Quem viveu a época da Reserva de Informática viu que taxar as importações não foi uma medida boa para a maioria dos brasileiros. Isso foi justificado como uma externalidade ruim, embora muitos produtos domésticos fossem de péssima qualidade e caríssimos, ignorando o que é custo/benefício. Outro problema tem a ver com o fato dos empresários no Brasil insistirem em buscar algum tipo de proteção para não terem que competir...

Na contabilidade de uma empresa há uma rubrica chamada depreciação. Não adianta se iludir com lucros temporários no seu negócio de transporte de passageiros se a van está perdendo valor a cada ano, e daqui a algum tempo ela não estará em condições de rodar. Mas não há uma depreciação global. A Petrobras por exemplo não contabiliza como custo o plantio de árvores para compensar o CO2 jogado na atmosfera. Assim as empresas continuam lucrando, enquanto o equipamento planetário se deprecia.

Livre mercado é pura ilusão. As instituições moldam o mercado. Quando o governo é de direita as instituições favorecem os negócios. Quando o governo é de esquerda, as instituições privilegiam à sociedade. Este é o modelo, mas há variacões e distorções. Que o diga Thorstein Veblen, Douglas North, Ronald Coase e outros icones da economia institucional.

Entendo que as tarifas sobre importações não devem ser usadas para todos os produtos pois retiraria a competitividade, mas creio que deva ser usado como um tributo de política econômica para ajudar o fomento interno de determinados setores que o Estado visa o crescimento interno. não da para generalizar e o imposto deve ser bem utilizado numa política de Estado séria. Pena que não vemos isso no Brasil.

Canseira...

... valeu, eu gostei desta conversa!!! .. checado!!!

Como seu país, agride tudo! O EUA só sobreviveu tanto tempo porque criou o colonialismo financeiro pelo petrodólar e fim do lastro ouro, matando ao poluir percapitos OITO vezes mais que os do hemisfério sul.