Opinião > É urgente definir os critérios de qualidade dos cursos de medicina Voltar
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Infelizmente essa não é uma agenda do atual governo. Esse grupo criou e recriou um programa que traz médico estrangeiro para atender uma população carente, sem nem ao menos saber estes profissionais são realmente médicos. Em paÃses minimamente sérios isso é inadmissÃvel. Atenderam ao lobby dos grandes grupos de ensino. A maioria das novas escolas médicas são muito precárias. Nada vai mudar até começar a avalanche de erros médicos. Tragédia anunciada.
É possÃvel reverter o panorama da distribuição de médicos, buscando implementar polÃticas e medidas especÃficas. A começar por incentivos para trabalhar em áreas rurais e cidades menores. O governo pode oferecer benefÃcios e melhores condições de trabalho para os médicos que escolheram atuar em locais com menor oferta de profissionais de saúde. Criar programas de residência e educação focados em regiões subatendidas. Priorizar a formação nessas áreas, como o autor sugere, é uma ótima ideia.
A falta de médicos e a distribuição errática deles estão ocorrendo no mundo todo e não só aqui. Pegue o exemplo dos EUA. Grande parte do médicos que se formam lá não são americanos e sim imigrantes ou filhos de imigrantes. E por que ? Por que a medicina perdeu muito do seu prestÃgio nos últimos 20 anos e piorou mais após a Covid. A Europa também têm falta de médicos. No Brasil todos querem ficar nas regiões mais desenvolvidas como São Paulo. E por que ? Oferta de trabalho, condições de trabalho
1)Levar cursos d medicina p cidades do interior é necessário, mas não basta. Pq só alunos ricos podem pagar 10mil reais p/mês; assim q se formam querem retorno do investimento dos seus pais financiadores; 3) Durante da pandemia e des-governo Bozofrênico, comprovou-se que há cursos de medicina cuja "ideologia direitista está acima do ensino/pesquisa cientÃfico". Cursos médicos, pseudocientificos, tb podem formar charlatães, q receitam kit Covid, ou numa consulta méd sou tentam me doutrinar
Primeiro aprova-se a abertura de novos cursos e depois, pensa-se em critérios mÃnimos de qualidade. Retrato acabado do balcão de negócios que virou o ensino médico no Brasil.
O principal problema me parece o dos grandes municÃpios da região norte, onde o tempo para chegar a algum centro de atendimento médico pode ser longo devido à s distâncias e meios de transporte. Mas no resto do paÃs nem tanto. Em Minas por exemplo, há muitas vezes 3 ou 4 municÃpios pequenos a menos de 100 km de um maior onde há médicos e hospitais. As prefeituras disponibilizam vans para levar os cidadãos para consultas e exames na cidade maior.
Anos atrás o Prof Adib Jatene reuniu uma equipe que realizou estudo com avaliações in loco das escolas médicas nacionais. Após trabalho exaustivo, levantaram-se as carências de diversos centros, e meios de supri-las, e foram também apontados os tidos como irrecuperáveis. Os resultados perderam-se nos escaninhos burocráticos. O Min da Educação era Fernando Haddad
Os cursos de medicina foram encampados pelo complexo médico industrial para formar prescritores de exames, procedimentos e remédios. As faculdades de medicina privadas são hoje empresas de alta rentabilidade que disputam maiores ganhos no mercado financeiro. Eis que a inteligência artificial atinge maturação para substituir varias atividades de caráter instrumental como o que se tornou a atitude clÃnica. As reações se iniciam diante da ameaça falência do negócio de formação de médicos.
Ah, reflexão bem esclarecedora, caro Marcelo. E dolorosa.
O governo deveria estabelecer uma obrigatoriedade de trabalho em cidades do interior, nos programas de saúde da famÃlia, para os médidos formados nas Universidades públicas. Hoje em dia acontece um fenômeno: o filho do rico, que estudou a vida toda em escola particular, toma a vaga do pobre na Universidade Pública.
Seu Silvio, prezado, isso de que o senhor fala não é realizado pelo MEC? Será mal realizado? Não sei se em todas as dimensões que o senhor cita, mas lembro-me de uma avaliação de uma graduação, da qual participei, que foi bastante extensa, nos deu um trabalhão e orientou ajustes bem definidos na instituição (não era medicina). Ah, é uma questão colateral, mas me intrigou: que diacho é esse tal "Idomed da Yduqs"? Boiei.
Ôôô, Marcelo, grato pela informação precisa - o espÃrito do que você nos esclarece, eu já supunheia. Infelizmente, minhas desconfianças costumam estar certas, ao menos nessa seara.
Idomed é a área de negócios da Yduqs, que reúne 14 escolas de medicina. Yduqs é a holding que ocupa o segundo lugar entre as empresas de educação no paÃs. A primeira é a Cogna. Por experiência pessoal, eu sei que ela paga um mil e trezentos reais para médicos atuarem como preceptores em hospitais públicos. Um acinte à profissão que já foi nobre.
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