Opinião > 'Ultraprocessados do bem': ideia tão vazia quanto esses alimentos Voltar
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Gostaria que o debate sobre este tema envolvesse a seguinte questão: se eliminarmos os alimentos ultraprocessados, haverá comida para todos os 8 bilhões de humanos? Há efetivamente condições para produzir e ofertar alimentos não ultraprocessados a todos?
Boa pergunta, essa. Sim, perfeitamente. Mas não será boi e frango, né? Mudando essa perspectiva, sem dúvida, dá.
Se eu posso acrescentar meus dois centavos à conversa, acho que o melhor está em estimular um consumo consciente. Porque, vamos ser sinceros, os ultraprocessados estão aÃ. Se não são eles, são os doces entupidos de açúcar que nós consumimos. Promover uma batalha xiita parece improdutivo, além de gerar no consumidor a ideia de que há vilões e que, se ele consumir algo não nutritivo, deve chicotear-se em penitência.
Hahahahah, não é questão de culpa, meu caro, a discussão do pessoal passa longe disso: a culpa, inclusive é usada pra vender ultraprocessado "saudável" (vove pode ser guloso, coma Coisiquitos, que não engorda), academia etc. O essencial do blá seria tornar "comida de verdade" a regra, o ultraprocessado, exceção. Nego comer lasanha industrial e achar que é comida, é um equÃvoco: se esses forem a base de sua alimentação, vai dar B.O. grave. E estamos envelhecendo, como população.
Lembro de escutar quando criança que o melhor remédio é o que entra pela boca. Hoje temos a forte noção de que o que comemos e bebemos é o fator preponderante para o surgimento de grande parte das moléstias que nos aflige. O exemplo da matéria sobre o ovo é muito bom, já ouvi coisas excelentes e outras criticando severamente o alimento. Creio que uma educação publica sobre a nutrição poderia ajudar a todos, mas como falar nesse tipo de polÃtica pública num paÃs onde ainda há fome.
Ah, só pra precisar um ponto: *cogumelos psicoativos são lÃcitos*. O que não é lÃcito é extrair princÃpio ativo. Mas o cogu in natura é perfeitamente legal.
Hahahahah! Deliciosos cadáveres, acho mesmo. Como com cuidado e respeito, mas de todos os tipos, não muito, mas quase todo dia algum. Co'didoido, a gente ainda matar industrialmente pra encher a pança. Quanto aos cogumelos, são lindos. Uns 2O anos atrás, tava na casa duma amiga na Inglaterra, vegeteba, e tinha miles bagulhos feitos de cogu no supermercado: bife, empanados, simples proteÃna texturizada, salgados, empadas, tortas. "Korn", chamava-se o bagulho. Tudo ultraprocessado, mas delÃcia.
ah! a deliciosa proteÃna animal. grandes áreas para pastagem e grandes áreas para produzir plantar alimentos complementares para engordar as aves, porcos e bois antes do abate. Além de todo esse espaço o equilÃbrio do meio ambiente começa pela água e agricultura gasta mais água que a indústria e cidades juntos. Mas é tão difÃcil. reduzi para menos de metade o consumo de carne. aumentei o de cogumelos (lÃcitos) e soja, tentando educar meu filho com alternativas.
Essa é uma ferida aberta e infeccionada, caro Ricardo: ultraprocessados tendem a baratear a comida, e acabam sendo consumidos por quem não tem dinheiro. Isso nos conduz diretamente a polÃticas públicas de incentivo à produção daquilo que alimenta humanos, e não gado, porco e ave. Aliás, proteÃna animal também tem um enorme peso no nosso desequilÃbrio climático/ambiental. Tudo a ponta para o incentivo da agricultura no cinturões verdes da cidades, próximo aos consumidores, familiar, sem veneno.
Eita, Senhoras e Senhor: o bagúio é doido e tem muitos meandros. Eu tenho boa formação cientÃfica e, lendo-os neste artigo, lembrei da dona Natália Pasternak, a qual adoro e de quem discordo acerca de recente proposição sobre a medicina tradicional chinesa, mtc. É curioso que um verdadeiro médico Xing-ling usa, em primeiro lugar, alimentos; em segundo, fitoterápicos; por último, a acupuntura, muitas vezes tida como sinônimo de mtc. Há uns milhares de anos de conhecimento empacotados aÃ. Ouçamos.
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