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  1. Rosane Aubin

    Só tenho uma coisa a dizer: felizmente o Itamar ultrapassou todas barreiras e chegou ao público. Alta literatura. Não perco um livro dele. A academia brasileira precisa urgente se aproximar da sociedade. Perde relevância quando se encastela.

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  2. João Gabriel de Oliveira Fernandes

    Eu não acho que o mundo literário suportaria a uma avaliação às cegas. Do tipo: "vamos avaliar essa obra sem saber quem a escreveu!". Me parece um universo cheio de camaradagem, troca de favores, respeitos inventados etc., em que importa - e muito - a convenção que se estabeleceu sobre determinado escritor.

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  3. Luciano Ferreira Gabriel

    1.3. Concordo com o autor. Há falta de rigor intelectual: e.g., onde está o vínculo da crítica de Lygia Maria, da L.G. Diniz e J.E. Agualusa em relação à obra de Itamar por conterem viés comportamental (e.g. preconceito rac) em vez de crítica literária? Onde estão as ofensas que Itamar os (as) acusa? Achados empíricos são diretamente generalizáveis sem evidências para casos diferentes?

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  4. Luciano Ferreira Gabriel

    2.3. Portanto, adiciono: há falta de rigor intelectual e honestidade (não somente nesta contenda). Itamar afirma em artigo de 17/7 (na FSP), em linhas gerais que, há um pacto de branquitude que dão o direito de pessoas brancas ofenderem uma pessoa de cor, por esta ser um corpo historicamente subalternizado. Isso é absolutamente ridículo.

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  5. Luciano Ferreira Gabriel

    3.3. Com base nesta fraseologia canhestra Itamar acusa terceiros de racismo. Portanto, Lygia Maria, da L.G. Diniz e J.E. Agualusa estariam cometendo crime ao criticá-lo. Cuidado: imputação de crime a críticas em minorias (sic) tem o viés comportamental/ideológico de autoritarismo e não de diversidade, como pretensamente alguns vem propagando.

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  6. José Cardoso

    Esse problema do viés é real. Comparação de vinhos por exemplo. Se a degustação não for às cegas, a chance de elogiar o mais caro é grande. Mas quanto a jogadores de futebol depende do país. Não acho relevante no Brasil, com um século de jogadores negros de vários estilos.

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  7. FELIPE BARBOSA DE SOUSA

    O Lula chama o Campos Neto de sujeito, cidadão, sempre de forma depreciativa, pois eles têm uma divergência sobre uma questão relevante, que nenhuma relação tem com raça. Será que a reação da crítica não se deu por ela se sentir ofendida por não ter sido aceita pelo Itamar? Os seguidores dela podem analisar como ela se refere às pessoas com quem ela tem alguma divergência para saber se no caso houve alguma especificidade. Há muito racismo, mas nem tudo o é, pode ser somente uma crítica negativa.

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  8. FELIPE BARBOSA DE SOUSA

    Estatística fala de população, sem discriminar os indivíduos. No caso da polêmica do Itamar, ele faz menção à 3 pessoas, 3 artigos discriminados. Como racismo é uma coisa muito séria, ser chamado de racista também o é. Então, seria interessante que o Michael, se possível, apontasse o que, no artigo da crítica e nos demais envolvidos na polêmica, denotam racismo. O Itamar apontou o que ele considerou como atos racistas dos envolvidos, o que torna possível que os envolvidos se defendam, se quisere

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  9. Luisa Ponce

    Michel, excelente texto. Essa sua menção ao comentário de Paulo Roberto na 451 me lembrou uma entrevista do diretor Amácio Mazzaropi que falou que em seus trabalhos ele tentava sempre agradar ao povo e não à crítica, já que a crítica e o povo pensavam de formas diferentes.

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  10. Marcos Benassi

    Eita, caro Michael, esse bagúio de viés pelo aspecto é tão lôko que se convencionou, na academia, chamar a todos os seus participantes pelo sobrenome, né? Daí que ficamos indestinguiveis eu, Benassi, M.T., psicólico, de minha irmã Marta, idem, engenheira de alimentos. Protege os miolos e competência do freguês dos preconceitos do observador. E Itamar Assumpção protege o ouvinte atento da chatice e, eventualmente, até da burrrice: Nego Dito e Orquídeas são mais Power que alopatia e macumba juntas

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  11. Florentino Fernandes Junior

    Falou, falou… e nao disse a q veio

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    1. Marcos Benassi

      Não aproveitou nem a sonzeira do Itamar, Florentino? Não deixe de ouvir, é muito, muito bom. E esse álbum, inda por cima, é duplo, entretém demais.

