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  1. Felipe Vasconcelos

    Paul Feyerabend e Thomas Kuhn são filósofos da ciência interessantes para enriquecer a discussão.

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  2. Gabriel França

    A discussão sobre ciência (e psicanálise) é rica e complexa. Ou seja, é preciso ler bastante para começar a entende-la. Mas os desinformados de plantão esperam respostas simples em artiguinhos de jornal sobre o que é ou não ciência. Vão ler Freud, epistemologia da ciência, em vez de perder nosso tempo com igno râncias...

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  3. Joao Cellos

    Falou, falou e não explicou porque a psicanálise seria uma ciência. Eu esperava mais de professores de renomadas universidades. A psicanálise passa pelo crivo da metodologia científica? Sim ou não? Se não passa, é uma pseudociência. E ponto. Não gostou? Então amplie o filtro do método científico ou apresente evidências da ciência da psicanálise. Simples assim.

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  4. Pedro Luis S C Rodrigues

    A argumentação tem múltiplas utilidades. Também serve perfeitamente bem para o uso de cloroquina e ivermeticina no combate a covid

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  5. roberto silva

    É o típico " para quem não acredita não podem ser apresentadas provas científicas, pois não existem, para quem acredita não há necessidade de provas. "

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  6. Marcelo Magalhães

    A ciência que o livro propõe é a ciência do capitalismo, da sociedade do controle e do espetáculo. As grandes corporações decidem o que deve ser consumido e dominam toda a cadeia de regulações. Opta por processos sofisticados e caros, não realizáveis pelos mortais que subsistem, muito semelhantes às grandes bancas de advocacia, simplesmente insuperáveis. É a instrumentalização da ciência em favor do poder financeiro hegemônico.

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    1. Mauricio Borborema de Medeiros

      Acho que a ciência que os autores de "Que bobagem!" propõem é um pouco mais prosaica. É aquela que possibilita a você e a mim a fantástica possibilidade de teclar -- e trocar -- nossas opiniões em um pequeno retângulo com tela. Essa ciência também permite que tenhamos o dobro da expectativa de vida dos nossos ancestrais. Que a gente continue aprendendo com esses anos a mais que ganhamos.

  7. Guilherme Radomsky

    Muito bem.

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  8. Adriana Santos

    Danke!

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  9. Marco A Moreira

    Excelente texto! Chamar de Bobagem a psicanálise e outros temas no livro caracteriza uma arrogância dos autores sem validação em seus currículos. Aliás a pesquisadora não é tão proeminente em sua área de atuação- vide o currículo. No mais uma ação bastante audaciosa com generalizações espúrias.

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    1. Joao Cellos

      Arrogância é fazer ataque à pessoa e não ao argumento, como você acabou de fazer.

  10. jose carlos toledo junior

    Ocorre que pasternak é somente a última. Vários outros já acusaram freud de ser uma fraude, especialmente, Frederick Crews com seu livro - the making of an ilusion - , baseado em numerosos documentos pessoais do próprio freud. Eu não acuso porque não conheço, mas esse artigo é uma defesa passional da psicanálise ou de freud, e nada mais.

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    1. roberto silva

      Muito bom! Sempre foi questionado por estudiosos não convertidos.

  11. Gabriel França

    Se a sua definição de ciência não comporta um cientista fundamental como Freud e toda a psicanálise melhor rever seus conceitos. Epistemologia, é o que se recomenda ler, nesse caso. Arrogância e vontade de lacrar não contribuem em nada para o amplo debate sobre os limites da ciência.

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    1. Gabriel França

      Caro, para que você entenda aciência na psicanálise você vai ter que ler, Freud e outros autores cuidadosamente. Não vai conseguir entrar nessa discussão rica e longa através de artiguinhos e comentários de jornal, sinto muito. Ciência se faz com trabalho e não com dogmas.

    2. Joao Cellos

      Mas... por que a psicanálise seria ciência? Os autores responderam isso no que você chamou de "ótimo texto"?

  12. Gabriel França

    Excelente texto!

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  13. Gabriel Jackson

    Depois de tanto debate, as perguntas que me ficam são as seguintes: o fato de não ser ciência (se assim o for) implica que a psicanálise não seja eficaz? Só tem eficácia o que é científico? Dá pra fazer referência objetiva à realidade mesmo sem ser ciência? Parece-me que o objetivo da psicanálise é ser terapêutica. Assim sendo, pouco importa se é científica ou não. Eu mesmo a vejo como uma arte.

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    1. Mauricio Borborema de Medeiros

      Gabriel, entendo o seu ponto de vista. As transformações vividas por pessoas que entraram no processo analítico são profundamente subjetivas. Mas isso não significa que não possam ser descritas, mensuradas e comparadas às descrições de pessoas que passaram por outras abordagens não-analíticas. É esse processo que se exige na ciência, especialmente quando queremos avaliar a eficácia de uma intervenção terapêutica.

    2. Gabriel Jackson

      É um assunto complexo, Maurício. Dada a natureza da realidade psíquica, as evidências de que a psicanálise é eficaz são os relatos de quem se dispôs e se engajou na aventura que é uma análise, e sentiu alívio no sofrimento psíquico ou sentiu uma mudança subjetiva. Não existem parâmetros objetivos pra determinar isso. A realidade psíquica é tão complexa que exige uma outra epistemologia, uma que seja diferente dessa positivista.

