e vi das mais diversas formas. Até chapéu (lençol em alguns lugares) no adversário concluido com chutes contra o gol ou sequencia no dribe. Nota, aqui o mais comum não era matar a tampinha no peito de pé, davamos a pisada na borda, ela subia e matavamos com a lateral de fora do pé.
Fantástico seu comentário.
A que ponto chegamos. Misericórdia!!!
"de Galinheiro" coisissima nenhuma, seu RuyCastro: Vossa Figurativamente Imortal Mercê faz um apanhado consagrador de velharias, parte das quais desapareceu por conta da civilidade. Outras, como a caspa, por conta das mudanças no contexto: xampus que funcionam e lapelas claras. Topetes, os há, e não poucos, repare na garotada - talvez prescindam do detalhe do pente. Mas o tal "fumo na lapela", cara, fiquei me sentindo jovem, nunca vi. Não é figura de linguagem, tipo "levar fumo", né?
Eu também não me lembro de fumo na lapela, mas me lembro de ter visto homens com uma tira preta em volta da manga da camisa. Deduzo que chamavam fumo porque era de cor preta como o tabaco ou fumo de corda.
Essa eu também não entendi....
Putz, carÃssimo, merecia um caderno inteiro pra discutir a Etnografia Cástrica (nunca vai me ouvir falar "castrense"): e a história do fumacê? Dia desses, tava comentando com minha Suburinha-San, uma linda Japinha modernette e mestranda na fefelesh, que eu sei que tô véio porque minha pele não contém tattoo alguma, e eu fumo cigarros comprados prontos. Moleque, terá partes coloridas e fumará algum tipo de pendrive - nem questiono o que há dentro, aliás.
O tempo vivido é um universo baú semiótico e imaginativo. Ruy Castro sabe criar imagens com as palavras.
Adalto: muito bonito.
Eu aceito que pode existir uma diferença de referências por uma questão geracional. O restante do seu comentário sobre o que eu escrevi foi preconceituoso.
Pô, que elegância! Adalto, isso quer dizer, tipo assim, "veiêra da pano pra manga"? Hahaha!
Eu lembrei de tudo. Acho que estou ficando velho.
Caro Nacib, se puder me esclarecer sobre essa do "fumo na lapela", eu agradeço. Que mistério...
Mestre, permita-me discordar. Gente coçando o saco se vê, sim, infelizmente.
Aceito o abraço, Marcos Benassi.
É, creio que você está certa, Audrey: no mÃnimo, há mais espectadores. Ao ver tal espetáculo, o(a) espectadora saca seu telefone, filma a gentil ação e publica no insta ou no feice. Um abraço - ou não, sai de perto dimim: o mundo presencia a deselegância... Hahahaha!
Os flocos da caspa no paleto Ducal, assim como verrugas, frieiras, Passo Doble, unha do mindinho maior, anel de formatura no anelar, chulé e CC ficaram evidentes no governo anterior. Acabô!.
O assunto é suave e sem polÃtica.
Bom que se diga que fumar maconha em público está tornando ridÃcula qualquer lei que criminaliza o ato. Está um baita fumaça em nossas cidades
Falta de assunto?
tudo é cÃclico. dar um tapinha é bom. mas o q muda sempre é que sempre tem mais gente no planeta. e isto meu caro acaba diluindo o que é bom.
Caro Paul, sejamos bastante precisos e explÃcitos: o "um tapinha" ao qual você se refere não são os tabefes trocados pelos Bozolóides Convictos e o Tarcizão da Reforma, né? Esses, são ótemos, não são simplesmente "bons"! Hahaah!
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