Juliano Spyer > Pretos crentes sofrem em cursos de humanas Voltar
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De novo? O Spyer já apresentou casos do "pobre evangélico maltratado pela Academia, numa prova inequÃvoca de intolerância e preconceito". A obviedade da proposta de inversão de papéis é gritante! A moça deve ser mesmo chateada por alguns colegas, que devem pensar algo como "O que esta dizimista do Macedo está fazendo aqui?". É como o terraplanista fazer astronomia, como já mencionado. Mas ela tem mesmo o "direito de estar onde quiser", que os evangélicos negam para tanta gente...
A intolerancia com a fé dos outros é incrivel, e parte dos q se acham democratas e tolerantes.
Falar em intolerância ou democracia para quem anda ao lado de um Silas Malafaia ou André Valadão é difÃcil né??
Os pseudo intelectuais são os mais enfadonhos. Se acham espertos. Os brutamontes Coisistas pelo menos têm a desculpa da completa ignorância. Eu pelo menos admito que tenho limitações, pré conceitos multiplos que tento combatê-los, transcender pelo conhecimento. Mas cá entre nós. esses fanáticos são chatos prácas.
Os comentarios aqui mostram q as agruras dessa moça nao acabam tao cedo.
Florentino, quando o pessoal da igreja da moça parar de criar agruras para quem não segue a sua, digamos, "fé", as dela também acabarão. É simples: respeite e será respeitado. Não estou justificando as atitudes dos colegas, que nem foram bem explicadas, estou apenas explicando o óbvio.
Vamos falar sem subterfúgios: independentemente de cor, gênero ou quetais, o fanático religioso demonstra ter um QI baixo. Gente minimamente inteligtente não cai nesta.
O fanático talvez sim. Mas mesmo aà há muitas exceções. Pascal era um católico fervoroso, podendo ser chamado de fanático. Mas o cara não era nem um pouco burro.
É, tomara que lhe dê as forças necessárias, porque isso não passa tão cedo: a evângelo-bozolice queimou o filme e nos deixou muito próximos do precipÃcio da Terra Prana. A grande vantagem de um programa desses é que ela poderia propor essa questão como um problema concreto a ser compreendido à luz da teoria. Seria possÃvel o pessoal transformar, via problematização sócio-antropológica, a sua atitude. Quem sabe, Juliano? Não seria de se desprezar, não, pode ser parte do trabalho da moça.
muito bom.
Hahaha. próximo dos precipÃcios da terra plana.
Uma dúvida sincera, que pode ser fruto de preconceitos meus: a impressão que eu tenho dessas "mega-igrejas" evangélicas, como coloca a reportagem, é que lá impera um proselitismo absoluto (em alguns casos, chega a haver a demonização de outras crenças e estilos de vida). Como conciliar a função de um antropólogo, que se pretende uma ciência compreensiva, justamente dessas outras crenças e meios de vida, com a convivência diária com esses discursos proibitivos de outros? Não é difÃcil?
Rafael, não ponha o galho dentro tão facilmente. As tais denominações evangélicas tolerantes e até progressistas são como cabeça de bacalhau: devem existir, mas ninguém nunca viu. O Spyer vive citando o pastor fulano ou a evangélica beltrana como gente muito legal, mas cadê o impacto desta gente fina, elegante e sincera no cenário evangélico? Você não tem preconceito, mas capacidade de avaliação crÃtica!
... e não acho que isso seja justo com a maioria. É bom saber que existem igrejas evangélicas que não recorram a essas práticas odiosas. Espero que elas sejam cada vez mais proeminentes no cenário, e que lÃderes de melhor Ãndole estejam mais debaixo dos holofotes. Um abraço!
Entendo, Magdiel. Peço desculpas pelo meu desconhecimento. Creio que algumas lideranças mais midiáticas acabaram manchando a imagem dos evangélicos, como nos reiterados casos de pastores quebrando imagens de santos católicos, comparando as religiões de matriz africana a seitas satânicas e anti-cristãs, ou, até mesmo, sugerindo o assassinato de pessoas homossexuais (nas recentes declarações do Pr. Valadão). É triste, porque acho que tudo isso me fez, realmente, ter um preconceito pela religião...