    3. Mauricio Borborema de Medeiros

      Ainda não li o livro, Gabriel, mas ele já está no meu Kindle. Apesar disso, acho que os autores não questionam a relevância da psicanálise em áreas como a literatura ou a crítica social. O que eles questionam é justamente a eficácia da psicanálise. Existem evidências, além da opinião dos analistas, de que a aplicação da técnica psicanalítica ajuda, de fato, as pessoas a viverem vidas melhores? Eis a questão.

    4. ARAGUACI FAUSTINO DA SILVA

      Então não precisa arrogar para a si a alcunha de ciência. Para ser chamado de ciência tem que ser capaz de verificação atrvez de teste duplo-cego, randomização, grupo de controle, testes em larga escala e ser possível a repetição de seus feitos em outros lugares, por outros pesquisadodres e usando outros grupos de pessoas. Enfim, que seja arte, pois que ciencia não pode ser.

    5. Nathalia Reis Fernandes

      Excelente seu comentário!

  14. edilson borges

    nem tudo que acumula conhecimento, ou que funciona empiricamente, é científico. hipótese e teste ainda me parecem balizas sensatas prá definir o que progride por método científico. eu dei uma corrida na bibliografia do lerner, e não me parece que aquilo vai mostrar como formular uma hipótese, que possa ser testada de forma reprodutível, sobre o funcionamento da psicanálise. e sim, acredito conversar com um cara inteligente que te faça boas perguntas vai te ajudar a resolver as neuras.

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    1. Mauricio Borborema de Medeiros

      O problema, Edilson, é que quem tem a responsabilidade de tratar pessoas não pode se basear na própria experiência pessoal ou mesmo na experiência de outras pessoas, por mais vasta que seja, para avaliar a eficácia dos tratamentos. Existem critérios bem estabelecidos para avaliar os desfechos (bem ou mal-sucedidos) de uma intervenção terapêutica. O fato é que a psicanálise nem sempre considera esses critérios, embora frequentemente tire proveito de ser vista como "ciência".

  15. Mauricio Borborema de Medeiros

    Esperando sentado uma defesa vigorosa, clara e sustentável da psicanálise como ciência. Dos artigos desta Folha, o que mais chegou perto foi o do Prof. Rogério Lerner. Os links do seu artigo foram muito úteis. Mas enquanto os defensores da psicanálise insistirem em desqualificar a indústria farmacêutica, apelarem para o "subjetivismo" na ciência ou continuarem buscando seu "lugar epistêmico", acho que vou continuar esperando sentado. Talvez como quem espera Godot...

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    1. Mauricio Borborema de Medeiros

      Caro Paulo, ainda acho que discutir a ética da indústria farmacêutica -- questão importante por si só -- , nesse caso, parece apenas uma manobra diversionista. Podemos responder que também há problemas éticos no campo psicanalítico. A grande questão é sobre a eficácia da psicanálise para tratar pessoas concretas. Existem desfechos claros e objetivos -- ainda que envolvendo a subjetividade humana -- que podem ser mensurados, avaliados em comparados a outras terapias. A questão polêmica é só essa.

    2. Mauricio Borborema de Medeiros

      Concordo 100%, João Luiz. Ninguém pode negar a importância da psicanálise na modernidade. Desde a literatura à crítica social, passando pela tentativa racional de explicar -- e tratar -- a desordem da nossa "alma", a psicanálise conquistou seu lugar. O debate é mais simples: existem evidências sólidas de que ela, usada como terapia, tenha um desfecho favorável para as pessoas que a utilizam? É mais uma questão de eficácia do que de relevância.

    3. Joao Luiz Coimbra

      Más você não concorda que a psicanálise oferece uma abordagem única para entender a mente humana e explorar os aspectos mais profundos da psicologia. Ela pode não se enquadrar nos padrões tradicionais de ciência, mas suas contribuições para a compreensão da psicologia e a promoção do bem-estar mental não devem ser subestimadas. Certo?? É importante reconhecer seus méritos e contribuições significativas para a compreensão da mente humana e do comportamento.

    4. Paulo Salles

      Mauricio, Não se trata de desqualificar a indústria farmacêutica, mas de apontar para seus desvios e comprometimento com o grande capital. Um só exemplo: A liberação e comercialização e prescrição desenfreada do opioide fentanil, nos Estados Unidos , que passou por todos os processos de "comprovação científica" e aprovação pelo FDA, já causou a morte de mais de 1 milhão de individuos, por overdose.

  16. Marcos Benassi

    É nóis, Prezadíssimos, uma bela resposta. Educada e com substância, bacanuda. Não há senão o caminho do debate civilizado e racional, entre perspectivas que se mostram díspares, mas não são, absolutamente, irreconciliáveis. Como diz um mineirim na beira d uma estrada poeirenta, "cada um com seu cada qual" - com o que concordo, desde que sustentado por argumentos decentes. Não vindo com análise fatorial pra justificar Lombrosismo, tá valendo. Muito grato.

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  17. JOAB T P M SIMAO

    O desafio está lançado. Embate interessante, porém emocional demais.

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    1. JOAB T P M SIMAO

      Acredito que esta discussão poderia se ater ao mundo das ideias, mesmo que antagônicas. A desqualificação de um ou do outro não acrescenta. É isso que chamo de emocional demais. A ciência tem como fundamento a eterna possibilidade de ser questionada e sentir-se ameaçado por estes questionamentos não parece ser muito... científico.

    2. SUSANNE WALKER

      Emocional demais? Que medida é essa que o Sr usou? Diagnosticar como "emocional demais" é cair numa armadilha que o Sr própria critica.

  18. Wilson Rossi

    Encheram a bola da Pasternak durante a crise covid. Atualmente vive na mídia. Bolsonarismo e seu rescaldo.

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