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  1. Ives Leocelso Silva Costa

    Excelente texto.

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  2. Aderval Rossetto

    Deixou escapar os culpados empresários! Afinal, esses primordialmente inflacionam há décadas toda cadeia produtiva aumentando o fosso social em níveis mundiais, onde a maior parte da população se sente economicamente sem esperanças futuras. Alimentando os danos provenientes de leis favorecedoras alteradas pelos políticos, embasadas em muito pelas injustiças. E nós, pelo consumo exagerado, contribuímos e depois colhemos esses frutos podres.

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  3. Mário Sérgio Mesquita Monsores

    As periferias irão tomar conta. Não só na Europa com no mundo.

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    1. Celso Augusto Coccaro Filho

      Sim. Foi o que aconteceu com o Império Romano. As periferias venceram, e paramos de tomar banho, de ler livros, de fazer amor sem culpa, e outras coisinhas mais. Se a história se repetir o que nos espera é muita reza, uma peste bubônica aqui e outra acolá, e muitos gurus para seguir a contragosto para não perder a cabeça. Periferia, avante!

    2. jose sousa

      Você, Mário, se considera periferia ou centro?

  4. ROBERTO CEZAR BIANCHINI

    Uma coisa que o colunista poderia ter analisado é quanto à perspectiva de futuro. Os pais e avós destes que hoje fazem protestos, e seguiam as "normas civilizatórias", tinham noção que, pelo menos em parte, poderiam ter um futuro melhor dependendo basicamente deles. Esta perspectiva não é visível, provavelmente nem real, para a geração que faz protestos.

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    1. jose sousa

      Quão suculentas eram as migalhas que aqueles pais e avós recebiam como prêmio pela sua demonstração de civilidade?

  5. Hernandez Piras

    Macron nunca entendeu a crise política que o levou ao poder, com a queda dos partidos tradicionais. A França está cansada desta "monarquia republicana" da V República, que concentra demais o poder nas mãos do Presidente, desvalorizando a concertação e o entendimento. Reeleito usando o fantasma da extrema-direita, ele, mais uma vez, traiu a esquerda, que contribuiu para sua vitória. É um prepotente.

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  6. Wilson Luiz Antonio

    Esse artigo poderia ser bem sintetizado na célebre frase do filósofo Neymar Jr.: “saudade do que a gente não viveu”.

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  7. Luiz Candido Borges

    É interessante observar como um liberal como o Coutinho atribui a salvaguarda das normas morais de civilidade e decência tão somente às famílias, escolas e religião. E aos donos do Poder, ou seja, do Capital, nada? O fato é que está cada vez mais difícil viver decentemente na Europa e esta malaise se espalha nos que estão começando - migrantes ou não.

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  8. Eduardo Rocha

    O texto vai bem até "regressão das normas morais de civilidade e decência, anteriormente salvaguardadas pelas famílias, pelas escolas, pela vizinhança, pela religião." De Boccaccio a Nelson Rodrigues, sabemos bem das normas morais de civilidade e decência das religiões e famílias. Tentando explicar o espírito do tempo, Coutinho conclui com um elogio à hipocrisia. Prefiro as chamas.

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    1. Lucas Alves dos Santos

      Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.

  9. paulo werner

    Quando teria sido o auge da civilização, portuga? Final do XIX? Trabalho infantil, jornada de 15h diárias, criminalização de organização de trabalhadores, colonização violenta, belicismo galopante, racismo científico, divórcio ilegal, sexualidade enquadrada, educação violenta, mulheres na cozinha…a lista é longa….mas, como vc mesmo lembrou, as famílias eram “estruturadas”..eitah, saudade danada! O auge da civilização e seus valores!

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  10. Cristiano Jesus

    Em tempos normais, um caso isolado de violência é só um caso isolado e os estrangeiros são bem recebidos. Com guerra e inflação, qualquer sentimento de insegurança é inflado pelos discursos de ódio dos extremistas e um país é transformado em barril de pólvora de forma fácil. Individualmente, questione-se, sob pressão você continua sendo uma boa pessoa? Quase todas as pessoas que foram gentis comigo pularam o barco da civilidade na menor dificuldade. Não há anjos na Terra.

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  11. Paloma Fonseca

    É difícil racionalizar algo que explode do sentimento, do coração: os rebeldes estão revoltados com a violência policial e se manifestando em defesa dos bairros populares, estão empenhados nas marchas cidadãs, é o que informa o Libération. Sim, há algo de descivilizatório nesses eventos, mas penso que há também um sentimento represado que está saindo da garrafa: melhor deixar vir esse sentimento, que não fique contido. Eles brandem a bandeira francesa e gritam: "Justiça e Verdade para Nahel".

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  12. Fernando Alves

    Para o Coutinho, sociedade civilizada era que nem a Rússia do Nicolas II, onde a polícia passava a espada nos manifestantes e deixa mais de mil mortos. Aí todo mundo ficava quietinho em suas casas e não cometia o "horror" de protestar contra os ricos. Antes mil pobres mortos que a casa de um rico invadida: eis a moral do conservador.

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  13. Marisa Coan

    Bem, ao menos lá, o povo pode se manifestar.

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  14. Henrique Marinho

    Seguindo o raciocínio acima, a liberdade de ação (e destruição) do neto do imigrante na França ocorre hoje por conta do mundo líquido, descrito por Bauman. Nele, o jovem atual pensa no aqui e no agora, e não na segurança de um emprego básico para criar os filhos, como Fizeram seus pais e avós. É a nova revolução francesa.

