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  1. Nilton Silva

    É exatamente o ponto. O tribunal da internet condena, destrói carreiras e segue adiante, destruindo outras carreiras e vidas. Se a vítima é absolvida por quem de direito, o prejuízo é irreparável e os juízes virtuais não têm nada a ver com isso.

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  2. Marcos Benassi

    Ricardíssimo, oh, judicioso escriba, é o seguinte: faltou só uma tabela de equivalências. O seu Hamurabi era ótemo rei, mas um burocrata maiomêno. Tivesse ele um bom "planilheiro" à mão, o cabra soltava que "um dente equivale a um testículo, ou duas falangetas, ou um dedo inteiro", e pronto - resolvia pobremas que ultrapassaram milênios. Por outro lado, tivemos agorinha el'Rey seBozo, um indiota, que botou um planilheiro tapado no papel de Ministro. Ah, que falta do "dente por testículos"! Haha!

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  3. maria helena pinto oliveira santos

    Mas a,avó do colunista tinha lá um tanto de razão, pelo menos conforme a famosa frase que diz que depois de certa idade todas as pessoas são responsáveis pela cara que têm. É como escolher frutas e legumes: há quem os experimente, apertando-os. Métodos...

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  4. João Gabriel de Oliveira Fernandes

    Situação indigesta, porque o Kevin Spacey, ainda que saia inocentado, levará para a sua biografia a acusação. É uma marca que não sai, nem mesmo com a sentença absolutória, infelizmente. Muitos que, a despeito da sentença, pensarão consigo: "essa justiça é marmelada, ele cometeu esses crimes!". Tomara que volte a atuar, é um grande ator.

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    1. Marcos Benassi

      Eita, sô, subscrevo, se não incomodar.

  5. Raymundo De Lima

    Infelizmente, a condenação do ator Kevin é mais um sintoma de doença psicossocial. Parece que temos um defeito de personalidade, pois deste tempos antigos a massa, a turba, o histerismo social ou psicose coletiva age para condenar alguém. Pior quando tal doença atinge juízes e altas autoridades, como aconteceu na 'santa Inquisição', e com o nazismo eliminando judeus, ciganos, negros, doentes mentais e deficientes físicos, etc.

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    1. Marcos Benassi

      Raymundo, quando a justificativa é a de que "Deus é quem quer, deus está mandando", sabe que acho ainda pior do que a simples canalhice e preconceito, como no holocausto? As duas coisas são bárbaras, mas a justificativa "de Deus", putz, é mais sórdida, parece-me.

  6. Carlos Figueiredo

    A questão não colocada é que muitas vezes a politização da justiça, que deveria ser apenas técnica, ou mesmo questões processuais irrelevantes afastam a decisão judicial da verdade. Assim em casos como este o réu não é condenado, mas daí a acreditar na decisão, são outros quinhentos. Que os digam os denunciantes…

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  7. antonio mateos

    Texto muito interessante. A avó do RAP era (talvez sem sabê-lo) adepta da teoria de Lombroso, fundamentalmente baseada em características físicas para aferir a condição de um potencial criminoso. Os crimes de natureza sexual são os que mais se prestam a julgamentos (com aspas) precipitados e quase sempre culpabilizadores no âmbito da internet. Não se vê a mesma sanha (talvez, em parte, só na política) com relação a outros ilícitos, reais ou imaginários.

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    1. Marcos Benassi

      Excelente lembrança, Antonio, prezado. Lombroso ainda nos assombra. Todavia z a avó do Ricardo era melhor, porque não dava, à sua arte interpretativa, a fumaça de ciência. Bobeou, deviam acertar na mesma proporção.

    2. Raymundo De Lima

      Seria de Lombroso a frase tão aplicada pelos juízes a moda antiga "A cara do réu indica o crime"?

  8. Carlos Henrique Durso Carneiro

    Parabéns pelo texto. Na veia!!!

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  9. Gabriel França

    Ótimo texto, a questão é essa: por que linchadores inconsequentes conseguem ter tanta voz hoje em dia?

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    1. Marcos Benassi

      Posso dar uma pergunta-resposta? Por que as pessoas sentenciam tão rapidamente a outrem, dando ouvidos a gente claramente adepta de métodos Galileus, tais como o apedrejamento?

  10. Ricardo Batista

    Lembrei do ótimo filme dinamarquês A Caça. Kevin Spacey certamente é um dos três melhores atores americanos deste século, junto com o Denzel Washington, o Philip Seymour Hoffmann e não sei se mais algum. Mas House of Cards já foi tarde demais. Teve uma primeira temporada estupenda, depois só ladeira abaixo. Pelo menos, me ensinou a largar as séries no auge. A maioria, só vejo o primeiro ano.

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    1. Marcos Benassi

      Boas considerações. Eu, mais bocó, não poucas vezes, vou ainda adiante...

  11. LUIZ ALBERTO LEAL

    Uau, RAP, que texto bacana!

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  12. Joana Ferreira

    Concordo com o que o RAP aqui escreve. As pessoas no FB, ou noutro sítio semelhante, não deviam ter esse poder. Mas achei engraçado o que escreveu sobre o suposto método da sua avó. Há uns tempos, uma colega e eu comentámos que um português, que nunca esteve envolvido em nenhum tipo de escândalo, tem "cara de mau", e que por isso é mais difícil gostar dele. É um disparate. Mas acontece. Que isso afecte a vida de alguém, sobretudo a este ponto, concordo que não devia ser possível

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    1. Joana Ferreira

      Obrigada, Marcos

    2. Marcos Benassi

      É mesmo um disparate (palavra linda), mas você tem autocrítica, cara Joana. "Disparata", tá bem, mas não dispara, sequer bala de festim. Refletindo, considerações Lombrescas não fazem mal algum.