Muniz Sodre > A miséria da cognição Voltar
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Restringir e aprisionar a “verdade” a partir única e exclusivamente de um erudito e sofisticado raciocÃnio, entretanto, impermeável a novas ideias demonstra arrogância e limitação.
Todo bolsonarista é um ente bizarro, esquisito, grotesco e assustador. Como seguir um milico miliciano, destrambelhado, corrupto e vagabundo? Só pode ter uma consciência reacionária, preconceituosa e sem a mÃnima razoabilidade. Pobre gente!
Todo ente bizarro, esquisito, grotesco e assustador, seguidor de um milico miliciano, destrambelhado, corrupto e vagabundo, de consciência reacionária, preconceituosa e/ou sem a mÃnima razoabilidade é bolsonarista.
Só seguimos quem admiramos. E só o admiramos porque tem e reflete as nossas qualidades. Então nesta categoria é praticamente impossÃvel o convencimento de uma pessoa desse grupo. Querer convencer com discurso de racionalidade a quem habita o irracional é o mesmo que por gravata em porco e pedir pra ele não sujar.
Há uma diferença entre inteligência, ter alto nÃvel de informação (ser bem informado, ter cultura geral, erudição livresca etc.) e sabedoria. Esta última prescinde dos requisitos anteriores. Ela já nasce de mãos dadas com a inteligência e está além dela. A sabedoria é inata: não se aprende em universidades ou instituições do gênero. O sábio é humilde.
O professor não quis dialogar, disse claramente que não podia dialogar com alguém que não consegue ver o mundo que ele vê. Não conheço a deputada, não deve ter lá muitas luzes, mas o professor se faz de frágil e delicado, enquanto exibe sua erudição acadêmica... arrogância hipócrita.
mais um que se sente ofendido com erudição, e contra ataca com xingamentos, principalmente chamando de arrogante aquele que consegue explicar o que ele não consegue ver.
Caro prof. Muniz Sodre ótimo texto sobre a indigência cognitiva,que avança célere em tds os lugares do Brasil comprometendo como mencionada no seu texto o futuro deste paÃs.
Certamente a dita parlamentar não entendeu nada do excelente texto. Pena que seja assim. Por certo, faria uma autocrÃtica e planificaria melhor sua atuação parlamentar.
Pena ter derivado tão mal uma questão tão importante. A necessidade de mostrar alinhamento desperdiça a chance de discutir temas universais. Nesse aspecto, talvez Gramsci tenha realmente razão.
É tbm efeito do botox ( no cérebro).. kkkk
Excelente texto!
Sem entrar no mérito do episódio no parlamento, observo a postura do articulista que, alcandorado em sua torre de marfim, dita e julga comportamentos como se tivera a régua moral e o monopólio da verdade. Tudo isso em esquemas simplistas em que tudo o que é contrário ao que ele pensa e ao academicismo cai na vala comum do protofascismo e conceitos congêneres. (continua)
Ô caro Jonas Santiago, nem tinha percebido seu comentário: atirou seu único e último cartucho: o revelho argumento "ad hominem". Explico: consiste em abandonar o objeto de debate para pôr em descrédito o debatedor, mediante adjetivos pejorativos e/ou ataque à sua pessoa. Recurso de quem não tem argumentos sólidos para refutar o que o interlocutor afirmou. De acordo com a teoria da argumentação, é golpe baixo. Entendo pessoas como você. Nada de novo no "front".
Óia, gostei do "alcandorado", agradeço; pena que, provavelmente, não vou lembrar quando precisar. Agora, Joel, se você "não entra no mérito do episódio", como dizer da régua moral do escritor? Ele argumenta, diz o porquê da constatação da idiotia da moça, bem bonitim. E, pra chamar o velho judoca de protofascista, tem que ter sustança. Quem sabe no *continua*, se a sençura liberar?
Está neste comentário a prova sobre "miséria da cognição". Carluxo?? É você???
(continuação) O que, "mutatis mutandis", remete à Lei de Godwin, que critica a banalização de analogias nazistas, uma espécie de preguiça intelectual de quem compara o opositor ao Fuehrer: "Conforme uma discussão online se prolonga, a probabilidade de uma comparação envolvendo nazistas ou Hitler se aproxima de um".
Hernandez, meu querido, não entendo você: o cerne do artigo em comento é justamente a crÃtica da deputada da linguagem bacharelesca de um professor sênior de Direito. E você vem com o mesmo mantra dela pra cima de mim... Vá entender o ser humano...
Hernandez, seu comentário lembra uma fala de Wittgenstein a respeito, que, aliás, é mais abrangente, eis que não se restringe ao domÃnio e à riqueza do vocabulário: "Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo." Cristãos não escrevem mal. Cf. a Escritura: "Is. 50:4 - O Senhor DEUS me deu uma lÃngua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem."
Além dos preciosismos tÃpicos de nossa tradicional linguagem bacharelesca o que oferece o comentário, além da afirmação preconceituosa de que o autor da coluna vive em "sua torre de marfim"? Nada.
