Ana Cristina Rosa > Percepções sobre o racismo no Brasil Voltar
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Racismo em um paÃs com a maioria da população miscigenada é excrescência sem tamanho . Lembrando racismo é crime e deve ser combatido e condenado de todas as formas ,
Ana, minha cara, o racismo explÃcito, dos xingamentos, da perseguição, do subemprego, da morte por tiro na favela, esse é mais fácil de identificar e controlar, até do ponto de vista pessoal. Já vi moleque dando um crau no papai que solta comentário racista bebendo cerveja com amigos - e foi lindo. Mas e nosso medo "do escuro", que nos faz atravessar a rua quando vem um negão? Isso tá dentro, tá no peito e no estômago: é ontogenético, e não passa porque temos, eventualmente, vergonha de senti-lo
Aliás, uma amiga alemã ficava apavorada com Turco, não com preto. E uma, portuguesa, atravessava a rua quando via velha cigana, seu medo ancestral, ainda que fossem baixinhas e encarquilhadas. O mais destemido que vi foi um colega londrino: conversando com ele a respeito, me dizia que, se fosse ter medo de gente diferente, naquela mistureba de Londres, não saÃa de casa. Pena que não funcionou pro Jean Charles.
PaÃs racista seria (ou é ) aquele que tem uma legislação e/ou tem costumes e tradições que distinguem e separam os seus cidadãos em função de caracterÃsticas raciais. Então, o Brasil pode ser classificado como duplamente racista: persistem costumes de outras épocas que desfavorecem os cidadãos de cor, e existe uma legislação que os favorece, em detrimento de outros cidadãos.
Quais costumes?
Claro que existe racismo, mas ele não é relevante frente à s diferenças de classe social. A relação de causalidade é: tende a ser pobre porque vem de famÃlia pobre. O fato de ter a pele mais escura acrescenta dificuldades sem dúvida, mas é bem menos importante que a renda familiar. Talvez essa ênfase na cor da pele tenha como público alvo exatamente os negros de renda mais alta. Quando um grande mal (a pobreza) desaparece, um mal antes menor (o preconceito) fica mais visÃvel.
"A abordagem policial é baseada na cor da pele, no tipo de cabelo e de vestimenta das pessoas", sério? Qual variável queriam analisar? Há de se considerar a confusão entre um paÃs com racistas (como disse um leitor, lei neles) e um pais racista. Somos miscigenados a ponto de não termos um biotipo caracterÃstico. Não há raças puras no mundo, muito menos no Brasil. Essa liturgia sectarista a serviço da burguesia, que tem a pretenção de nos separar em tribos, tem que acabar.
Brasil? teto mor...
Sim Ricardo, existem racistas, infelizmente, que não encontro com frequência, mas vejo classistas abusando de outras com frequência. A diferença que percebo é que, enquanto o racista encontra a merecida intolerância, o classismo graça em todas as classes e etnias sem encontrar coibição, subsidiado por suas majestades, excelências, dotôs et caterva. Daà para um policial negro chamar uma pessoa de favelada sob a mira de um fuzil é um pulo. O exemplo vem de cima, mas já não temos teto moral.
É Alexandre acho que são as duas coisas. o preconceito racial e social. já ouvi alguns dizendo que o preconceito social é ainda maior, não sei. Sei que os dois são enormes no Brasil.
Marcos, a polÃcia é multiracial e com a sua maioria vinda de classes sociais mais baixas (sem desrespeito), mas tem uma abordagem classista. Todas as tonalidades dela dão preferência a quem é ou quem parece pobre. Coisas do pais do seu dotô.
Avisa a polÃcia sobre isso, Alexandre, eles perderam essa noção. Aliás, qualquer senso de noção.
Se o Brasil não fosse o paÃs fortemente racista que é, Jair Bolsonaro já teria sido escorraçado da polÃtica desde seus tempos de vereador. No entanto...
O Brasil é racista? 81% dizem que sim. Você é racista? 85% dizem que não! A amostra pesquisada tinha minoria racista? Temos que ter vergonha na cara, olharmos pras nossas atitudes, olharmos pras nossas ações, olharmos pra nossos pensamentos e poderarmos o quanto racistas somos e parar de tentar tapar o sol com a peneira! O pior racista é quem não se reconhece e, portanto nada muda! Mão na consciência e vergonha na cara! É do que precisamos!
É nóis, cara Michele. Infelizmente, ainda tamos no nÃvel da má consciência e mão na cara - alheia.
Há racismo no Brasil e grande. Não se compara com o dos Ianques eis que lá raramente há miscigenação. até nos filmes, branco branco, preta preto. O preconceito social aqui também é enorme e transcende o racial. tem muita coisa a ser superada. Por muitos séc. não migraram mulheres brancas então nossa origem de indÃgena 33% e preta 37% DNA mitocondrial e materno e 70% DNA homem branco.
Sabemos que o racismo é de per si uma ignorância eis que somos todos homo sapiens sapiens. Da mesma raça. Antropologicamente falando o próprio termo raça para humanos é racista, Os europeus começara a utilizá-lo para justificar suas atrocidades. A percepção sobre o racismo está inclusive em descobrir nossas origens. há alguns anos vi uma pesquisa na folha que do DNA mitocondrial (materno) o brasileiro é 37 e 30 indigena negra e 70 paterno branco. grandÃssima parte é misturada.
Olhando as respostas, pode-se afirmar que 25% são ou namoram o racismo. 75% não. Existe, não é maioria, lei neles, pronto.
Boa!
Quê isso?! Racismo no Brasil? Não... É só seguir a receitinha dos 'cidadãos de bem' e colocar a polÃcia para fazer uns confrontos, sem excessos, que resolve tudo. (Atenção: contém altÃssima dose de ironia).
Prezado Adriano, sinta-se honradÃssimo pelo comentarista supra, que o trata com deferência máxima: Vós fizestes muito bem.
Ter que explicar uma ironia também é triste, mas fizestes bem. tem sempre aqueles que não entendem.
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