  12. Marcilio Souza

    Excelente artigo.

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  13. MANOEL ROBERTO SEABRA PEREIRA

    Um fato importante para reforçar o artigo é que Torto arado venceu um prêmio literário "cego", ou seja, o jurado do prêmio Leya, o primeiro que ele recebeu, não sabia quem era o autor ou autora do livro.

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  14. JOSE JONAS DUARTE DA COSTA

    Muito obrigado. Texto preciso. Sequer houve crítica literária a Torto Arado. Expuseram, de forma explícita racismo literário....

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  15. Marcelo Almeida

    O texto parece que foi cortado antes do final. Afinal Itamar Vieira Junior sofre preconceito por parte da crítica? Ou ele se tornou intocável?

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    1. Leonilda Pereira Simoes

      O assunto não é de hoje. Lendo os textos referentes ao caso fica mais fácil avaliar. Ninguém fica intocável, mas quem escreve não pode ser preconceituoso e ficar por isso mesmo.

  16. José Fernando Marques

    De acordo, o viés prévio, isto é, apoiado em preconceitos (ainda quando inconscientes), de fato existe. Mas seria igualmente tendencioso supor que toda crítica embute esse viés. Ou que todo best seller está acima ou à margem das críticas.

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  17. Geraldo da Silva

    Que texto ridículo; é a isso que chamamos de testículo.

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    1. Marcos Benassi

      Meu caro Geraldo, testículo é órgão acessório ao pensamento daqueles que optam por usar a cabeça sem encéfalo como guia. Creio que você, jocosamente, refere-se a "textículo", um texto pequeno em dimensões ou em qualidade, certo? Ah, em tempo: errado.

    2. Leonilda Pereira Simoes

      O que está no texto é que o preconceito está sempre presente, em especial em relação a mulheres e negros. E sempre presente também a completa falta de educação de quem não quer entender.

    3. Geraldo da Silva

      Tá enganado. Opinião não é falta de respeito. Vc pode matar no peito

    4. José Fernando Marques

      Por favor: respeito!

  18. Luiz Walter Corsetti Doederlein

    Há alguns dias terminei a leitura do Ulysses, de Joyce. Como não sou crítico, ouso tirar conclusões: 1. o livro não tem nada de hermético; 2. é bonzinho, mas supervalorizado. Mas a crítica internacional o coloca como o suprassumo não sei de quê.

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  19. Hernandez Piras

    O colunista contradisse algum argumento negativo da crítica a obra em questão? Indicou algum elemento que pudesse revelar o teor racista nas críticas ao escritor? Não. Apenas tentou intimidar a crítica literária colocando seus agentes "a priori" sob suspeição.

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    1. Leonilda Pereira Simoes

      A crítica em questão chamou o autor de "sujeito", foi desrespeitosa. E se irritou por não ter resposta à forma como analisou a obra. Então, sujeito, a questão é que respeito é bom e todo mundo gosta. Se alguém se sentiu mal ou seja o que for, a receita é: respeito e não ser preconceituoso. Analisar a obra sem querer diminuir humanamente o autor é o principio da boa crítica.

  20. LUIZ ALBERTO LEAL

    Brilhante, Michael França! By the way, encontrei o livro Salvar o fogo, de Itamar Vieira Júnior, na Estante Virtual por $55, 26, - o frete.

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    1. Marcos Benassi

      Uai, Luiz, sessenta paus é bão? Pois eu encontrei na casa da minha mãe, do lado do computador da velhota, custando R$O,OO - desde que eu tenha paciência e espere que ela acabe de ler antes de afaná-lo! Hahaha!

