Hélio Schwartsman > O cavalo e o cinema Voltar
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Bem...quer dizer que as pessoas verdadeiramente escolhem ver a Barbie? Livremente, escolhidamente? Então tá!!!!
Fala poodle da famÃlia fr ias
Isso foi cruel.
O colunista, também conhecido poodle dos fr i as destila ig no rân cia, ao comparar experiências de cinema com tela pequena.
É uma comparação injusta colocar o filme americano, entupido de marketing, no mesmo pé que o filme nacional, como se os dois competissem no mesmo nÃvel pela atenção do espectador. Não é verdade. Agora, também é complicado apenas garantir o espaço do nacional nos cinemas e esperar que o público o abrace. Tem que existir marketing, propaganda boca a boca, crÃticos comentando. Nós nos acostumamos apenas com a cota, com o espaço, sem incentivar criativamente o nacional que está em cartaz.
Bem estimulado, o cavalo beberá a água indo espontaneamente à beira do rio.
Tem que adestrar, né? Sábio Confúsio sempre lembra seus seguidores que "Cavalo bixo bulo: 'costuma na alfafa de seguuuunda, quando vê milho na cochêla, cochila." Um sábio de primeira, o Confúsio. Hahahahah!
As salas de cinema são monopolizadas por filmes norte-americanos justamente porque toda a cadeia de promoção/distribuição/exibição de filmes é dominada por norte-americanos. Como combater esse monopólio se não por algum mecanismo de "reserva cultural"? Talvez seja o caso de promover não apenas o cinema nacional, mas qualquer coisa que não seja Hollywood.
Frequento cinemas em São Paulo, minha cidade, desde os anos 1970. Cansei de ver filmes nacionais, sempre com a ideia de apoiar em primeiro lugar, mas também tentar gostar. E era invariavelmente triste o resultado. Poque o cinema brasileiro é sempre um lixo, sempre foi lixo, tudo era e continua sendo inapelavelmente de péssima qualidade. As exceções sempre foram tão raras, rarÃssimas, que nunca justificaram a cota obrigatótia nas salas.
Se é para haver incentivos, que sejam com critério e para as boas produções, se forem meramente para quem é global, aà é injusto com os competentes que já ouvir alguns dizerem vende carro, ap e etc., para fazerem suas obras.
Bonaserata. Tem um pouco de razão na crÃtica mas como muitos já perceberam não dá ´pra competir com o dinheirama dolarizado. o Hélio é uma pessoa interessante mas parece se achar o ultimo dos Grandes Pensadores. Trabalha em uma empresa que apoia o liberalismo de forma descarada e joga contra o Governo Atual, só podia ter este pensamento sobre Amparo ao nosso Cinema. Fantoche dos Patrões.
O colunista parece ignorar a máquina de marketing e a montanha de dólares que vêm atrás de um filme como "Barbie". A competição por público entre filmes desse tipo e os filmes brasileiros é muito desigual. A cota amenizaria essa distância. E acho ingênuo imaginar que as pessoas "querem" ver os monstrengos hollywoodianos. Elas não conhecem outra coisa. O gosto é passÃvel de manipulação. O marketing como que nos obriga a ver.
Tá vendo o nÃvel do blá, Hélio? Grato do aparte, Zé Fernando, prezado, é isso mêmo: cabra gasta cem milhão no filme, centidez no marquetingue...
Impressionante como você consegue errar em cada oportunidade, Hélio. É um barômetro à s inversas. Formação de público é uma via de mão dupla. A cota de tela é um mecanismo importante para divulgar a produção nacional. É preciso apoiar o circuito exibidor e fazer com que as produções nacionai, que são incentivadas pelo Estado, sejam distribuÃdas.
Impor cota de tela como mecanismo importante para divulgar a produção nacional é apoiar o circuito exibidor? Você jura que não percebeu que o que o artigo cobra é justamente apoio ao circuito exibidor em vez de imposição de cotas? Vai lá, barômetro exemplar!
Bem parecido com a história da nossa seleção feminina de futebol.
Isso é que é analogia, Nilton. Touché!
Engraçado ler isso no jornal que recebeu um caminhão de dinheiro para que ficasse falando de um filme todos os dias, inclusive através de colunistas que nada tinham a ver com cultura. Se as produtoras brasileiras pagarem a FSP, aà vai chover coluna defendendo as cotas.
Não é hipótese de se desprezar, meu caro.
O colunista tem o apoio ilustre do Adam Smith, que apoiava o incentivo estatal à cultura, quem diria. Eu já tenho minhas dúvidas. Assim como é fácil apoiar a indústria calçadista nacional, bastando procurar a etiqueta 'made in Brazil' antes de comprar um tênis, quem quiser apoiar uma orquestra sinfônica ou um filme nacional é só comprar ingresso.
Eduardo, então os ingressos tem que ser mais caros. Quem aprecia a música deve pagar por ela, seja quanto for.
Ingresso não banca uma orquestra sinfônica. A excelência de uma sinfônica depende de muito treino, que deve ser remunerado. Alem de um espaço que favoreça os instrumentos, que também são caros. Não é igual a dupla sertaneja, que pode cantar esganiçada e fora do tom em palquinhos sobre a lama e som ruim.
