Vera Iaconelli > A psicanálise, essa bobagem Voltar
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Vejo muitos pontificando por aqui com ares pernósticos sobre o que "é" ciência. Na Grécia clássica, que nos legou o conhecimento sobre o qual foi construÃda a "ciência" moderna (silente sobre o papel dos árabes nessa construção), a ciência deveria prescindir do aporte dos sentidos, e assim calcularam a distância da Terra à Lua, as leis da harmonia musical e outros quetais. Na ciência moderna, "ciência" é só o que se obtém com os sentidos. A "ciência" é histórica e polÃtica, não algo fixo.
Mais um que não faz muita ideia do que está falando. Nem a ciência antiga prescinde dos sentidos, nem a moderna é só sensória. Você deve ser psicanalista para "entender" tanto assim.
O debate sobre se a Psicanálise é ou não ciência me parece sem sentido. É certo que a Psicanálise funciona para alguns e não funciona para outros. O problema é o custo de cada sessão de Psicanálise, que não é coberto pela maioria dos planos de saúde. Se funcionar, é $$$ bem investido. Se não funcionar, é $$$ jogado fora. Pergunta: como alguém vai ter certeza se funcionará para si antes de tentar se submeter a algumas sessões?
O tema da cientificidade da psicanálise se resume a não haver nenhuma. Freud nunca demonstrou nenhum de seus princÃpios, que foram inventados por sua mente doentia, sem relação com relatos de seus pacientes. Freud nunca curou nenhum paciente, o método em si não tem validade terapeitica e fez mal a muitos. Qdo o terapeuta é empático, a relação pode ajudar, apesar da pseudo-ciência psicanalÃtica.
Perfeito!
Antes de fazer este comentário, resolvi ouvir a entrevista da Pasternak na Rádio UFMG aqui de BH. Como não li o livro, não vou julgar. Mas ao ver a capa, me lembrou muito a estratégia visual de "A arte sutil de ligar o f.", que também não li. Mas tanto um quanto o outro me remete à s estratégias provocativas da internet, vÃdeos de Youtube que tentam engajar pelo tratamento de choque. É isso mesmo! Coisa ultrapassada em tratamentos psiquiátricos... Espero. Mas muito em voga na IA ou mundo digital.
Esta noite eu tive inúmeros sonhos com personagens que eu nunca vi antes, mas eram muito reais em histórias (curtas metragens do meu imaginário) com começo, meio e fim. De onde vieram?... Não sei. Sim, não tem explicação assim como a vida. Mas a gente procura se entender, mesmo sem nunca entender, é um jeito de viver. Mais do que nunca é preciso escutar mais. Cada dia mais existem mais pessoas incapazes de escutar. Bom, acabei falando demais, mas tinha muito tempo que eu não escrevia... só lia.
Mas penso o seguinte: o fato de uma cientista ter se oposto à polÃtica antivacina, negacionista e criminosa daquilo que infelizmente esteve "presidente" de nosso paÃs, não faz dela genial ou inquestionável, pois era uma posição óbvia e a que esperávamos de verdadeiras(os) cientistas com um mÃnimo de bom senso. Portanto sua esta postura contra aquilo, não é prerrogativa suficiente para agora ela vir 'detonar' "Bobagens" sobre tudo o mais que não seja sua microbiologia ou umbigo.
O eterno opositor da psicanálise é a racionalidade que entroniza o ser humano a um patamar de superioridade do reino animal . . A psicanálise surgiu revelando o inesgotável mundo inconsciente , onde tudo cabe , podendo amedrontar os “ seres racionais e cientÃficos “
Que ponto final! " ciência é a aplicação do método cientÃfico" quanto terraplanismo! Paul Feyrabend: Contra o método! Contudo, a Folha abraçou a ideia e bem divulgou o rasteiro Que Bobagem!
Sinceramente eu não entendo essa discussão se a psicanálise é ciência ou não. Ciência é aplicação do método cientÃfico, ponto final. Assim sendo, os procedimentos são ou não cientÃficos, e não campos de conhecimento. Ademais, quem diz que as emoções não são universais precisa mudar seus conceitos. Hoje temos a estatÃstica e o data analytics como procedimentos da psicanálise. Os melhores profissionais de estatÃstica que eu conheço são da área da saúde.
