E tb não precisamos de um país com 200MM de habitantes, em que 50% não consegue se sustentar, e uma casta de políticos que só mama no estado. Além de milhões de bandidos a nos assaltarem no dia-a-dia.

O fim natural da polícia violenta, que atua à margem da lei, é a milícia, isto é, o grupo policial que se converte em facção criminosa. Precisamos de uma força policial mais bem organizada, profissional e inteligente, não de um corpo mais brutal e indiferente à lei. Mas, pelo andar da carruagem, é no caminho da milícia que a demagogia política vai acabar nos colocando.

Ninguém precisa de políticos corruptos, et caterva, também. Violência policial é fruto da manutenção da estrutura comezinha que emana de Brasília e arrabaldes, alimentada pela corrupção endémica e pela inconsequência das classes superiores ao se refastelarem com drogas e outras mazelas para satisfazer o ego. Hipocrisia é essa mesma classe falar que a violência que perpetua é problema de outrem.

Polícia sem inteligência, esse é o resultado!

"Abordagem nos Jardins tem de ser diferente da periferia, diz novo comandante da Rota..." Sem mais.. É isso que vivemos (lamentavelmente).

Os mais pobres demandam lei e ordem como todos nós. Se não for pela polícia será pela milícia ou o tráfico, ainda mais brutais. Não há saída fácil.

Orra, Thiago, desconfio de uma manhã deprimente, hoje. Primeiro, a tristeza do artigo do Ruy, da perda da Arte. Depois, este seu, da perda da Humanidade. Eu, que entrei nos cinquenta faz pouco, tô ficando velho, porque repito meus bordões: Transparência, Controle e Responsabilização, que sempre aponto como Santa Tríade, valem pra *tudo* que é Público. É fundamental que a gente se mova dessa barbárie prum nível de civilidade que torne a vida tolerável. Senão, melhor ouvir a dona Leny no céu, pô.

Thiago, a partir desse artigo, eu só posso lhe fazer uma pergunta: por que não há uma campanha para extinguir as polícias Civil e a Militar ou pelo menos esta última, uma vez que ela é desnecessária, pois só faz matar garotos como o filho da senhora apresentada nesta matéria. Estou falando sério! Não que eu seja partidário desta proposta, a minha é fazer uma reforma geral nas polícias, que teria que abranger também o Legislativo e o Judiciário. Está tudo errado e a polícia é a parte mais frágil.