Hélio, meu caro, até acho que a metáfora do cavalo é honesta e tem utilidade. E também não simpatizo com obrigatoriedade de exibição. Na minha ignorância, não sei se as redes de cinemas desfrutam de alguma benesse estatal: se desfrutarem, obrigatoriamente devem oferecer contrapartidas, e a cota pode ser considerada no rol das devoluções. Mas há uma sutil questão: o prestÃgio cultural que o cinema carrega. Encontrar formas de exibir cinematografia nacional, é "empoderar" essa arte e cadeia produt
Hélio, a cota de tela serve para garantir espaço quando há demanda: nos anos em que houve cota de tela, cerca de 15% das sessões eram dedicadas aos filmes brasileiros e a participação nas bilheterias era equivalente. Bacana você ter mencionado a Coréia do Sul como exemplo: lá há cota de tela tanto nas salas de cinema quanto nos serviços de streaming. Misteriosamente, isso tem ajudado o cinema coreano a se tornar mais conhecido pelo mundo afora.
Hihihi, Maria Angela, que dedada... Misteriosamente, se o nosso querido colunista for fotografado de tampão ocular, já sabemos a responsável. Hahahahah!
A desinformação ou má fé é grande. Já muito se sabe do poder de construção de opnião e do senso crÃtico por meio da indúatria da cultura. Como disse Ourivis,: Os EUA conseguem pelos meios de comunicação, influencienciar padrões de vida e valores pessoais para assim no campo da polÃtica internacional abrir caminhos para que suas decisões sejam aceitas mais facilmente.
Os grandes blockbusters já chegam ao mercado brasileiro com parte significativa d seus custos amortizados por vultosos incentivos fiscais obtidos no exterior; além disso, há uma questão d abuso d poder econômico e práticas de concorrência desleal, com o monopólio das salas. Só por isso, a cota de tela já se justificaria; mas a própria questão da preservação da cultura nacional é sem dúvida o mais importante. O efeito multiplicador do gasto em produção audiovisual na economia tb é relevante.
O que você fala pode ser facilmente verificado nos créditos exibidos ao final do filme. Não tem um blockbuster da Marvel que não tenha captado incentivos de alguma agência estadual de fomento ao cinema dos Estados Unidos, ou do Canadá, para a realização das filmagens. Filmes de outros paÃses então, nem se fala. Todos possuem fundos de fomento. Resta entender se esses fundos também custeiam a distribuição e remuneram os exibidores, ou se eles recebem créditos fiscais de outra forma.
Amplia-se o debate com essas proposições, Gustavo, grato! Mantenhamos o tema na berlinda, Hélio, por gentileza.
Tem que ter subsÃdio e cota de exibição, sim. Agora, tem que se repensar o argumento, o roteiro...E deixar o Identitarismo para a luta de classes da rua...
Sua análise é precária. Não há como medir o interesse do público se a oferta das sessões é incompatÃvel para atrair o público. Experimente lançar a Barbie ao meio diaÂ… o resultado seria diferenteÂ… ou não? O foco aqui deve ser alguma isonomia na programaçãoÂ…. Como ela não existe naturalmente é necessário uma polÃtica de sustentação dos filmes nacionaisÂ… em todo lugar do mundoÂ… Ou Hollywood pode manter a exclusividade do audiovisual do planeta? Dumping se chama esse domÃnio mundialÂ…
Hihihi, cara Mariza, não tem ninguém dando trégua aos argumentos do Hélio: tudo o que está sendo contraposto tem cabimento e substância. Além de estar sendo trazido com dignidade, sem sombra de pugilato. Tô adorando, seria lindo se fosse sempre assim, não é?
Em qualquer lugar do mundo existem subsÃdios. Na Europa, imagine ópera só com os recursos da bilheteria.
Concordo! E o diagnóstico foi perfeito também: não é um desprezo por filmes brasileiros, é uma preferência unânime por filmes "fast food". Não adianta ficar exibindo filme para sala vazia.
Concordo plenamente. Oferecer incentivos à produção nacional de cinema me parece razoável e até positivo, mas impor cota de tela é um excesso. Já deverÃamos saber no que resultam as reservas de mercado.
"Beneficência com bolso alheio". O que dizer de um paÃs onde existe uma excrescência chamada meia-entrada?
Concordo plenamente. Se as produtoras de filme nacionais continuarem a ser protegidas, continuarão preguiçosas, lançando produtos ruins, que interessam apenas aos que os produzem. Que aprendam a competir, que aprimorem seus produtos, dinheiro para isso já está disponibilizado. Quando o produto é bom, o público vai. Lembrem-se de 'Central do Brasil', 'Cidade de Deus' e 'Tropa de Elite' para citar apenas alguns.
Curiosamente, apesar dos exemplos lembrados, a situação nunca mudou. Talvez seja o caso de investigar, a partir destes exemplos, a possibilidade de que um único filme de sucesso não seja bastante para abrir caminho aos demais. E que, portanto, não adiante "aprender a fazer sucesso" pois não há mercado para a produção nacional - uma andorinha nunca fez verão.
"Central do Brasil" é um filme belÃssimo. Não sei como conseguem defini-lo como "um filme sobre violência". Não há ali violência nenhuma. É um filme sobre relações e afetos.
A qualidade do filme é o que importa. O tema é secundário.
Três filmes sobre violência. Por isso somos quem somos.
Estou há tempos sem ler jornal. Voltei hoje e me deparei com essa coluna de muito bom senso. Mais uma do meu colunista preferido.
Ios, escapou. Tem que colher o resultado e avançar, porque não adianta também chegar, daqui a um mês, com proposições idênticas, que não incorporaram o produto do debate.
Poi Zé, cara Danielle. Não somente o texto, mas o debate que suscitou - com as exceções epidérmicas e redutoras de sempre, evidente - foi excelente. É isso, tem que botar a banda do debate na rua, ampliando-o e colhendo o resultado. Tem que colher
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