João Pereira Coutinho > Para Zizek, o maior erro da esquerda é não assumir a defesa da lei e da ordem Voltar
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O uso do termo direita esquerda da revolução francesa, não faz mais sentido nos dias de hoje, principalmente no Brasil. Hoje os interesseiros vão de um extremo a outro, de acordo com seu negócio.
Sinceramente gostei muito mais dos comentários! “Esquerds” e “direita”, no caso concreto do Brasil é estar se falando das duas faces da PIOR elite do G-20. A concorrência é cruelÂ…. Que tal renda mÃnima para todos os maiores de 16 anos? Pelo CPF?
Slavoj Zizek quando fala em sua própria lÃngua é encantador, inteligente e observador mas perde todas essas caracterÃsticas quando tenta falar em inglês. Isso não é um incentivo ao aprendizado do inglês em épocas de tradução automática.
o maior erro da esquerda é mesmo que cometeu na Rev. Francesa, revolucionários na primeira hora, burgueses na segunda e reaças na terceira, quando não, tira-nos, como Bonaparte e quejandos...
Brilhante artigo ó Coutinho. Aliás, como sempre. Parabéns!
Para o Coutinho, a violência polÃtica é justificável quando há uma "visão emancipadores" e cita a derrubada do governo eleito da Ucrânia porque seu titular seria um "tÃtere de Moscou". Agora, quando o presidente é um "tÃtere de Washington" não vale, não é mesmo? Claro, há um lado "certo", a democracia liberal, e um "errado", qualquer coisa que a questione. De onde ele acha que vem toda a malaise na Europa, tão rica e liberal? Da "propaganda comunista"? O capitalismo está acabando com o planeta!
A história da filosofia ocidental é uma tentativa de responder à questão do que é fundamental ou ponto de partida. Nenhuma das propostas jamais chegou a convencer a todos. Há a realidade convencional aparente com seus aspectos ilusórios e a realidade última. Não existe essa essência última. O que podemos trilhar é o caminho do meio.
Coutinho, a esquerda ficou enternecida num humanismo forjado na esteira da Revolução como parteira da história. Ficou entorpecida pela compaixão e pelo lirismo pujante, tão nocivos quanto o brutalismo de uma direita que usa a força e os discursos que nocauteiam razão e espÃrito. Salpica-se assim, num mundo, ausente de mundo, desastres imensos e pequenos, encarnados num palavrório à deriva e descompromissado com a realidade. Prá que a lei? Prá que a Ordem? O novo mundo já está em Marte.
Aqui no Brasil não é diferente. O pobre que acorda de madrugada e anda de ônibus lotado vive com o coração na mão com medo de ter o celular, comprado em suaves prestações e com juros escorchantes, roubado. Enquanto isso, direita e esquerda vivem sua alienação coletiva achando que a culpa é sempre do outro.
Excelente. Gostei imensamente. É preciso rever os conceitos embolorados da esquerda e direita à luz de um mundo já ameaçado por inteligência artificial. Constrangedor o discurso vazio e anacrônico de velhas lideranças da esquerda defendendo a reinstalação de sindicatos para controlar operários. É patético.
Márcia, nem vou defender os sindicatos, seria inútil, mas gostaria de saber qual seria a sua proposta para a defesa dos interesses dos trabalhadores. Não precisa? Com a nova ordem capitalista todos estão felizes e satisfeitos? Os empresários já dão tudo que poderiam dar aos trabalhadores? Etc.
Quem é dono da tecnologia domina, ela não é neutra. Daà fazer todo sentido as organizações coletivas para se contrapor a excessos. Sindicato não controla, dá voz. Essa saudade de antes do século XX contaminou a direita e até quem não é de direita.
Se admitirmos que houve mudanças econômicas nos últimos anos e se também admitirmos que a cultura é influenciada pela estrutura econômica, a esquerda deve rever seu dogmatismo polÃtico. Introduzir a "organização" no seu programa polÃtico. Poder e cultura para o povo, cultura coletiva e generosa para incluir o trabalhador imigrante pobre. O conhecimento é processo.
Seja esquerda ou direita, todo e qualquer agente público, de qualquer espectro ideológico, erra gravemente quando age de forma positivista, isto é, torna o modelo desejado, que é uma abstração, mais real do que a realidade. A não ser que a barbárie também esteja posta na mesa como opção, seja qual for a sociedade que se queira, ela precisa ser construÃda; isso implica em olhar para o aqui e agora, tijolo a tijolo, e isso na prática dá pouca margem de diferença nas abordagens.
Os paÃses ricos adoram os imigrantes. Quem vai limpar o banheiro da rodoviária deles?
