Hélio Schwartsman > Tolerar os intolerantes? Voltar
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Acertou na construção. Abordou todo o cenário das decisões tomadas pelo STF que foram cruciais na manutenção da ordem democrática e alinhou com maestria à reflexão filosófica e ao mesmo tempo pragmática do erudito inglês. Schwartsman serviu erudição e crÃtica.
Na prática o poder só é contido pelo poder. O limite do STF e TSE será quando incomodar muito os congressistas. Por exemplo quando resolverem cassar ou prender alguém mais respeitado pelos pares do que figuras como Silveira ou Dallagnol. Enquanto essa hora não chega, os juÃzes e tribunais vão continuar passando o rodo. É a lava jato 2.0.
A FSP dá mais uma demonstração de intolerância, não há nada em meu comentário que justifique passar pelo crivo do moderador.
Hoje deu um siricutico na sençura, cara Estela. Tão melhorando (atenuando) essa porcaria ao invés de sumirem com ela, o que seria mais adequado.
Mas o perigo é cadente, diz o colunista sobre o Brasil. Onde estão as evidências disso? Pelo fato de não termos um 8/1 toda semana? O que falar das ameaças e agressões fÃsicas contra os combatem os intolerantes? Como diz o poeta, seu Hélio: " a vida é diferente, quer dizer ao vivo é muito pior". 30 anos de tolerância com Bolsonaro na Câmara levou-o a presidência e quase tivemos uma ruptura. Estão fazendo o mesmo com o tal senador do ES. Nesse ritmo ele acaba indicado à presidência do congresso.
Para os fascistas, prefiro a tolerância zero. Foi a tolerância excessiva, que levou os nazifascistas à presidência da república. A tolerância absurda ao longo de 6 anos, expôs a cumplicidade que estava na raÃz da intolerância ao pensamento de esquerda.
Parece que, no afã de defender uma posição que no plano abstrato-filosófico é legÃtima, talvez inquestionável, o articulista subestima ou ignora o contexto presente do paÃs, em que a ameaça à democracia permanece latente e pode facilmente escalar, inclusive a partir de um episódio "menor" como esse, se não for tratado de forma exemplar...
As exceções... Foi sob esse argumento que se instaurou o AI-5. A assembleia constituinte de 1988 quis prevenir a repetição do Estado de Exceção. Introduziu o seguinte dispositivo: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no PaÃs (...), nos termos seguintes: (...) XXXVII - não haverá juÃzo ou tribunal de exceção;" Parece que não funcionou.
Essa foi no exato meio do furúnculo, caro Zé.
Gostei demais da última frase. De fato se a democracia ultrapassa os limites do legÃtimo exercÃcio da força, os intolerantes provam a inviabilidade da democracia. Gosto, por exemplo, de saber que, até agora, nenhum dos presos de oito de janeiro, parece ter sofrido qualquer violência fÃsica, além da coerção que um preso deve sofrer.
Nããão, Vanderlei, tiraram os telefones das Tias! É muita violência, isso impede delas postarem poses no insta! Pro Bozolóide Digital, equivale a uma amputação. Coisa gravÃssima! Hahahahah!
O perigo só termina quando todos forem condenados e presos, a normalidade ser restabelecida, e nova legislação for incorporada ao ordenamento. Até lá, todo cuidado é pouco e muito deve ser feito. Só os tolos tem o privilégio do otimismo insensato e não acredito ser este o caso do colunista.
Eita, camarada Schwartzman, ocorre que o bagúio tá lôko pacaramba, e há gente igualando agressão verbo-fÃsica a Ministro à s considerações feitas, à posteriori, pelo Lula, chamando-os de "animais selvagens". Ora, Tio Popper bateria os braços de aflição, feito um popóptero, se ouvisse tal racioSÃmio. Ele pregava o argumento público racional, coisa que anda em falta na prateleira. Por essas e outras, não creio que dê pra baixar a guarda tão rápido: há gás no ambiente, aguardando faÃsca. Ventile-se!
Seu Marco: de fato racionalidade anda em falta aqui e no planeta. Olha o Putin, paixão do ex-presidente, que morou na Flórida e desejo reprimido de parte da esquerda, querendo fazer uma visitinha armada à minha Polônia.
Todos os grandes ditadores na história da humanidade, todos, sem exceção, elegeram como "leit-motiv" para agirem acima da Lei e da Constituição, valores nobres que foram afrontados pela oposição. Bem representativa desse estado de coisas é a célebre declaração de LuÃs XIV, rei de França, proferida por ocasião da contestação pelo parlamento dos seus editos régios: "L'État, c'est moi" (O Estado sou eu).
