Ilustrada > O pior de 'Barbie' é que ninguém se espanta mais com o domínio cultural Voltar
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É justa a reflexão trazida pelo articulista. E é igualmente importante lembrar que as salas de exibição precisam de público para pagar seu custo fixo. Como dizia Adhemar Gonzaga, fundador da Cinédia, "cinema é, antes de tudo, indústria". E quanto aos blockbusters é preciso lembrar de Amácio Mazzaropi, que levou multidões para os cinemas brasileiros, com seu talento e olhar comercial. Esta última qualidade ainda é um problema na equação de alguns acadêmicos.
o cinema brasileiro ainda precisa de muito amadurecimento para fazer a diferença nesse mercado, o linguajar utilizado nos filmes muito ligado a realidade do paÃs não atrai muito, parece que falta experiência em deixar os personagens atraentes... o brasil é uma sérvia.
Quem precisa do Pentágono quando se tem Hollywood.
Essa conversa já era anacrônica nos anos 90. Dizer isso hoje, com tanta oferta de filmes de todas as origens nas plataformas de streaming, ultrapassa em muito o ridÃculo.
Nossa, um texto desses na Ilustrada! Parabéns Cláudio Leal. Viva o cinema brasileiro!!!
Paguei minha libra de carne vendo "Marighella" no cinema e "Medida Provisória" no avião. A sensação é que os filmes começam bem, com boa tese e boa filmagem (até uma locomotiva GL8, historicamente correta, pintou no Mariguella -- sim, eu notei) mas terminam sem conclusão e/ou numa gritaria.
Nunca gostei de filmes brasileiros mas com o advento da internet mais especificamente o youtube passei a ter acesso a filmes de diversos paises, antes inacessiveis, como egipcios iranianos,albaneses,israelenses, etc,todos paises sem grande tradicao cinematografica e com essa experiencia confirmei o que antes suspeitava: NINGUEM faz filmes tao ruins como o brasil, o cinema nacional e uma indigencia uma vergonha e a prova disso e que somos praticamente inexpressivos no mercado mundial!!!!
Artigo excelente e surpreendente, pois toca num tema-tabu, o da autonomia cultural. O mesmo se pode afirmar sobre o teatro, com as devidas adaptações (o que é o teatro pós-dramático senão uma imitação servil de outras culturas?). Mesmo na música, há uma presença artificialmente inflada pelo marketing vindo de plagas anglófonas. A Folha pode dar uma contribuição à autonomia cultural evitando apelidar os seus produtos com nomes em inglês. Tudo começa em valorizar o próprio idioma.
Façam filmes brasileiros bons e iremos ver. Ficar culpando Hollywood por causa de nossa safra ruim de filmes só dá mais sono.
Se você acha que só se produzem filmes ruins no Brasil, não conhece o cinema brasileiro.
Belo artigo! Vc toca em pontos essenciais. Essa dominaçáo que e um verdadeiro dumping asfixia as obras independentes. Cota de tela ja!
Pobre obras independentes asfixiadas pelo capitalismo internacional! Pobres gênios do cinema nacional postos de lado pelos gênios argentários de Hollywood! O Estado precisa intervir urgentemente e nos libertar da dominação cultural, por intermédio de cotas e prêmios para o público disposto a assistir nossas obras primas. Anos 1960, não? Yankees go home! O petróleo é nosso! Cuba não está só!
Que bando de bullshit. "Colonialismo cultural"?! Não sabia que o intercâmbio cultural era agora proibido. As pessoas são livres para assistir o que quiserem, oras. Vá encher o saco de outro. No ramo musical o sertanejo e o funk competem pau a pau com o pop americano no mercado brasileiro, onde está seu "colonialismo cultural" agora? DeverÃamos então criar cotas para música clássica nas rádios e aplicativos? O sujeito não está afeiçoado com revolucionário conceito de "cada um faz o que quiser".
O vigor e a amplitude da MPB é prova de que cota é para os rejeitados pelo público. Tom Jobim gravou um álbum com Sinatra. Será que estaria praticando colonialismo cultural nos Estados Unidos? Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e centenas de outros precisaram de cotas para ganharem a atenção do público?
Seja menos arrogante. Mais humilde. O colonialismo cultural existe e é avassalador. A dominação chega ao ponto de produzir consciências inteiramente paralisadas, que se julgam livres enquanto apenas acompanham, dóceis, os movimentos de massa e de manada. Excelente artigo, cota de tela já!
