Priscilla Bacalhau > Quem quer ser professor? Voltar
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Os "gestores" da educação pública no Brasil e os grupos que controlam as escolas privadas não veem a hora da chegada dos professores robôs: sem salário, sem greves, trabalhando em regime 24/7 e "ensinando" aquilo que estiver em sua programação. Nada de contraponto entre o "agro pop" e a agricultura familiar, nada de direitos humanos para todos, nada de reflexão sobre a história; liberdade apenas para empreender, não para o amor ou a arte.
E pensar que na "provÃncia" e SP tivemos a oportunidade de elegermos um professor, mas ao invés disso, preferimos eleger um tecnocrata apadrinhado pelo inelegÃvel. Só nos sabemos o que passamos dentro das escolas estaduais de SP com esse mais de 30 anos de direita no comando. Eu já perdi as esperanças e comecei meu processo de mudança de profissão.
Putz, caro Thiago, não conta essas histórias horrÃveis, dá a maior azia. Uma das coisas mais espantosas que já vi foi professor de escola estadual votar convictamente em tucano, mesmo levando naba a todo tempo. A espécie humana é mêmo uma surpresa e uma lástima.
Apesar de todos os desafios, ser professor é fascinante.
Aqui no RS um professor com doutorado ganha o mesmo quem PM (ensino médio) em inÃcio de carreira. Sem contar a falta de progressão por tempo de carreira ou merecimento. No plano de carreira atual não há o menor incentivo para o professor obter novas formações ou aperfeiçoamentos.
Perfeito Luiz Bretas. Eu sempre me pergunto até quando o estado vai continuar perdendo talentos em forma de professores. Por que não podemos ter professores de ensino básico com mestrado ou doutorado? Entendo que este nÃvel de formação visa um apelo mais de pesquisa. Entretanto, atualmente, se não for por estes nÃveis de formação o salário não muda. Não se tem outros incentivos na carreira. E aqui reitero que o RS valoriza pouco mestrado e doutorado.
Eita, meus caros, deçe geito não há como um paÃs ir pra frente, não é? Sem valorizar profess@r, é sem chance.
O salário de professor de escolas básicas, no RS, é revoltante. Eu sou professor universitário e recebo um salário decente, embora defasado por anos. Insisto, sempre, que, se o salário de um professor universitário devesse ser diferente de um professor de escola básica, então isso está invertido, pois a responsabilidade (riscos de causar maiores estragos) de quem ensina para crianças e/ou adolescentes é maior.... Muito maior...!
É que nosso paÃs é pobre. O atual piso, de aproximadamente 2 salários mÃnimos, colocam os professores de rede básica na faixa dos 10% mais ricos, por incrÃvel que pareça.
Será?
Não vejo como melhorar a situação com tanto curso de licenciatura. A desculpa é sempre que se precisa de professor, mas o que conheço de gente com licenciatura desempregado não tá escrito e isso joga o salário do professor pra baixo. É assim em qualquer carreira. Mesmo universidade presencial, quando vai abrir EAD, a primeira coisa que faz é abrir licenciatura... Em universidades públicas, licenciatura tem muitas vagas e que formam dezenas de milhares por ano... Oferta e demanda é igual...
O impacto do (des)equilÃbrio entre oferta e demanda sobre os salários pode ocorrer no caso das escolas privadas, mas não das públicas, que têm acesso por concurso. Mais candidatos apenas aumentam a relação candidato/vaga, que tem impacto nulo sobre a remuneração. (É o contrário: carreiras com alta remuneração atraem mais candidatos para as vagas disponÃveis.)
E ser professora aqui no estado de São Paulo está se tornando um martÃrio.
Priscilla, é aquela história: o Bozoverno valorizou a carreira de puliça - mais ou menos, porque botar pilha em enfrentamento os põe em risco, bom não é. Vejamos agora o que faz o Luloverno. Eu torço pel@s 'fessô. A conferir, né? É nóis.
Esse é o futuro, escola sem professores e sem livros didáticos.
E o que dizer dos tais livros digitais das escolas de SP? Tem escola q não tem a mÃnima condição por falta de equipamentos e ainda qd tem uma condição melhor sofrem furtos dos computadores e tvs deixando os alunos à mÃngua
Li um artigo parecido... há 30 anos. :(
Acho que as condições de trabalho são ainda piores que a baixa remuneração. Ontem dei oito aulas seguidas. Ao final do dia não tinha mais voz. Hoje, minha namorada, está desde as sete da manhã fora de casa. Ira voltar após as 22 horas. Ela tem dois cargos e, por causa disso, de mais de 12 horas diárias de trabalho, foi que conseguiu comprar um apartamento. Mas está cheia de dividas e com Burnoult.
Ah perdão, expressei-me muito condensadamente. Eu, tô meio véio e antes ninguém falava de boa de namorad@ do mesmo gênero. Bem sei que, no cotidiano, tem muita gente maluca e/ou reaça que torna a vida áspera.
Marcos, não há sossego não. O Brasil é o paÃs que mais mata LGBTs no mundo. Mas o foco aqui é sobre o professor. E, digo, neste caso, em minha opinião, as condições de trabalho exigem mais atenção do que salário. Afinal estamos falando de futuro. Enquanto as salas estiverem lotadas, as escolas sucateadas e o professor não tiver uma carga horária compatÃvel com o que de fato é a docência (o que não é pagamento por hora/aula), não poderemos falar de educação de qualidade neste paÃs.
Eita, cara Roberta, por essas e outras é que eu nunca insisti muito na atividade, embora tenha Dna na famÃlia. Mas uma coisa é ótema: olha o sossego com que, hoje em dia, uma moça pode falar "minha namorada"? Acho lindo. Uma beijoca estalada, colega professora e leitora!
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