  21. Raimundo Carvalho

    Tava demorando aparecer um texto tentando demolir a literatura de Itamar Vieira Junior. Os programas de pós-graduação em estudos literários Brasil afora estão cheios de dissertações e teses ininteligíveis incensando autores ininteligíveis, perdidos em modismos e firulas literárias, bem ao gosto do establishment acadêmico. O modus operandi é sempre o mesmo: a tarefa de demolição do diferente é atribuída a um neófito, nunca ao figurão que está por trás do ataque, travestido de crítica isenta.

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    1. Raimundo Carvalho

      Ops. Estou me referindo ao texto primeiro que provocou a reação do escritor e não ao texto acima, com o qual concordo

    2. Marcos Benassi

      Demoliu não, meu caro, pelo contrário.

    3. Antônio Américo Perazzo de Andrade

      O texto de Michael França não tenta demolir a literatura de ITJ nem coisa alguma. Sempre elegante, ele nos alerta para vieses que todos temos em relação a algumas coisas, dos quais nem sempre estamos conscientes. Há um livro espetacular sobre o assunto - vieses, 'Rápido e Devagar'.

  22. JOSE DONIZETE FRAGA

    O autor, que goza de liberdade absoluta na hora da criação, tem que respeitar a liberdade da crítica em criticá-lo. Autor que se mete a brigar com a crítica literária, de antemão, já perdeu a contenda.

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    1. FABIANA MATOS BARBOSA

      O escritor Itamar Vieira não rebateu a crítica feita por uma articulista da revista Quatro Cinco Um, ele se defendeu de um twitte agressivo publicado por esta articulista, sendo que o escritor nem conta no Twitter possui.

  23. Júlio Pedrosa

    Mais um que nada entende de crítica de arte ou literária e acha que tecer críticas negativas ou apontar defeitos na obra de um artista negro só pode ser motivado por racismo. Deve ser por isso que o maior autor brasileiro é Gonçalves de Magalhães, e Machado de Assis e Cruz e Sousa são apenas notinhas de rodapé na história de nossa literatura. (Contém ironia.) Homessa!

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    1. Leonilda Pereira Simoes

      O autor respeita a crítica quando ela é educada, sem preconceito em especial. Quando não é e demonstra menosprezo, deve sim, ser contraposta. Quem quer respeito, tem educação e não se aproveita do fato de ser crítico para diminuir os outros como pessoas. Não se deve agir para ter retorno de mídia, provocar o que conseguiu, polêmica.

    2. Júlio Pedrosa

      O sucesso de vendas de um livro depende de muitas coisas, mas não necessariamente de suas qualidades intrinsecamente literárias. Fosse assim, James Joyce, Albert Camus e Marcel Proust seriam mais lidos do que Sidney Sheldon ou Napoleon Hill. José Mauro de Vasconcelos foi um sucesso de vendas há algumas décadas... mas e hoje? E o que será, daqui a algumas décadas, de Paulo Coelho? Boas vendas, Sr. Vieira Jr., mas respeite a crítica literária.

  24. Gustavo Adolfo Sierra Romero

    Calma iluminadora para entender a raiva preconceituosa nas entrelinhas da crítica que pretendeu trucidar um autor que ousa defender-se nos termos em que foi atacado. Parabéns.

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  25. Flavio Lima

    cada vez mais se discute se a revisão "às cegas" de trabalhos acadêmicos e literários tem, de fato, essa importância toda. o texto assume um lado sem tecer uma linha sequer sobre os motivos pro juízo. até onde eu entendi, a crítica simplesmente dizia que os personagens do livro não davam conta da complexidade do caráter humano e da existência, sendo pobre neste sentido, por tentar reduzi-la à dicotomia branco ganancioso/preto injustiçado. não sei, não vejo motivo para tanto fuzuê.

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    1. Leonilda Pereira Simoes

      Repetindo: a polêmica é que a pessoa, entre outras coisas, chamou o autor de "sujeito" e reclamou por ele não ter respondido ao que escreveu etc. A "confusão" não aconteceria se a crítica tivesse respeito e o qualificasse como o escritor, o autor etc. E se não gostou, sem problema, mas puxar briga parece querer aparecer mais do que um crítico sério faria.

    2. Júlio Pedrosa

      Resumiu bem a questão.

  26. Sandra C Possas

    Falou tudo, Dr Michael!

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