É, faltou (muito) feijão.
Uma contribuição do Bolsofrenismo foi ensinar a odiar professores. No fundo, trata-se de gente com 'paixao à ignorância', ou orgulhosos de não saber, não conhecer, e ter raiva de quem sabe. Não de trata do sei-que-nada-sei de Sócrates, ou da 'douta ignorância' de N.de Cusa, mas simplesmente o ódio ao conhecimento sistemático e a ciência. Daà ser contra vacinas, mas pró-ganhos exorbitantes de remédios que não curam e de charlatães. Triste.
Te falo de Sócrates um pouco que sei. seu nome completo era Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza vieira de Oliveira. Decorei o nome desde novo. Palmeirense, mas aprendi com meu pai a ver todos os times e jogos, desde que sejam bons. Sócrates para quem morava nesse Estado, era o cara, mesmo sendo Ãdolo do curÃntia. Da boa terra de Ribeirão e ótimo cidadão.
Outra evidência: usam moleculares sofisticadÃssimos; postam em sistemas estruturados sobre fazendas de computadores; a comunicação, usando satélites, fibra ótica, quase macumba. Ciência, vale pra espalhar bozofrenia: idêntica ciência, constelada na vacina, é uma porcaria. Bozidiossincrasia, é o nome delicado.
A educação, nos termos do artigo sexto da Constituição Federal, é um direito social. Falta à direita, a compreensão de que os direitos sociais são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Eles representam um conjunto de garantias e proteções destinadas a assegurar o bem-estar e a dignidade das pessoas, independentemente de sua condição social ou econômica. Esses direitos são consagrados em diversas constituições e tratados internacionais. Eles são a civilização.
Paciência e sabiduria são belas por demais da conta.
Concordo com você. No entanto, acrescento que falta à esquerda a compreensão de que o sucesso material alheio não significa necessariamente violação a tais princÃpios, e que generalizadamente atribuir que a causa à miséria de uns é a presença da riqueza de outros, e apregoar que sejam inimigos, também ofende direitos consagrados em diversas constituiçMes e tratados.
ótimo texto.... bem acima da média do jornal e, é claro, muito além da capacidade cognitiva da nobre deputada que não consegue ver as caravelas
Cada parlamentar é a expressão da parcela da população que os elegeu. Repare a composição do congresso nacional e pense na cognição de quem colocou essa turma lá. Como disse um sujeito austrÃaco que viveu no século 20: “Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”. Imagine o tamanho do mundo em que vive a deputada, seus similares e seus eleitores! Ela vai ficar ofendida com esse seu escrito. :-)
A miséria da cognição não está no cabedal de conhecimento que um parlamentar tem, até porque ele é representante do povo e para isso serve a assessoria. aliás assessor serve para quem trabalha não para rachadinhas ou receptação em repasse de rolex. Conheci assessores que trabalhavam muito levantando dados e perspectivas sobre projetos de lei a serem votados. Essa nuance narrada na matéria tem origem no personalismo e educação da parlamentar. Educação é de graça para quem tem e cara no Brasil.
Não conheço a deputada nem vi a cena descrita. Ms entendo sua reação. Se eu usasse esse tipo de fraseologia na reunião do condomÃnio de ontem, o pessoal ia me olhar sem entender, e depois alguém diria: acorda, estamos falando da reforma da fachada do prédio.
Comparar a reunião de uma Comissão da Câmara dos Deputados com assembleia de condomÃnio demonstra também a "miséria da cognição", ou então, excesso de militância e falta de bom senso. A Câmara deve tratar de matérias que não são necessariamente tão simples como uma reforma de fachada de prédio. Se a deputada não está preparada para isto, que, pelo menos, se furte de atacar quem se prepara.
Não, meu caro. Na situação em tela, o papel do ouvinte é indagar e, se necessário, discordar do argumento apresentado. Jamais, e sob hipótese alguma, agredir o interlocutor por não dispor de capacidade à compreensão semântica do que foi dito.
mas perá Cardoso. fraseologia numa reunião de condomÃnio é uma coisa. mas no Congresso o Jurista estava lá para dar respaldo, explicar uma impossibilidade jurÃdica sobre a questão. Dai são termos técnicos sim ecabe ao deputado estudar. Se não tem capacidade para tanto (o que é perfeitamente cabÃvel numa democracia, eis que nem todo representante do povo tem de ter cabedal de conhecimento) que se utilize seus assessores. Conheci assessores que trabalham muito e bem. não para rachadinhas e rolex
Graças a não sei quem direito que existe a morte! Não há como voltar a idade da ignorância quando tantos progressos no raciocÃnio lógico foram descobertos, estudados e mudados. ImpossÃvel!!!!
A história tá cheia de exemplos de retrocessos imensos, o nazi fascismo é um exemplo claro. Tem um que é ainda mais evidente, as cidades da idade média retrocederam em higiene em relação às antigas como Roma que tinha até aquedutos. O que é um rio amazônico cheio de mercúrio senão um retrocesso de conhecimento?
