Ruy Castro > Música em forma de ectoplasma Voltar
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Mas o melhor de tudo é a possibilidade de criar listas de músicas. Eu tenho várias listas dessas. A minha melhor lista é a que eu denominei “Ruy Castro” formada exclusivamente por músicas que você cita aqui neste espaço da Folha. Diga-se de passagem, a lista “Ruy Castro” faz imenso sucesso entre meus amigos e eles me parabenizam pelo bom gosto. Mal sabem eles que o segredo do meu sucesso é uma combinação de streaming com Ruy Castro, uma união aparentemente mais impossÃvel que o comercial da Elis
Neste momento, estou ouvindo, inteiro, faixa por faixa, “Dark Side of the Moon” , pelo iTunes, pela iTunes, na versão clássica, o melhor álbum de todos os tempos, na minha modesta opinião. O serviço de streaming ainda oferece diversas versões do mesmo álbum, como uma versão gravada ao vivo e outras especiais, com faixa extras. No iTunes, você tem para cada álbum, informações técnicas, como o ano em que foi gravado e comentários especializado das crÃticas.
Meu caro Ruy, ouso discrepar. Na verdade, a maioria das pessoas hoje assinam serviços de streaming, que, por uma módica prestação mensal, dão acesso a milhões de músicas de todos os gêneros, épocas e vozes. Eu assino dois serviços desses: o Spotify, da Amazon, que me custa oito reais por mês e o iTunes, da Apple, que também custa uma merreca. Por esses serviços, você pode escolher por música, álbum, cantor, compositor ou gênero o que você quer ouvir. Nunca ouvi tanta música por tão baixo custo!
Seu Ruy, por outro lado na minha juventude era muito frustrante ler sobre os inúmeros artistas, os movimentos musicais do séc passado, os álbuns e não ter dinheiro para poder ouvi-los. Hoje eu pago 20 pilas por mes e tenho acesso a tudo isso. E sejamos francos, tirando meia duzia de "músicos" que ganham uma fortuna os outros 95% morreriam de fome se dependessem de direitos autorais.
A discussão vai muito além da vontade das gravadoras acho. Se bem me lembro a internet estava dando uma surra nessa indústria com a facilidade de se copiar e multiplicar esses arquivos de áudio gratuitamente na rede. A era de ouro da pirataria talvez tenha sido o momento onde mais se ouviu música, ou talvez seja meu viés milenium. O streaming foi a resposta que contragolpeou a onda do consumo grátis. Os 'discos' estão lá o tempo todo na nuvem, porque não os ouvimos mais? Faço nem ideia.
Ruy, que fim levou a lei do "Disco é Cultura", onde as gravadoras abatiam o ICM (hoje ICMS) para artistas nacionais? Virou "Digital é Cultura"?
Ótimo! Faltou apenas mencionar que, assim como fazia em 1905, a indústria fonográfica não remunera mais os músicos (talvez alguns centavos, se muito) nem lhes dá credito nas faixas.
Alguém lembra das fitas cassete?
Claro! Eu tive um portentoso Gradiente "3 em 1" onde gravava os discos em fitas, para escutar no carro ou levar para festas. Só comprava k7 chrome.
Eu procuro ouvir os "álbuns" integralmente no streaming, repetindo o que fazia com os LPs e CDs.
As plataformas de streaming são plataformas de execução dos músicos e não das músicas. As plataformas são verdadeiros patÃbulos artÃsticos. A música está acabando. Eu continuo comprando CDs e LPs; ficarei nas trincheiras das lojinhas de discos até o fim.
As plataformas de streaming são plataformas de execução dos músicos não das músicas, são verdadeiros patÃbulos artÃsticos. A música está acabando. Eu continuo nas trincheiras comprando CDs e LPs.
Ruy, ótimo texto. Nos tais 30 segundos talvez caibam a introdução da Quinta de Beethoven e os acordes iniciais do Guarani., entre outras coisas. DifÃcil
Dá para comprar álbuns eletrônicos também. Porém, seja um "single" ou um álbum, quase nenhum deles vem com encarte eletrônico (as capas, contracapas e fichas técnicas dos discos). O ouvinte não sabe quem tocou o quê, nem onde e quando o disco foi gravado, e nem mesmo quem é o compositor. As exceções que encontrei são os discos do Frank Zappa (com encartes maiores que os dos discos fÃsicos) e da Carla Bruni.
Com a qualidade das músicas editadas recentemente trinta segundos são suficientes.
rsrsrs
Estou aqui imaginando escutar uma hora e meia de Pablo Vittar.
Tiraram a poesia, tiraram a beleza, o q mais falta tirar?
Por outro lado, os artistas e o público ficaram menos dependentes das gravadoras e seus gerentes interessados mais em lucros do que em músicas.
Cada nova tecnologia terá seus defensores e detratores... John Philip Sousa, o genial compositor americano de ascendência portuguesa, autor de marchas que todos conhecem mesmo sem saber quem as compôs, lamentava a invenção dos meios de reprodução musical mecânica. Queixava-se que os jovens já não aprendiam música pois era muito mais fácil ouvi-la pelo gramofone. Mas sem esses meios, como tornar acessÃvel ao mundo inteiro talentos como Sinatra, Jobim, Beatles, Menuhin, etc.?
Mesmo no streaming, faço busca pelo artista, clico em álbuns e escolho o que quero ouvir, dentre os álbuns do artista. Bem mais barato e prático também.
E havia tanta informação nas capas e nos encartes que acompanhavam os discos! Textos sobre o compositor, o estilo, a orquestra, os músicos e a música, é claro! Aprendia-se muito e se cultivava o bom gosto, pois mesmo as capas eram maravilhosas e muito criativas. Mas, mudam-se os tempos e também os prazeres.
Ótimo texto, como sempre. Eu gosto do streaming porque cabe no bolso, mas continuo ouvindo álbuns e pensando música em formato de álbuns, principalmente porque ouço artistas tradicionais. Esse fast-food moderno é lamentável.
Época em que a criatividade enchia um álbum . Velhos tempos.
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