Opinião > 'Ultraprocessados do bem': ideia tão vazia quanto esses alimentos Voltar

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  1. Samuel Cremasco Pavan de Oliveira

    Gostaria que o debate sobre este tema envolvesse a seguinte questão: se eliminarmos os alimentos ultraprocessados, haverá comida para todos os 8 bilhões de humanos? Há efetivamente condições para produzir e ofertar alimentos não ultraprocessados a todos?

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    1. Marcos Benassi

      Boa pergunta, essa. Sim, perfeitamente. Mas não será boi e frango, né? Mudando essa perspectiva, sem dúvida, dá.

  2. João Gabriel de Oliveira Fernandes

    Se eu posso acrescentar meus dois centavos à conversa, acho que o melhor está em estimular um consumo consciente. Porque, vamos ser sinceros, os ultraprocessados estão aí. Se não são eles, são os doces entupidos de açúcar que nós consumimos. Promover uma batalha xiita parece improdutivo, além de gerar no consumidor a ideia de que há vilões e que, se ele consumir algo não nutritivo, deve chicotear-se em penitência.

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    1. Marcos Benassi

      Hahahahah, não é questão de culpa, meu caro, a discussão do pessoal passa longe disso: a culpa, inclusive é usada pra vender ultraprocessado "saudável" (vove pode ser guloso, coma Coisiquitos, que não engorda), academia etc. O essencial do blá seria tornar "comida de verdade" a regra, o ultraprocessado, exceção. Nego comer lasanha industrial e achar que é comida, é um equívoco: se esses forem a base de sua alimentação, vai dar B.O. grave. E estamos envelhecendo, como população.

  3. Ricardo Arantes Martins

    Lembro de escutar quando criança que o melhor remédio é o que entra pela boca. Hoje temos a forte noção de que o que comemos e bebemos é o fator preponderante para o surgimento de grande parte das moléstias que nos aflige. O exemplo da matéria sobre o ovo é muito bom, já ouvi coisas excelentes e outras criticando severamente o alimento. Creio que uma educação publica sobre a nutrição poderia ajudar a todos, mas como falar nesse tipo de política pública num país onde ainda há fome.

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    1. Marcos Benassi

      Ah, só pra precisar um ponto: *cogumelos psicoativos são lícitos*. O que não é lícito é extrair princípio ativo. Mas o cogu in natura é perfeitamente legal.

    2. Marcos Benassi

      Hahahahah! Deliciosos cadáveres, acho mesmo. Como com cuidado e respeito, mas de todos os tipos, não muito, mas quase todo dia algum. Co'didoido, a gente ainda matar industrialmente pra encher a pança. Quanto aos cogumelos, são lindos. Uns 2O anos atrás, tava na casa duma amiga na Inglaterra, vegeteba, e tinha miles bagulhos feitos de cogu no supermercado: bife, empanados, simples proteína texturizada, salgados, empadas, tortas. "Korn", chamava-se o bagulho. Tudo ultraprocessado, mas delícia.

    3. Ricardo Arantes Martins

      ah! a deliciosa proteína animal. grandes áreas para pastagem e grandes áreas para produzir plantar alimentos complementares para engordar as aves, porcos e bois antes do abate. Além de todo esse espaço o equilíbrio do meio ambiente começa pela água e agricultura gasta mais água que a indústria e cidades juntos. Mas é tão difícil. reduzi para menos de metade o consumo de carne. aumentei o de cogumelos (lícitos) e soja, tentando educar meu filho com alternativas.

    4. Marcos Benassi

      Essa é uma ferida aberta e infeccionada, caro Ricardo: ultraprocessados tendem a baratear a comida, e acabam sendo consumidos por quem não tem dinheiro. Isso nos conduz diretamente a políticas públicas de incentivo à produção daquilo que alimenta humanos, e não gado, porco e ave. Aliás, proteína animal também tem um enorme peso no nosso desequilíbrio climático/ambiental. Tudo a ponta para o incentivo da agricultura no cinturões verdes da cidades, próximo aos consumidores, familiar, sem veneno.

  4. Marcos Benassi

    Eita, Senhoras e Senhor: o bagúio é doido e tem muitos meandros. Eu tenho boa formação científica e, lendo-os neste artigo, lembrei da dona Natália Pasternak, a qual adoro e de quem discordo acerca de recente proposição sobre a medicina tradicional chinesa, mtc. É curioso que um verdadeiro médico Xing-ling usa, em primeiro lugar, alimentos; em segundo, fitoterápicos; por último, a acupuntura, muitas vezes tida como sinônimo de mtc. Há uns milhares de anos de conhecimento empacotados aí. Ouçamos.

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