Sua resposta está na primeira frase.
Concordo, Ricardo. Nada justifica o desrespeito às pessoas e às suas escolhas de vida pessoais.
É causo serÃssimo isso, né? Paradoxos com os quais é necessário conviver - ou, em hipótese BÃpede, trocar pra uma igreja mais civilizada.
Concordo com voce em gênero número e grau Rafael. O que não justifica chacota ou desprezo a seus seguidores, mas antes respeito a escolha de vida de cada um, desde que legalmente, desde que não não interfira na minha nem na de ninguém.
Sair do Brasil de nada adianta, panelas ecistem no mundo todo. E ainda tem a xenofobia, em alta no "primeiro mundo". E é verdade: pessoal das ciências sociais, apesar do discurso cada vez mais "correto" discrimina sim evangélicos
Brasil, Brasil... O paÃs das panelinhas. Universitário, ateu, a favor da legalização de maconha e aborto. Crente, pentecostal, contra as legalizações. Quem fica fora dessas panelas sofre. E, pelo jeito, é esse o caso da moça. Diz pra ela resistir. Pegar o diploma dela e cair fora desse paÃs. Cazuza dizia que o Brasil é Careta e Covarde. Concordo. Inclusive no meio cientÃfico.
Me parece que a questão não está bem colocada. Acho que o estranhamento não se dá por ser "preto crente" e sim por ser crente que leva pra universidade sua militância que encontra muita dificuldade no ambiente de racionalidade cientÃfica. Bourdieu fala muito de um certo desencantamento do mundo, necessário para se tornar cientista social. Quando se coloca a questão da maioria serem pobres, os problemas aumentam muito, por razões que Jessé de Sousa já explicou bem.
Lembrei do seu Jessé também, Odalci, quando o Juliano mencionou os "marcadores" sócio-culturais: música, gostos ("bons e maus"), comidas etc. Também o Tim Maia cantou, quando aderiu à "religião" do Racional Superior: era necessário o "desencanto". Não era o mesmo do Bourdieu, evidente, mas tem uma faÃsca em comum.
Temas para as próximas colunas: "brancos sofrem racismo", "homens sofrem de preconceito de gênero", "heterossexuais sofrem preconceito por orientação sexual", "não deficientes sofrem por capacitismo", "jovens magros sarados sofrem preconceito pela forma fÃsica", "bilionários sofrem preconceito social". Vai ser fácil achar alguém para chorar numa coluna inteira para cada um deles.
Até quem tem a Tez brasileira, nem branca, nem preta, sofre preconceito. Sofri preconceito numa igreja crente tradicional, onde estava fazendo curso para parar de fumar. Coloco esse episódio, não como preconceito, mas, um dos grandes Milagres em minha vida. Para eu continuar na minha Santa Igreja Católica.
Como um(a) sociólogo(a) se posicionaria quanto ao darwinismo x criacionismo? A resposta é influenciada pela religiosidade da pessoa? Se sim, a análise sociológica poderá ficar comprometida não acham?
Todo mundo fala em diversidade, mas poucas pessoas tem respeito à ela. Quando eu, professor universitário, digo que não quero ser vegano, não gosto de ter petes ou embora concorde com legalização de drogas não sou a favor de seu uso na universidade, enquanto não são legalizadas causo escândalo. Se falar contra a legalização do aborto é pânico.
Por partes: a culpa não foi do corretor. tenho a informação de que pela reforma de 2009 verbos como ter e seus derivados quando no plural não levam mais acento circunflexo. Quanto à Universidade: olha estou dentro dela há quase 25 anos, convivemos com cada figura... Como diria Bismarck: "quem obedece leis e come salcichas não sabe como são feitas. (rs). Portanto lidamos com muita coisa complicada e admiradores do Macedão não serão das piores.