O texto, sem recusar o debate sobre ser ou não a psicanálise uma ciência, o reduz a plano secundário, para salientar o caráter não-dogmático e a inquietude epistemológica inerentes a esse campo de conhecimento. Isso num tom nada professoral que ensina e nos convida fraternalmente a conhecê-lo. Adorei. BelÃssimo texto.
Numa longa viagem, à s vezes, fazemos escalas que nos obriga a mudar de veÃculo para prosseguir. Eis o que está acontecendo com a psicanálise, ela serviu até um ponto da jornada mas precisa ser 'deixada' para trás para que a humanidade prossiga num novo veÃculo chamado neuropsicanálise, que combina os conhecimentos das duas disciplinas para uma melhor compreensão da mente e do cérebro.
Quanta gente melindrada pela grosseria do tÃtulo do livro: Que bobagem! Mas, como diria o filósofo, "Não existe uma maneira educada de perguntar a alguém se ele considerou a possibilidade de que toda a sua vida foi devotada a uma ilusão." Daniel Dennett
Caramba! Uma voadora no meio do peito! Na mosca!
É incrÃvel como você, Vera, escreveu um texto já se antecipando aos inúmeros questionamentos que lhe seriam feitos. Com ironia fina, sugeriu a leitura de diversas livros, como que para "amparar" o que dizia. Genial!! Muitos, realmente, estão precisando estudar mais... Parabéns, e obrigada!
A ciência é dinamica,nao e dogma,e sempre lida com emoções. O placebo, efeito placebo, existe em todas as drogas, as pejorativamente faladas de alopatas e princilmanete os misticismos - o efeito placebo,como algum tipo de esperança e de fe podem ser positivos - mas daà a atribuir a causa a suposta terapia vai uma distãncia muito comum entre os crentes(os que acreditam-se bem que acreditar nalgo é mehor do que ser pessimista) Não sou religioso, mas tá lá, A fé remove montanhas
Belissimo texto. SensÃvel, delicado e agudo. Certeiro.
Ótimo texto! Obviamente prá poucos.
Texto excelente e bastante educativo.
Parabéns, Vera, pelo texto. O "Que bobagem" revela uma visão pequenininha sobre a ciência, melhor, sobre as ciências, pois, são múltiplas e diversas. Se os criadores da Mecânica Quântica tivessem seguido o tal do " método cientÃfico", a ciência fundada por Borh e Einstein jamais teria nascido. Imagine alguém que tenha um pouco de conhecimento tanto da Mecânica Quântica quanto da Psicanálise dissese que é possÃvel estabelecer diálogos entre essas duas ciências, seria....chamado de ...louco!
Misturar mecânica quântica com psicanãlise não é loucura, mas picaretagem de quem se beneficia como guru e ingenuidade de quem o segue.
Antonio, as únicas semelhanças entre a mecânica quântica e a psicanálise é que ambas nasceram no inÃcio do século 20 naquele mundo de lÃngua germânica (Alemanha e Ãustria). O Einstein inclusive trocou cartas com o Freud, mas não sobre fÃsica e sim sobre especulações acerca da natureza humana.
Antonio, a Mecânica Quântica é um exemplo justamente da força do método cientÃfico para desvendar e compreender a realidade. Se você entendesse as equações da MQ, saberia que os experimentos confirmam todas as previsões, por mais estranhas que possam ser, da teoria. Achados que divergem das nossas observações cotidianas não significam que o mundo é irracional, mas sim que a razão tem uma força imensa para revelar até o inimaginável da realidade.
Diante de todos os artigos que atacam o Livro, fica claro que realmente não há estudo seguindo metodologias cientÃficas que demonstre minimamente ser ciência a psicanálise ,acupuntura ,homeopatia, astrologia.
Fala-se em metodologia cientÃfica como se fosse algo incontroverso, simples, batata! Mas não é!
O que temos em comum é o desamparo e a mercadoria! Uma dupla produtora de muita bobagem!
