Opinião > Saúde não pode depender de CEP Voltar
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Conheço caso de diabético com catarata e infecção da retina, ficando cego e não consegue fazer essas duas cirurgias aqui na região metropolitana de São Paulo. Há dois (2) anos. Não estou falando de alta complexidade. Devemos aceitar isso como normal? Será só ele ou quantos mais?
Uma farmacêutica multinacional falando em cuidar das pessoas? A sua empresa foi condenada por esconder medicamento dezenas de vezes mais barato pra auferir lucros maiores! Mais respeito, por favor! Ah, um infinitesimal não é um número, é uma variável que representa uma vizinhança relativa ao ponto referencial. Essas multinacionais andam dando muita colher de chá….ou seriam seus critérios de seleção apenas alinhados ao q eles entendem por “cuidar das pessoas”?
Hahahahah, senhores, meus caros, que descacada! Hahaah!
A discreta redução de danos, bem trabalhada pode dar resultados estatÃsticos significativos para a imposição de drogas super caras no mercado. O câncer é o maior exemplo, mas também o Alzheimer, a insuficiência cardÃaca dentre outros. A questão é que para quem não tem o básico, oferecer esse tipo de tratamento é no mÃnimo um acinte. Significa apenas aumento de faturamento dos conglomerados, como o da autora.
O CEP é um dos melhores indicadores de saúde, não porque indique que a pessoa tem acesso a exames médicos sofisticados e hospitais com alta tecnologia, mas porque está relacionado com a renda. Em um mesmo CEP, morrem primeiro os que têm menos renda. É falacioso afirmar que recursos médicos garantem longevidade, pois justamente os EUA paÃs que mais os tem, apresentou quase dois anos de queda na expectativa de vida em 2020.
Dona Lorice, prezada, belas palavras, muito melhores do que a média corporativa. Fazer é que são elas, porque embora possa haver semelhanças entre um governo de Estado e a gestão de uma companhia privada, serve-se a senhores diversos: cidadãos, no primeiro caso, acionistas, no segundo. Donde concluo que há uma distância infinita entre as palavras e as ações, semelhantemente ao zero-um.
O que será que D. Lorice tem a contribuir no debate sobre saúde pública? Sabemos q não precisou de Matemática pra fazer boa carreira. Será q encontrou tempo pra estudar alternativas institucionais, preocupada q estava com a saúde de mulheres nordestinas?
Aliás, é de se apontar que a senhora, mesmo tendo vindo de fora, *não falou corporativês*: escreveu em bom português, sem botar um único palavrão (salvo engano meu) n'outra lÃngua. Não tô falando que a senhora é muito melhor do que a média de seus pares? Ou disfarça excelentemente bem, o que já é meritório.
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