Eu, por outro lado, adorei o artigo. Esclarece agumas questões que são cruciais, para entendermos a perspectiva dos autores do livro " Que Bobagem..." Sou uma curiosa da epistemologia e paciente em duas dessas "pseudociências", acupuntura e psicanálise e as duas me fazem bem. Quando se sente dores reais, fisica e emocional , e a agulha ou a sessão de análise, amenizam o sofrimento, todo esse debate epistemológico se torna menor, ainda assim, fora da crise, é ótimo o exercicio intelectual.

Toda essa discussão se baseia em perguntas que nunca são respondidas de forma clara e objetivamente: o que é ciência? qual a visão de ciência válida, se é que existe? quem atesta que uma teoria/prática é ciência ou pseudociência, está isento de preconceitos ou dogmas?. E finalmente outras perguntas: a quem interessa apresentar a psicanálise como pseudociência? qual o objetivo? será em nome de que verdade inquestionável? Não é polêmica. É ausência completa de respostas esclarecedoras.

Sinto na pele os efeitos da pseudociência no ambiente industrial. Nossa empresa, Learn Ltda, de capacitação profissional do método científico para resolver problemas na indústria passa por provações onde teorias não são comprovadas, autoridades são confundida com verdades, métodos frágeis ditos como identificadores de causa/efeito, crenças maquiadas com dados frágeis. Por que o ser humano prefere acreditar na pseudociência? Espero que um dia a psique possa responder com o método científico.

Narciso acha feio o que não é espelho. Só ver quem critica e quem defende.

O outro lado do artigo é o mesmo lado. Não sei a psicanálise, mas este artigo é uma tremenda bobagem.

Que bobagem, descatar a Psicanálise e as Ciencias Sociais em favor de uma visão positivista e ultrapassada da ciência. Qual o objetivo disso? Ganhar views, aparecer na midia, vender livros, é claro. Caso contrário, a discussão se daria a partir de textos com base epistemológica robusta e não em artiguinhos de jornal escritos por gente sem formação na área de epistemologia das ciências.

Quando se tinha um padrinho e uma madrinha a vida funcionava melhor, agora tem que se pagar para alguém nos ouvir em segredo. O triste que não é barato e é pela vida toda. Uma boa opção é uma mesa de bar, uns bons amigos de copo, uma conversa fiada para que a vida possa fluir mais suave e divertida.

Falando por experiência própria, com 6 anos de psicanalise, digo que ela funciona muitíssimo bem.

Se é pseudociência eu não sei. Mas sei que a maioria estuda para se explicar. Quase todos têm comportamento bizarros.

Do ponto de vista de sua validade como terapia, seria preciso comparar como evoluem durante alguns anos pessoas com doenças nervosas. Um grupo se tratando com psicanalistas e outro não. Mas as dificuldades são grandes, a começar pela caracterização de que doenças são essas. E depois, como definir o que é uma melhora, ou até uma cura. Se conseguisse curar distúrbios com crises mais bem definidas como a esquizofrenia, a quantificação seria mais fácil, mas não é o caso.

Em tese, a psicanálise é sim, um dogma. Se a teoria é tomada como ciência, ela é automaticamente uma pseudociência. O pouco que ela permite ser testável, ja foi desprovada várias vezes. Mas em sua maioria nem se permite ser testavel. Portanto, se ela se declarar ciência, é uma pseudociência. Porém, as técnicas psicoterápicas baseadas em psicanálise são eficazes pra tratamento de depressão, ansiedade, alguns transtornos de personalidade, etc. Isso torna o debate complexo.

Ciência ou não, isso depende do conceito. O problema é desqualificar a Psicanálise com expressões pejorativas (bobagens, falsidades, fraudes…). Pareceu-me puro preconceito materialista contra o interessantíssimo estudo da dimensão invisível e certamente misteriosa da mente.

Esta questão se alinha a evolução de Darwin e as teorias de Marx: são reflexões não baseadas na matemática, portanto, amplamente discutíveis, embora longe de serem falsas...