A FolhaSP deveria valorizar seus artigos e ensaios publicados. Sobre o assunto, o Folhetin de ago/1986, publicou interessantes ensaios sobre "Freud: Por uma epistemologia da psicanálise". Roberto Monzani, Osmyr F.Gabbi Jr, Zeljko Loparic, Victo-Perre Stirnimann. Os leitores de hoje parecem sofrer de amnésia, ou ainda não haviam nascido nesta época, é o caso de Natalia Pasternak e Carlos Orsi.
A psicanálise é boa sim. Não e para todos, depende de cada tipo de paciente, e se ele se adapta ao método de tratamento.
Não sejam ingênuos o livro procura vender (literalmente) o peixe de que é bobagem.
Nem por isso placebo é bobagem sr Cardoso. Para quem está desenganado e precisa de alÃvio, vale mais que qualquer ciência.
Luiz, você pode ler os primeiros capÃtulos do livro grátis no sire da Amazon. Lá eles mostram que placebos podem ser úteis aos pacientes. Até rezar pode consolar quem tem fé, reduzindo seu sofrimento. Nem por isso religião é ciência.
Mas, João, o que importa: se ela é útil para as pessoas ou se ela não é uma ciência?
A questão do livro não é se ela é boa ou ruim. A questão colocada é que ela não é uma ciência. E a autora deste artigo não colocou um argumento sequer que mostre que a psicanálise é uma ciência.
Filha, tarde demais esse texto, onde estava meses atrás onde por politização foram se refortalecendo visões cientificistas e positivistas sobre o mundo que eu jurava tivessem sido superadas ? Quem cria cobras que depois aguente as picadas....tarde demais concluir que a cura não se dá só por protocolos
Hoje a nova religião se atende pelo nome de cientificismo, com sacerdotes, que desconhecem a si próprios. O método cientÃfico é uma carta de boas intenções, dotada da racionalidade com bons resultados, mas as emoções lhe são desconhecidas, estas, em última instância, é o motor da humanidade. Alguém só será racional se a emoção lhe permitir. O cientista é alguém que sabe muito sobre muito pouco. Assim sacerdotes do cientificismo, em números crescentes de seguidores, prestam desserviços à s ciênc
Suas opiniões estão sendo divulgadas através de um pequeno retângulo com uma tela que foi criado a partir das conquistas da ciência. Você provavelmente vai viver o dobro dos seus ancestrais, outra conquista da ciência. Podemos até afirmar que a ciência não resolve todos os nossos problemas, mas ela é o instrumento mais precioso que possuÃmos para entender a realidade concreta que nos rodeia e nos constitui.
A discussão quanto à cientificidade da psicanálise está ligada à discussão sobre o caráter cientÃfico das ciências humanas. E a psicanálise tem muito de literário na sua constituição. Talvez faça mesmo parte de outra episteme, diversa dos pressupostos das ciências naturais, mas nem por isso menos digna de crédito. Por exemplo: a ideia da existência de um instinto de morte, ao lado do vital, explica as guerras de modo lapidar. Os supostos motivos das carnificinas escondem impulsos mórbidos.
Vc confunde plausibilidade com realidade. Vc acha q o instinto de morte explica guerras pq lhe perece fazer sentido. Houve um tempo em q as pessoas achavam q o Sol girasse em torno da Terra, o q parece plausÃvel qdo se observa a tragetória do Sol daqui da Terra. O fato de ser plausÃvel não significa q seja verdadeiro. Não há sequer evidência de q exista uma instinto de morte, q aliás seria antidarwiniano.
Vera, texto incrÃvel. Não estou no nÃvel de entender se a psicanálise é ou não ciência. Só sei que sem a psicanálise eu estaria provavelmente preso, pobre, com mil inimigos e muito, muito triste. Agora eu à s vezes ainda fico (muito) triste, mas para o resto eu encontrei ferramentas pra administrarÂ…. Amada psicanálise, não sei como e nem porque funcionas, mas a ti devo minha qualidade de vida. Tu não és bobagem. Bobagem é querer vender livro a qualquer custo.
ironia fina com referências incrÃveis, Vera
Como leigo, me é difÃcil entender que sintomas não graves, nem irreversÃveis, passem por anos e anos de tratamento frequente, algumas vezes com medicação forte, com progresso mÃnimo e isto acontece em grande quantidade dos pacientes. Muito raramente, algum paciente tem alta, geralmente duvidosa.