Errata: a grafia correta do germanismo utilizado acima é Leitmotiv.
A questão não é circulação de ideias. A observação adicional de Popper não pode servir de manobra interessada em deslocar o cerne da questão: ataque à instituição! Desculpe, mas tá uma bagunça isso aÃ. Se a confusão elementar não foi mais uma expressão do mal estar liberal brasileiro, tudo fica ainda pior. Melhor mudar de assunto.
Parece que cê tem razão, meu caro: troca o disco! (Mas sempre com música democrática e republicana)
O que supostamente aconteceu com o Ministro Moraes, se comprovado tem suas penalidades previstas em lei. É crime contra a democracia. Não foi pessoal e foi agressão. Esse liberalismo desmazelado agora tenta relativizar o paradoxo da tolerância. Para mim isso está muito suspeito. Parece uma campanha para normalizar a intolerância.
Enfrentou a perna mais fraca das crÃticas q recebeu, mesmo assim apelou pro botão mágico da “seleção natural das ideias”. Nada sobre a agressão a um ministro, motivada pelo exercÃcio de sua função! Não enfrentou as crÃticas a sua avaliação d episódio como dano pessoal. Popper era bem menos q razoável, mas nesse caso falava d ideias, em casos d ataque à s instituições ele era bemmenos*tolerante*.Liberalbrasileiro:brasileiro demais pra ser liberal, liberal demais pra ser brasileiro
A chave está no "contanto que possamos combatê-las por meio de argumentos racionais e mantê-las sob controle pela opinião pública" e ocorre tristemente no Brasil que muitas vezes a mÃdia, a FSP inclusive, não sustenta os tais argumentos racionais para que a intolerância fique sob controle pela opinião pública. Foi assim nos primeiros 2 anos do governo do inominável que afrontou o paÃs com ideias e ações absolutamente intolerantes que foram toleradas pela mÃdia, inclusive esta FSP. Aprendemos?
O ex-presidente, que morou em Flórida, teria de ter sido cassado em 1993, quando pediu, dentro do parlamento, o fechamento da casa onde trabalhava. Seria o mesmo que eu pregar em minha sala de aula o fechamento da Universidade. Mas como os liberais costumam ver perigo só na esquerda, deixariam o homem ganhar corpo. Não torceram o pepino desde pequenino e deu no que deu.
O problema de viajar com os intolerantes é a vontade deles de furar o barco.
Ótima imagem, é disso que se trata.
Esquecendo a filosofia, vamos lembrar que ao tomar o poder pelq via democrática intolerantes como Hitler, Mussolini e até seu homólogo local recente, atacam a democracia. Enganam até atingir o objetivo onde mostram a face sem disfarces. Enquanto isso vão sendo ignorados, chamados de excêntricos, autênticos.
O problema de abrir exceção é que ela vira regra. Nunca deve haver justificativa para decisões heterodoxas do judiciário, sob pena de extinção da efetividade das leis. É como um furo num submarino: por menor que seja, o torna imprestável.
"...e mantê-las sob controle pela opinião pública". Como vai manter controle com opinião contra algo que quer usar arma de forma ilimitada ?
Na França é expressamente proibida a manifestação de simbolos e retórica nazista. Há décadas. E a democracia francesa não está em perigo. Não vejo porque o Brasil deva tolerar manifestações de racismo, misoginia, apologia a tortura, assassinato de criminosos e ofensas em publico a autoridades dos três poderes. Não há democracia alguma sem limites, proibições e restrições mas no Brasil o pensamento liberal se contorce para aceitar a ideia.
Perfeito. Não há democracia sem limites.
O articulista evoca o grande filósofo para talvez sustentar sua ambiguidade diante da real e presente ameaça à Democracia em nosso paÃs e, consequentemente, criticar as ações necessárias do Poder Judiciário contra essas investidas nazifascistas.
Intolerante se combate com leis.
Luiz coloque na cadeia. Intolerante tem q ser tratado com intolerância
Sim, Mário, mas com leis eficazes. Ficar numa retórica "anti-punitivista" só via nos levar à ditadura.
Conclusão: o Hélio é contra a Busca e Apreensão na casa dos agressores do Alexandre de Moraes por considerá-la excessiva e indevida, um verdadeiro ato de exceção que ameaça a Democracia.
Os subversivos estão na cadeia. Adoro frio
Contra mentirosos, covardes e subversivos.
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