Resposta ao seu comentário anterior. Sim, a contradição é inerente ao ser humano. Mas a ciência é um campo em que a racionalidade arbitra as contradições de forma a pavimentar, não sem muitos tropeços, o caminho civilizatorio. A universidade conviveria bem com defensores de torturadores? Não! Por que conviveria com defensores de estelionatarios, vigaristas, corruptos, exploradores da fé?
Não sei como o Vanderlei interage com o dispositivo em que escreve - conta pra nóis, Vanderlei! - mas ele é cego. É muito fácil que um descorretor ou um conversor de voz em texto faça bobagens ortográficas, Ulrich: eles são a maldita bênção da tecnologia, ajeita uns trecos, desarranja outros. Uso intensamente esse de voz, mas volta e meia dá uma réiva danada.
Prezado professor Vanderlei: como cita ser professor universitário, faço questão de corrigir "tem respeito à ela" para "têm respeito a ela". O sr. não diria ter respeito "ao ele", portanto também não o pode fazer no caso feminino. E (eles) têm é o plural de (ele) tem.
Na minha opinião é difÃcil conciliar sociologia com a crença no que a BÃblia afirma. Seria melhor a escolha de uma área cientÃfica em vez de humanas. Mas mesmo assim pode haver conflito, pois o mundo tem bem mais que 4 mil anos, e nossos antepassados eram peludos.
Marcos, para mim há o campo da ciência e o campo da opinião. O que chamamos de humanidades está no segundo.
José do céu, "área cientÃfica em vez de humanas", justo na hora que tá dando o B.O. da Pasternak? Hahahahah, tá entendido: ciência dura ao invés de humanas. Olha o risco, prezado!
Ser crente genuÃno não é fácil! Em qualquer ambiente! O problema é o comportamento das lideranças que empurra os crentes para o mundo e o poder terreno! Chega de voto de cabresto! O reino de Deus não é de espectro Direita ou esquerda... Temos que buscar a justiça o amor e a misericórdia!
E as cotas para canhotos ? Serão definidas quando ?
Nos comentários, nenhuma empatia pela moça que sofre perseguição religiosa escancarada e racismo velado. Ao contrário, em inversão absurda, escolhem atacá-la. Em todos, vejo apenas a ânsia de defender os algozes e sua ideologia. Ninguém pensa: "Onde estamos errando? O que precisamos mudar?". Não veem o absurdo de reclamar que a religião dela - só a dela - é incompativel com a "Ciência", e,portanto,a moça deve ser massacrada e expulsa. Diversidade, respeito e tolerância para todos, por favor.
Não acredito que seja da forma como foi narrada essa história. Tem sempre que ouvir o outro lado. Neopentecostais sentem-se superiores, terminam por se isolar, têm dificuldade de se integrar em um meio ambiente que não é regido pelo sagrado. Não acredito que a moça seja discriminada pela religião porque ninguém quer saber se vc tem religião, se é crente ou satanista, talvez para a moça faça diferença, ela seria amiga de uma filha de Exu? Para mim não há diferença entre a crente e a descrente.
Estude, mulher, e tire notas boas. Destaque-se pela inteligência. Não está escrito na testa de ninguém a religião que frequenta. Universidade não é lugar pra ficar de tró-ló-ló com seu ninguém. Eu sou preto, veado, católico, e nasci pobre de marré derci. Se não fosse a universidade pública, eu tava no sal. Fé em Deus, boca calada e pé ligeiro. Aprendi isso com a minha mãe centenária. Pare de alardear religião e seja feliz com quem lhe quer bem.
O preconceito é contra crentes de qualquer cor de pele, na verdade. Preconceito ou conceito? Depois de amargar a tentativa da bancada evangélica de tomar o poder à força de golpe, apoiando o despresidente, ainda temos que dar a outra face? Melhorem, sejam respeitosos com os diferentes, com a democracia e a laicicidade do Estado, não nos façam engolir as suas crenças, não toquem a campainha das nossas casas de manhã, aÃ, quem sabe, o conceito mude.
A pessoa segue uma religião que abertamente julga e exclui pessoas mas depois quer reclamar que está sendo julgada e excluÃda.