A psiquiatra age igual, e nunca ouvi alguém dizer que, por causa disso, não é ciência. Quanta bobagem.
Medicação forte indicada pelo analista? Ou a medicina, que indicou a medicação forte, deixou de ser ciência? Porque ao final também não resolveu o problema.
Texto primoroso tanto em visão cientÃfica como histórica. Eu só acresceria um complemento à recomendação final ... " sugiro, por fim, a leitura de Paulo Beer". Eu sugiro, também, por-se um fim na discussão, positivista e midiática, tipo caça clicks e nÃqueis, contida em um livro oportunista que qualifica as ciências ainda em desenvolvimento como "bobagem" e pseudo ciência; e atirando-as em vala comum ao enganar o público leigo.
IndefectÃveis patrulheiros irônicos.
Isso. Por que não queimar logo todos os livros que desafiam a psicanálise?
Se há mérito no tratamento superficial dado à psicanálise pelo "Que Bobagem", é o de ter gerado textos maravilhosos e recomendações como os da Vera. A discussão de psicanálise como ciência me é irrelevante: satisfaço-me em saber que por meio dela pude melhor entender minha subjetividade e buscar tornar essa breve existência mais rica.
É uma visão deturpada e interessada (estão vendendo não apenas o livro, e nem apenas esse livro chamado Que Bobagem) do que seja ciência.
Parabéns, Vera. Você tocou numa questão que atormenta os seres humanos há milênios. E o seu texto tb está maravilhosamente bem escrito. Português impecável. abs
Dói ver alguém que fez parte da nossa infância e adolescência sofrer tanto porque foge a tal 'normalidade humana. Que a vida toda recorre a especialistas da questão psicológica e que lhe prescrevem drogas controladas Dor que talvez nos leve a questionar sobre quão vasta e multicolorida é a irracionalidade humana ou sobre quão diferente pode ser alguém que viveu conosco no mesmo lar e de repente se
Psicanálise: ciência, ou não? Acho essa discussão um pouco desnecessária. Se ela mitiga as dores das pessoas que a ela recorrem, está justificada. Não precisa ser ciência.
Tentei uma referência na própria Folha e censuraram o comentário! Uma entrevista da Isabella Faria, na quela seção Como é que é, com o autor do livro Que Besteira. Onde os dois, no final, parecem não saber bem porque é que estão detonando a psicanálise.
Isso é apenas um jogo de palavras: qdo convém, a psicanálise reivindica cientificidade e o termo "ciência"; qdo é criticada, diz q tudo bem n ser ciência. Só q isto é falso. É claro q a psicanálise n pretende ser só uma coisa agradável para alguns. Ela pretende dizer como as pessoas são, como se formam as personalidades, como tratar doenças psÃquicas. Se alega tudo isso, tem de enfrentar a crÃtica com racionalidade, sem tergiversar.
Grato, Alberto. Não li o livro, mas acho que desaprovo essa parte.
Luiz, dizem inclusive que pode ser perigosa para o paciente.
Mas os autores admitem que ela é útil, mitiga muitas apreensões de pessoas? Ou só diz que não é ciência e, portanto, não tem valor?
Mas é justamente isso o que o livro diz. A psicanálise não é uma ciência, mas sim uma pseudociência. Ponto.
Isso, mas para Pasternak e Orsi o que não é ciência é bobagem.
"Eu também vou pagar a conta do analista, pra nunca mais saber quem tu és". RESPONDA 2
Dói ver alguém que fez parte da nossa infância e adolescência sofrer tanto porque foge a tal 'normalidade humana. Que a vida toda recorre a especialistas da questão psicológica e que lhe prescrevem drogas controladas Dor que talvez nos leve a questionar sobre quão vasta e multicolorida é a irracionalidade humana ou sobre quão diferente pode ser alguém que viveu conosco no mesmo lar e de repente se 'quebrou'...
mais uma vez parabéns Vera. belo e preciso texto para quem está minimamente disposto a alargar seu nÃvel de consciência, e compreender que "esse método cientÃfico" positivista é tão preciso e precário quanto uma bola de bilhar diante de um elétron circulando instável em torno de um núcleo duro e solitário. Um século é pouco pra vencer a intolerância materialista, ancorada em profundo e sofrido desamparo.