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    1. jose sousa

      A segurança da felicidade em doses homeopáticas.

  15. jarbas cabral

    Fiz uma viagem recente à Alemanha e Portugal conversei com muitos trabalhadores brasileiros. Todo disseram que queriam voltar, morar com a família, comer feijão, andar de chinelo na rua e tomar uma breja com os manos. Ninguém consegue roubar a cultura e o afeto. A questão é dar condição financeira aos países pobres para que sua população não precise ser mudar de país.

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    1. Celso Augusto Coccaro Filho

      Que tal votar melhor? Vamos esquecer a Presidência. Olha para a Câmara de Vereadores e a Assembleia Legislativa. Assustou? Então, foram eleitos, acredita?

  16. José Cardoso

    Acho que a diferença entre por exemplo os protestos em Hong Kong, com muito pouca violência (dada sua intensidade e duração), com a França ou EUA, é o componente étnico. Os chineses da ilha se consideram chineses, vivendo num lugar que é deles. A discordância é sobre liberdade e formas de administração. Já muitos descendentes de africanos na França e nos EUA se sentem (ou fantasiam ser) de certa forma um outro povo.

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    1. Luiz Candido Borges

      Boa observação, mas discordo do nivelamento dia descendentes dos africanos nas EUA e na Europa. Os primeiros são descendentes de escravos que habitam o país há séculos, são americanos que sofrem de racismo, os segundos são migrantes mais ou menos recentes, muitos deles inadaptados à cultura europeia, além do racismo, é claro.

  17. Fabrício Schweitzer

    Os pais e avós da vítima: passa por civilização o que na verdade é opressão e escravidão. O cala-boca já morreu, embora nada justifique a violência. Mas não podemos nos esquecer como o ressentimento social é criado e se acomula nos cidadãos. O que dizer do caso brasileiro? Haja 25 de Março e seus postos de venda pelo país.

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  18. Marcos Benassi

    Meu caro, a sociogênese repete a ontogênese. Numa sociedade em que os valores concidadãos tão completamente zoados, o que se esperar da vida comunitária? É só sopapo. Armas viram pirulito. Ah, a tal "emenda" da constituição Americana... Então, tá.

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  19. EMANOEL TAVARES COSTA

    Enquanto não educarmos nossas crianças e nossos jovens para viver pacificamente em sociedade, enquanto não arrancarmos da terra de seus corações a erva daninha do orgulho e do egoísmo, chagas da humanidade, viveremos este inferno criado e mantido por nós mesmos.

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  20. Henrique Marinho

    Não há racismo na França, como há nos EUA. Há xenofobia, não apenas relativa aos novos, mas também aos antigos imigrantes africanos e árabes. Há na França uma barreira invisível, mas sensível, que separa o francês europeu dos outros franceses. Até a Inglaterra vem quebrado esse paradigma, com a duquesa negra e o 1o ministro marrom (sem ofensa aqui). Pergunte a um neto de argelino se ele se sente verdadeiramente francês, mesmo não sendo mais muçulmano, e ele dirá: não. A barreira está rompendo.

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    1. Rogerio Cerqueira

      Ótimo comentário.

    2. Celso Augusto Coccaro Filho

      Argelinos querendo se sentir franceses, e poucos franceses querendo se sentir argelinos. Um ponto interessante é o foco de atração, construído sobre tragédias e guerras, mas também cultura, civilização, direito, laicismo, liberdade. Entre mudar para a França e depedrá-la e tentar mudar a Argélia, é mais fácil a primeira. E, serão os jovens de todas as etnias e credos respeitados pela polícia argelina?

  21. Emerson César de Campos

    Coutinho, fazes uma análise bem genérica de Elias e o seu consistente processo civilizador, o que aliás é lugar comum entre europeus conservadores, a exemplo de ti. Muito embus te não se colocar nem cá bem lá, antes pelo contrário. Não me enganas com essa verve supostamente neutra e republicana. Todos sabemos o que fizeste no verão passado, já que gostas tanto de alegorias cinematográficas.

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  22. Vito Algirdas Sukys

    As sociedades atuais, em todo o mundo, dificilmente poderão ser chamadas de sociedades civilizadas se não enfrentarem o problema de criação de empregos para os jovens. Sejam sociedades de esquerda ou direita, tenham elas imigração descontrolada ou não, o problema do emprego para jovens será agravado pelo aumento do uso da tecnologia digital e IA. Teremos que criar uma cultura nova, coletiva e generosa, onde o povo crie cultura e poder. Uma sociedade assim parece ser utópica.

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  23. Marina Gutierrez

    O que aconteceu na França e acontece frequentemente nos USA e outros países é culpa da falta de treinamento da força policial, no caso desse jovem, o policial deveria ter atirado nos pneus do carro, mas resolveu atirar no jovem. Tanto nos USA como na França, a religião islâmica não tem nada a ver com o crime. E se esse jovem /vítima fosse filho de pais cristãos o cristianismo nem seria mencionado.

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    1. Fernando Alves

      Se fosse filho de pais cristãos, não seria mencionado pois não teria levado o tiro. Simples assim.

    2. Helio Marcengo

      Vc tocou num ponto crucial do problema. O despreparo da polícia. De qualquer país. O descontrole emocional procedente do estresse diário da profissão. Não sei as circunstâncias desse crime. Mas um tiro só, na cabeça, diz muitas coisas. As reações subsequentes depende de quem é a vítima.