João Pereira Coutinho > A pessoa que me convidou esperava que trabalhasse 92 horas para ela Voltar
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Excelente! João, você teria umas duas horinhas para fazer uma palestra aqui em São Paulo (presencial, claro) sobre o valor do tempo de vida saudável, em Portugal e no Brasil?
Pura afetação exibicionista. Muito barulho por nada. Quem sugere uma participação dessas sem pagamento, assim o faz porque não pode pagar. E, assim sendo, obviamente não espera que o convidado pare tudo na sua vida para se preparar. Quem convidou teria ficado mais do que satisfeito com uma horinha de improviso. O autor quis apenas mostrar que é superior ao comum dos mortais. Já elogiei muito o articulista em outros contextos, mas esse artigo em particular é simplesmente uma lástima.
O tempo não se conta.
Adorei tua ponderação mas... Na verdade, a pessoa que te convidou, está roubando junto o tempo para cuidar da saúde. Como ler Proust sem frequentar oftalmologista 1 vez ao ano? Como aproveitar a vida sem cuidar de si?
Excelente análise do tempo, ele passa sem que percebamos, não o valorizamos no devido tempo, precioso é a vida que temos. Os números parecem não esclarecer a realidade, mas são a pura verdade dos números do tempo. Parabéns xará primo.
Como sempre, as colunas do Coutinho são excelentes. Mas os links para "A cidade de Deus" e "Santo Agostinho" levam o leitor para conteúdos nada relacionados ao Bispo de Hipona.
Eu nasci no ano da revolução dos Cravos, professor Coutinho, e nos últimos três anos tenho a sensação de que o tempo está escorrendo mais rápido na ampulheta, principalmente depois da partida de meu pai.
Ler sobre certos assuntos e preparar uma conferência é uma atividade, mas não chamo isso de trabalho. Trabalho é quebrar uma parede e consertar um encanamento. O Philip Glass por exemplo fazia isso antes de perceber que pagavam a ele só para fazer a música que ele fazia de qualquer modo.
Pois é. Meu modelo é o Spinoza que ganhava a vida polindo lentes. Acho que não imaginava ser pago pelo que escrevia, o que certamente exigia pesquisa.
Orra, José, se não é trabalho, então todos aqueles que não são "braçais" tão perdidos! Se bem que o Estado pode economizar uma grana: acabou o pagamento por burocracia, galera, todo mundo voluntário! Atividade! Hahahah!
Trabaiêra, hein, sô? Mas gostei do aviso final, é importante. Enquanto isso, vou morrer mais um pouquinho.
Melhor não pedir de um conservador, que se diz de orientação liberal, a extensão de suas fruições (a defesa contra os ladrões de tempo) aos operários do XIX (chamados desordeiros), tampouco aos trabalhadores contemporâneos (reforma trabalhista era orgulhosamente chamada de modernização). Como os primeiros liberais que defendiam escravidão nas colônias, segue o articulista reservando a si e aos seus a dignidade a defesa contra os ladrões do tempo (vida)alheio.
Hahahaha, que paciência, hein? Vou morrer mais um pouco - e fumando um maledetto cigarrinho colonialista.
Leia os Buddenbrook.
Perfeito, Little Couto!
Excelente! Instigante, inteligente, ousado e persuasivo! Vou guardar os cálculos do tempo...Valeu!
Já eu prevejo que você vai viver até os noventa e quatro anos (e ainda escrevendo aqui na Folha). Portanto, estás apenas na metade do caminho. O que em nada invalida o teu argumento : trabalhar de graça??? Nem pagando. E aqui no Brasil já passou da hora de reduzirem a jornada de trabalho para quarenta horas semanais.
Obrigado. Salvando mais uma semana.
Hahahahahaahah maravilha!!!!
Muito bom, little Couto.
Excelente texto! Faço e refaço essas contas a cada dia. Já passei dos 60. Certamente, portanto, me restam menos anos, dias, meses, horas que ao querido articulista cujos textos adoro ler. E não consigo me desvencilhar desse pensamento e da sensação de extrema solidão que deve ser morrer. Tão solitário, talvez, quanto viver os derradeiros anos.
O autor roubou alguns minutos do pouco tempo que me resta, mas valeu a leitura.
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