Tem gente que gosta de ser cega, faz questão mesmo. Claro que os governantes __ não importa o partido, pois o povo merece __ deveriam garantir o mÃnimo de segurança ao cidadão e também a preservação do emprego dos mais pobres, que é a classe mais afetada.
Quando stalin ou mao hesitaram em metralhar os divergentes? Ford e a Pinkerton não hesitaram em metralhar os grevistas. Lei sempre vale para os outros, os tribunais americanos inocentaram os que enforcaram os meninos negros, mesmo com as confissões. A ordem é uma demanda de quem está no poder, nada a ver com ideologia de sistemas economicos. Ordem e Progresso é uma agressão a movimentaçao de excluÃdos. Volta prá terrinha. Só a igualdade de direitos produz ordem sustentável.
Governar para muitos é para poucos...
Discuta a direita e a exquerda no Brazil, teacher...É bem mais urgente...
Admiro seu talento e erudição, estimado articulista. Mas aqui vai a coisa como ela é: nos tempos que correm, o Brasil assim se divide: quem joga dinheiro fora, quem lambe as migalhas e quem reprime quem lambe as migalhas. O resto é encenação. Agora a única divisão real é entre proprietários e miseráveis.
A imigração é a ponta do iceberg, pois é o trabalhador se movendo fisicamente para o paÃs rico. Muito mais relevante é a concorrência das centenas de milhões de trabalhadores da China e outros paÃses ainda mais pobres. Não é a toa que a retórica anti chinesa é hoje bipartidária nos EUA. Quanto à violência polÃtica, a esquerda tem dificuldade de condená-la porque sempre flertou com ela, com ocupação de fábricas e intimidação de fura-greves por milicianos sindicais.
O diagnóstico dos novos intelectuais da esquerda opera numa chave diferente: a pauta progressista entrincheirou-se na atualização do alcance da lei (extensão da cobertura de conceitos como igualdade e cidadania, px), ao passo a direita é qm tem mobilizado o desejo revolucionário (recusa dos direitos fundamentais lá, sanha contra carta de 88 aqui). Esquerda revolucionária reorganizou o pacto social cortando pescoço de rei, de lá pra cá, luta pela materialização das formalidades instituÃdas.
É uma perspectiva q expõe o DNA reacionário do liberalismo (justificação do escravismo, apologética do colonialismo, atividade reativa nos conflitos polÃticos q resultaram afirmação da cidadania de negros e mulheres, instrumentalização de ditadurasÂ…) e, por outro lado, identifica o anticristianismo radical (inclusive no protestantismo de natureza mosaica) do conservadorismo contemporâneo.
Lei e ordem são muitas defendidas por quem acha que as leis foram criadas para os outros. Estão aà os episódios no começo do século passado nos EUA com a Ford e Milicia metralhando trabalhadores em greve. Na União Soviética não havia parcimonia com as execuções de divergentes. Aqui o politico conservador,, da ordem e progresso, vai a igreja e manda bilhetinho para a menina de traseiro gordo a frente. Só a liberdade e igualdade de direitos promovem a ordem.
O termo direita e esquerda, foi criado por gente de interesses em comum, para enganar a sociedade. Ambos os lados tem defeitos e virtudes, que servem para confundir...
Basta lembrar dos "extremos da ferradura".
Os termos direita e esquerda na polÃtica têm origem na França, a posição dos representantes na Assembleia Nacional - à direita os do rei, à esquerda do povo. Revolução Francesa, lembra ?
Nós do Sul Global temos outra forma de pensar esse conflito direita X esquerda, temos outro contexto e outros problemas. Aqui, por exemplo, a relação de submissão ou resistência ao imperialismo ianque é uma questão importante. Mas nosso vira-latismo nos leva a se deslumbrar com europeus e ianques, que, entretanto, nos olham de cima pra baixo e como oportunidade de lucro rápido, que nos apressamos em atender.
O jornal inglês disse que "nós somos inúteis". Aliás, décadas antes, o tema já era sucesso na voz do cantor. Será?
Coutinho, meu caro, não posso me chamar ao ouvir que "ninguém gosta do neoliberalismo", porque muita gente gosta. Quem tá por cima da carne seca, ou compra a ilusão de que pode vir a estar, adora.
"me chamar"? Não," me calar"!
Muito bom texto! Com alguns pontos básicos óbvios, tipo: o rico não irá se preocupar se há mais ou menos imigração. Sensacional!
Artigo simplório: esquerda abrindo fronteiras, significa prejudicar mais trabalhadores pobres. Prezado, um pouco de Pepe Mujica mal não lhe faz: o pior inimigo de um pobre é outro pobre que se crê rico e defende quem deixa pobres os dois.
Excelente texto!
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