Da mesma forma que em geral, onde há fome, há também a obesidade, desconfio que onde há o mero consumo do aparato intelectual e tecnológico - não o desenvolvimento orgânico -, há essa disfuncionalidade cognitiva. Nesse caso, tudo é utilitário, e cápsulas de raciocÃnio são confundidas com conhecimento. Em tempo, essa coluna compensa a debilidade cognitiva do Editorial desse jornal.
A da Petrobrás? Hahahahah, compensa não, meu caro: a miséria dos miolos ali é tão densa que nem sêo Muniz equilibra. Mas que melhora demais o aroma, melhora, hei de reconhecer.
Sem entrar no mérito do episódio no parlamento, observo a postura do articulista que, alcandorado em sua torre de marfim, dita e julga comportamentos como se tivera a régua moral e o monopólio da verdade.Tudo isso em esquemas simplistas em que tudo o que é contrário ao que ele pensa e ao academicismo cai na vala comum do protofascismo e conceitos congêneres.
Muniz como sempre muito lucido em seu raciocÃnio de amplitude democrática ,parabéns .
Sêo Muniz, carÃssimo, quando essa miséria cognitivo-afetiva se expõe claramente na disrupção comportamental, ou em forma de discurso bizarro (Paulo Freire é o mal) que busca transfigurar educação em adestramento aaaccéfalo, é menos mau. Dá bandeira, é enfrentável diretamente. Nos casos em que, como na Fétida e precária "digitalização" da educação, na qual o Feder dá pequenos passos, a fantasia é o "robô de ensinar", a IA acrÃtica, conformadora, escalável, barata, 24x7, sem greve, sem alma. Grave
Benassi, querido, eu não chamei o articulista de protofascista. Vou repetir o trecho: Tudo isso em esquemas simplistas em que tudo o que é contrário ao que ele pensa e ao academicismo cai na vala comum do protofascismo e conceitos congêneres. O seu Muniz é que trabalha apenas com duas categorias mentais: o que ele pensa versus protofascismo e correlatos. Descreve isso com textos salpicados de clichês da nova esquerda gramsciana. Bem simples de entender o seu mundinho, né não?
Os polÃticos eleitos da direita e extrema-direita são o retrato escarrado de uma parte da população desse paÃs: racista, sexista, misógina, homofóbica, cheia de preconceitos, medo e rancor, cristã e que se auto-intitula gente de bem
Nossa casa do povo tem evidenciado, a cada instante, a colossal pen úria crÃtica e cognitiva que se manifesta em representantes de recentes legislaturas. Agra va-se, exponencialmente, a cada nova leva de migrantes polÃticos. Mas se somos nós, eleitores, que lá os colocamos, faz-se necessário entender se não dispomos de melhores alternativas ou se somos nós os aped eutas a escolher aqueles que nos espelham. Ou ambos.
Exemplo maior disso são as constantes divergências entre alguns membros da corte suprema do paÃs
O grande problema das leis é a subjetividade da interpretação dada por cada um dos que lidam com elas
Puxa professor, ela não vai entender seu ótimo texto.
"A cognição da miséria". A releitura de Muniz é menos marxista e mais proudhoniana.
A extrema-direita apossou-se do identitarismo da esquerda.
Há também erros propositais. Nelson Jobim disse em entrevista que li há mais de duas décadas e que menciono no meu artigo do inÃcio do milênio “Uma VÃrgula por um Voto”, que erros técnicos são propositais para conseguir aprovação de leis: “quando os constituintes se reuniam com Ulysses Guimarães, eu escrevia e apresentava a ele o texto tecnicamente perfeito, e como se via que teria pouco voto, começava-se a esvaziar e introduzir ambiguidades para obter a aprovação da maioria.”
Ah, se foi um link, eles soltam depois de bater um pouco. Eu preciso fazer uma conta nesse tal de insta, mesmo que não use, só ora eventuais contatos. Se sua mensagem falacer de tanta pancada, pode deixar que o procuro no outro sistema. MuitÃssimo grato!
Prezado Benassi. Estou no Instagram. Posso encaminhar por lá. Mandei outra resposta agora que caiu na malha fina da Folha.
Benassi, publiquei em uma coluna semanal que eu tinha no Boletim Paulista de Direito, site inativo atualmente. Está no meu livro Direito Concreto, de 2001. O livro deve estar em bibliotecas por aÃ. Também procurei agora na internet (inclusive o livro na Estante Virtual) e não encontrei. Preciso de um contato teu para poder encaminhar a imagem do texto do artigo. Parece que tens alguns homônimos nas redes sociais mas não achei nenhum com teu perfil. Podes me localizar pelo meu nome no Instagram.
Enir, meu caro, é abuso pedir que nos dê um link pra este artigo? Não o encontrei de jeito maneira. Muito grato!
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