André Roncaglia > A longa estagnação da economia brasileira Voltar
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Ah, meu caro, esqueci de agradecer a boa referência bibliográfica, vou ver se compro. O próprio artigo, já deixei marcado pra voltar: à s vezes faz falta uma sÃntese boa dessas pra alguma conversa. Valeu mêmo.
Orra, Mano Roncaglia, ronco de categoria, que texto lÃmpido, com cabeça, tronco e membros - tudo em forma, bem exercitado. Lembrei-me da dona Conceição Tavares. É muito intrincado: é complexo perceber o quanto e estreito e frágil esse desenvolvimento baseado em agro (e sujeito à crise climática); igualmente, perceber o impacto mais amplo/intenso da indústria. Não é trivial, e o texto cumpre a função, pra quem quiser entender e refletir. Boa sorte pra nóis tudo, e obrigado.
Por falar nessa temática, está no Brasil a economista e professora Mariana Mazzucato!
Grande desafio: mão de obra qualificada.
Parabéns pelo belo sumário. Tudo tão simples e óbvio, mas quem disse que a classe média e intelectual brasileira (estrato sempre responsável pelas mudanças porque direciona a escolha dos governantes) está interessada no Brasil? Querem apenas defender o seu e emigrar para Portugal ou EUA…
O único que vale a pena ler, os demais colunistas da área (deste "jornal") são meros terraplanistas econômicos.
Principal variável para industrialização: câmbio de competitividade econômica internacional acima de R$10. Necessário para compensar a baixa produtividade de nosso estágio de desenvolvimento. Doença holandesa no Brasil gerada pela exportação de commodities sem tributação, dificulta este câmbio. PaÃses sem commodities como Singapura, não tem este problema. Não é só planejamento, sem macroeconomia correta (demanda agregada de Keynes), não existe o incentivo econômico.
JK almejava "avançar 50 anos em 5 anos". Os últimos 2 governos conseguiram"regredir 60 anos em 6 anos ". Com o apoio entusiasmado da grande midia corporativa. Teve até editorial dizendo que industrialização está fora de moda...
Rodrigo, o erro da Dilma foi dar mto dinheiro para o setor produtivo privado (nosso dinheiro por sinal, via bancos públicos) achando q eles iriam desenvolver o paÃs, mas o empresariado usou este dinheiro para trocar dÃvidas e investir na especulação financeira. Entenderam agora pq qm gera desenvolvimento real é o investimento estatal (q não está interessado em lucros imediatos)? Ou querem q desenhe?
Entendi, e o completo desastre Dilma Rousseff avançou pra onde? Rumo ao despenhadeiro, com sua brilhante nova matriz econômica. Fácil colocar a culpa de Temer pra frente
não somos o Chile, com uma população do tamanho da grande São Paulo, ou a Austrália também com uma população pequena concentrada nas costas oceanicas, que podem ser suportadas por atividades extrativas e algum agro, com arrotos de alta tecnologia, na verdade trazida de fora. Temos mais de duzentos milhões que querem comer dormir se divertir etc etc. A economia precisa dos setores secundarios e terciários ou teremos uma multidão de excluidos para se juntar a guatamaltecos a caminho dos EUA.
Embraer, Embrapa, Petrobras sim, mas Bndes? Entrou aà de jabuti. Quanto à polÃtica industrial na prática, vide zona franca de manaus, desoneração da folha de pagamentos, carro popular e por aà vai. É ilusão de tecnocrata achar que é ele que vai manejar as cordinhas. Há 513 deputados e 81 senadores, além do presidente da república.
Concordo em gênero número e grau hiperativo. A questão é a elite agro bancária e empreiteira. Essas três juntas, em 40 anos, acabaram com as ferrovias e estabeleceram com "única industri no Brasil" , a de carros e ônibus. Mas a questão é anterior ao perÃodo citado. Veja o que fizeram com Mauá. Sugiro o livro " A Luta pela Industrialização no Brasil" e a tese " São Paulo-metrópole sem metrô". Está última mostra como a elite fez de tudo na polÃtica para atrasar o metrô em São Paulo nos anos 50.
Precisamos de reformas economica-distributivas no trabalho e previdência, tributária e financeira, investimentos em saúde, educação e ciências, e plano de desenvolvimento da habitação, estrutura e informática para impulsionar o mercado. Como a economia é essencialmente doméstica, essa distribuição vai proporcionar força de demanda sufiente para crescermos por duas décadas até sairmos da pobreza. Mas, esqueça. Isso não acontece nesse século.
Você quer dizer, portanto, que precisamos aprender a eleger um Congresso Nacional minimamente Ãntegro em ética e respeitoso à população, bem como entendermos que lÃderes carismáticos populistas não têm o condão de dar soluções adequadas aos problemas, notadamente porque são criadores de problemas.
Todos os pretendentes de orientação desenvolvimentista sofreram golpes e tentativas de golpes em seus governos. Todos, sem exceção! Ainda: em todas as crises golpistas, lá estava a fina flor do liberalismo brasileiro empunhando seu notório saber no ataque à indústria nacional.
Faltou mencionar a participação esplêndida das nossas golpistas forças armadas
Não há indústria sem tecnologia, não há tecnologia sem ciência. A pesquisa cientÃfica historicamente é tratada como questão menor no Brasil e atualmente perseguida pela extrema direita brasileira. Sem uma polÃtica de desenvolvimento cientÃfico o Brasil não saà do buraco econômico que se encontra.
Sim. E sem ensino básico e secundário de qualidade, jamais haverá polÃtica de desenvolvimento cientÃfico.
O Bresser-Pereira, com sua reforma administrativa na década de noventa, foi sinônimo de desburocratização e eficiência no serviço público, mas também de desmantelamento das carreiras de servidores públicos. Portanto, essa escola "neo-desenvolvimentista" deve ser ponderada. Investimentos em educação e pesquisa cientÃfica para democracia e desenvolvimento é o pano de fundo da SBPC em Curitiba nesta semana.
Acertou na mosca.
As aberturas comerciais desde FHC, sem nenhuma transição de uma economia fechada durante muito tempo e ainda condicionada por um processo hiperinflacionário, foi a pa de cal na indústria, que com muito esforço governamental vinha se desenvolvendo. Isso em meio a uma ascensão vertiginosa da China nos relegou o retorno a uma economia agrÃcola, justo quando o salto tecnológico nos coloca novamente na rabeira do mundo. Mas os carniceiros ainda insistem simplesmente em mais aberturas.
Noção zero.
As aberturas começaram no governo Collor e não no de Fernando Henrique e não há nada de errado nisso. O problema das indústrias neste paÃs é a falta de inovação e, consequentemente, de competitividade - isso é histórico. Fernando Henrique fez mais por este paÃs do que qquer outro presidente, mas os incompetentes amam criticá-lo. Voltem à era Sarney, coloquem o Sr. Luiz Inácio - ou pior, Jair Bolsonaro - como seu sucessor e veremos o paÃs afundar sem a menor chance de recuperação.
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