Se grosseria na universidade fosse só com pretos e evangélicos... Mas na universidade pública, grosseria é o padrão. Em cursos de exatas então...
O clubinho dos crentes mais exclui do que é excluÃdo.
Sou branco, alto, magro e tenho olhos claros. Na minha infância e adolescência nunca sofri preconceito com minha aparência fÃsica. Mas por ser evangélico de uma igreja bem tradicional aà sim: sofri e sofro até hoje com isso. Mas nao desisto e sigo em frente com a ajuda de Deus!
Sou da tez brasileira. Sempre sofri preconceito.
Leio a coluna acima e na sequência me deparo com a manchete do "O Globo" de hoje: "Governo enfrenta novo embate com bancada evangélica após resolução do CNS sobre aborto e maconha - Texto do colegiado, vinculado ao Ministério da Saúde, não tem efeito prático, já que se tratam de recomendações" E os evangélicos ainda reclamam de preconceito e de se sentirem excluÃdos. Sei...
que pataquada!
Texto precário e generalizador. Reforça um falsa percepção, que hoje é usada por lideranças inescrupulosas, de que existiria uma franca hostilidade contra a fé cristã por parte das instituições educacionais e judiciais. O autor superdimensiona um caso especÃfico e dele insinua um diagnóstico geral.
Análise perfeita do artigo de Spyer. Só faltou no artigo o termo "cristofobia", que ele talvez logo comece a usar em seus textos.
Sim. Só falta o articulista começar a falar em cristofobia. O fato é que os protestantes/evangélicos já se consideram um grupo identitário, já há um identitarismo evangélico.
Ao que parece, Elisa e o autor do texto é que são intolerantes com aqueles que não são evangélicos.
Parece ilação, muito fraquinha essa matéria.
Reduto da petezada... Esquerda = intolerância.
Uai. Ela faz uma ciência social, não tem argumento para defender suas posições, apela à religião pra isso, e a culpa é do... PT? Você realmente é risÃvel.
A inteligência tem repulsa pela crença.
Complicado estudar a dinâmica e as estruturas das sociedades, dos grupos sociais, em uma universidade e, ao mesmo tempo, acreditar no Edir Macedo. Parece a mesma coisa que estudar astronomia e acreditar que a Terra é plana.
Bem, se o ser humano tem alguma essência é a contradição.
O preconceito nas faculdades de Humanas é muito grande, especialmente o sociocultural.
A fé é em Deus, em Cristo e não na religião, pois não? Quero um teólogo Católico aqui na Folha! Também quero um teólogo judeu! Um teólogo muçulmano! Um teólogo budista! Um teólogo das religiões de matrizes Africanas! Amém? Amém! Deus, faço uma promessa em público: o Santos saindo da situação que se encontra ,deixo de beber álcool por um ano…! Amém!
De um lado temos pensamentos retrógados, fisiológicos e muitas vezes intolerantes de determinados grupos de evangêlicos e de outro um comportamento refratário que faz o mesmo devolvendo a intolerância. É uma questão difÃcil, mas nada, absolutamente na justifica a falta respeito e empatia ao ser humano e suas escolhas dentro da lei.
Endosso! Aplica-se o Livro Sagrado no que é conveniente! Mas, nem critico! Também faço isso! Não dou dÃzimo . Sigo o pensamento de meu avô Messias: Deus não come, Deus não veste, Deus não compra remédio e se precisar não é deus!
O lugar da Elisa é onde ela quiser! Na universidade, na igreja, ou nos dois simultaneamente...
Também não gosto de frases de twitter, foi só uma provocação sadia aos identitários...
...se não fosse uma frase feita.
Sim, Felipe, é mesmo, mas sua defesa da moça seria mais eficaz se não fosse
Sim, mesmo não tendo argumento algum, como retratou o texto.
Qual é o sofrimento? Não informou nada, só fez ilações.
Nenhum fato foi relatado, só um sentimento que os outros odeiam. Se odeiam tanto, por que não ha pelo menos um caso de ódio relatado? Ou será que o desconforto é porque ela faz questão de misturar, imiscuir , sua religião nas questões cientÃficas?
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