Ruy Castro > Canções em fuga Voltar
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Que ótimo tÃtulo Ruy!
O mais notável é que Tony Bennett ser diagnosticado com Alzheimer em 2016, aos 90 anos, continuou a se apresentar e gravar música até 2022, quando se aposentou. Em uma entrevista à revista AARP, Bennett disse que sabia que estava perdendo a memória, mas que ainda queria continuar cantando. Disse que a música era sua paixão e que não queria desistir dela. Disse que a coisa mais difÃcil de lidar com o Alzheimer foi esquecer as letras das músicas que cantava há tantos anos. Uma pena!
Por experiência própria na famÃlia, posso dizer que o Alzheimer é uma doença devastadora que afeta a memória e a cognição. Para qualquer pessoa, especialmente um músico talentoso como Tony Bennett, perder a conexão com suas criações musicais pode ser uma experiência terrÃvel. Nessas horas, é que a famÃlia, amigos e equipe de apoio desempenham um papel crucial em fornecer amor, cuidado e compreensão durante esses momentos difÃceis.
Principalmente em tempo de tantas músicas feias, letras banais ou pobres de conteúdo, os amantes da boa música ficam cada vez mais órfãos de Brilhantes como Tony. Muito obrigado seu Ruy pelo bela crônica.
O que terá guardado a alma, daquilo que o corpo esqueceu? Mistérios da condição humana, tão preciosa e tão precária... Belo texto, bela homenagem, Ruy!
Putz, cara, que tristeza... Sei bem o que é esse processo, por curiosidade teórica e vivência prática da perda de meu pai: lentamente (era outra demência, não Alzheimer), a pessoa se esvai, "fading out" como uma música ao seu fim. Contudo, pude me despedir sem ter o ônus da longa degradação fÃsica, que outra doença poderia trazer - sofrimento que reputo maior, porque inclui aquele do doente. Espero que a inconsciência da degradação tenha sido benévola com a pessoa Tony Bennett, seria gentil.
Ruy Castro com a sua invejável cultura musical descreveu memoráveis gravações feitas por Tony Bennett. Mas, para nós simples apreciadores da boa música, nos basta "I left my heart in San Francisco" para lembrar para sempre do Bennett.
Caro Ruy, que delicadeza de texto. Caetano já disse que "a coisa mais certa de todas as coisas Não vale um caminho sob o sol". Tenho que dizer ao Caetano que o teu texto vale, sim, "um caminho sob o sol". Bem haja.
Nada como ler quem sabe escrever. Obrigado, Ruy. Bom domingo procê e pros seus leitores.
Grande Tony!! Ótimo registro do Ruy, ao lembrar dos 2 disco de Tony Bennett com Bill Evans, idealizados e produzidos por Helen Keane.
Uma das melhores versões de "Waltz for Debby" é do Tony Bennett!
Um texto singelo, cuja beleza vem do toque de melancolia, como tantas canções inesquecÃveis.
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