Pra "cada um fazer o que quiser" depende da "barbie" permitir, rs. Não foi isso mesmo que o autor o autor quis dizer. Ou não?
JezuizÂ…. Melhor ler isso do que ser cega.
E digo mais: viva o Barbieheimer. Acho que vou ver esses filmes mais três vezes cada um, só pra irritar o camarada que escreveu esse texto. "Colonialismo cultural", ora vejam só. Vá capinar um lote.
Que se aprimore o nÃvel crÃtico e se sofistique o olhar através da educação e da cultura brasileira e mundial, o resto é mimimi. O que oprime é o filme ruim, o romance clichê, a novelinha nacional tediosa, o teatro sem alma, sejam da onde forem, e normalmente eles vêm dos EUA, né não? Essa coisa de propaganda de 120 minutos de duração é que dá no sa-co.
Acordaram agora com a Barbie? E o Superman, e o Batman, o Pato Donald, os filmes de faroestes? E a bandeira dos USA nos filmes de Hollywood? E o jeans, o automóvel? Acordou agora, mas o sol já está se pondo.
Não se trata de "competência", Marcia, mas de mercado, de milhões de dólares investidos em filmes e em marketing de filmes, enquanto nós não conseguimos ver nossa própria cara nas telas. A questão é de mercado e de polÃtica cultural.
Que discurso imbecil, que tal um pouco de competência?
Quem é Barbie mesmo? Espero Auto da Compadecida 2 ansiosamente.
O nacionalismo cultural já teve a sua época, e faz tempo. O cinema nacional é, de modo geral, desestimulante, exige fé e espÃrito de sacrifÃcio para ser assistido e aguentar defesas de tese superadas na forma de filmes. E choramingar com argumentos supostamente sofisticados não contribui para melhorar a qualidade do setor, nem dourar a sugestão implÃcita de intervenção do Estado.
Caro Luthero, o articulista citou várias cineastas brasileiras, todas excelentes, que nada têm a ver com o nacionalismo de outras épocas nem com "teses superadas". Arrisque o Canal Brasil e verás.
Ótimo texto. O cinema nacional tem seus destaques por mérito dos profissionais. Não há polÃtica pública adequada que incentive a produção artÃstica nem que forme cidadãos aptos a apreciar nossas obras. Assim, as nossas produções continuarão sendo bem incipientes se comparadas à s de Hollywood, por exemplo.
PolÃtica pública que forme "cidadãos aptos a apreciar nossas obras". Olha, sabe quem diria uma coisa bem parecida com essa? Stalin ou Hittler, para quem as obras de que não gostavam eram "degeneradas", "indignas". O povo deveria ser "instruÃdo" na "verdadeira" arte. Pois é, até hoje as pessoas não estão ainda acostumadas com o conceito de liberdade, né, meu camarada.
Excelente! Debate necessário e que poucos percebem
meua migo, vai ver teu bacúrau, ninguém aqui liga pra tropicaia e ruindades similares
Hahahahaha
Vergonha alheia esse Bacurau.
Fale por você. Bacurau, teu exemplo não por acaso, é uma obra prima do cinema nacional.
Tentar escapar dessa barbaridade infantilizante é quase ficar fora do mundo. Afora o tambor de pipoca gordurosa e o barril de refrigerante. Sinta-se no mundo, enchendo as burras de roliude!
Jose Lino Da Silva, gostei das" burras de roliude", fazia muito tempo que não ouvia falar em burra!
A folha de são Paulo contribui para a dominação cultural a nós impingir notÃcias, em quantidade infernal sobre a Barbie
Você contribui para a dominação cultural ao usar internet e rede elétrica M
Só o Pravda briga com a notÃcia. Se o besteirol Barbie é notÃcia, não se pode publicar a lendaÂ…
Xeque-mate. A grande imprensa tem grande participação nesta tal colonização cultural, o que evidencia um pouco sua hipocrisia quando vem com estas matérias com ar de problematização, mas por outro lado nos bombardeia com futilidades sobre o filme em si. Percebo isto tb na Globo, quando vejo aquelas matérias crÃticas sobre desigualdade, a sociedade de consumo etc. e de outro fica falando "ex-bbb tal se hospeda em hotel com diária de R$ 20 mil", "veja a coleção milionária de carros do jogador X".
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