Prá que fui ler o livro e, pior, os comentários, arrumei mais dois livros para ler. É que a fila de leituras tá grande.
"Eu vou pagar a conta do analista, pra nunca mais saber quem eu sou".
Eu vou pagar a conta do analista Pra nunca mais ter que saber quem eu sou Saber quem eu souÂ…
Que referências maravilhosas!
Alguém já parou para pensar que o "Que bobagem!" do livro se refere justamente à pretensão da psicanálise em ser ciência e não à psicanálise como um todo? Para ser ciência tem de entrar no jogo do método cientÃfico e respeitar seus pares. A atitude de se esquivar da crÃtica alçando-se a um "lugar epistêmico" privilegiado é tola e merece o adjetivo e o ponto de exclamação: Que bobagem!
Complica não! Quem decide o tÃtulo do livro são os autores.
Alberto, a submissão dos próprios trabalhos à revisão dos pares é justamente a melhor forma de evitar os abusos de autoridade, tão comuns nas seitas é pseudociências. Quanto à bobagem, é o mesmo que tolice, engodo, perda de tempo, mas quem decide em que perder seu tempo é o sujeito que deseja, para usar um jargão psicanalÃtico que você deve gostar.
Mauricio, procure no dicionário o sentido de bobagem. Para os autores Pasternak e Orsi, que divulgam a ciência mais como um artigo de fé, o que não é ciência é bobagem. Ou uma questão de pares, como você quer, questão de autoridade.
* o substantivo (rsrsrs)
A fragilidade humana e o nosso desejo de tentar entender a nossa existência, a ciência não explica, portanto, nós buscamos outros caminhos para sobreviver, seja a psicanálise, religião ou outros meios. A ciência sem dúvida é importantÃssima, mas não é tudo, humildade faz bem! A humanidade sobreviveu ao longo do tempo graças à sabedoria popular, caso contrário não estarÃamos aqui, certos métodos utilizados pelo povo pode não ter explicação cientÃfica, mas não podemos desprezar.
Exatamente! A ciência de verdade é uma aula humildade e não de exibicionismo mediático.
A psicanálise definitivamente não é recomendável para aqueles que acham que a dor da alma é semelhante à dor de dente. Ela se constitui em um método de investigação que procura lançar luz nos complexos mecanismos psÃquicos que nos fazem sofrer. Para os que não a enxergam desta forma, é compreensÃvel que se refiram a ela como "Que bobagem" e quando se sentirem angustiadas, se é que possuem este sentimento, será mais eficaz repetirem cem vezes "Obrigado por estar vivo, Senhor."
Absolutamente, Alberto. Acordei tranquilo, calmo e sem nenhuma sensação de que mexeram com minhas crenças mais profundas.
Hoje o sr. Mauricio acordou assustado, não sabia se lhe doia o dente ou a alma.
Fico feliz em saber, prezado João. Foi apenas um comentário irônico e jocoso rsrs. Certamente partilhamos a mesma humanidade e fragilidade, e, na nossa breve vida, vale a pena buscar sentido onde for possÃvel. Desejo pra você uma vida sem sofrimentos neuróticos, mas com o mÃnimo de "sofrimentos ordinários" possÃvel, como diria Freud -- sejam dores de dente ou da alma .
Caro MaurÃcio, já tive dor de dente e foi das barbas, rss. Quanto à minha alma, nunca a considerei atormentada, embora a psicanálise, a acupuntura, os exercÃcios fÃsicos e a paixão pelo conhecimento a tenham melhorado bastante. Abraços!
Ou você nunca teve dor de dente, ou é uma alma verdadeiramente atormentada.
Excelente. Que elegância e inteligência da Vera.
Ainda continuo achando que Nietzsche contribuiu muito mais para a compreensão do desassossego humano.
A propósito, Nietzsche foi um dos filósofos que mais influenciou Freud. Além disso o fundador da psicanálise escreve tão bem quanto o filósofo. No final das contas, ambos são incontornáveis para uma compreensão do homem na modernidade.
O fato de uma minoria de homens ter padecido de histeria não muda a situação de que a grande maioria das pessoas que adoeciam dessa doença eram mulheres. A não ser que apontar fatos históricos seja machismo. Nesse caso, deixa aqui as minhas desculpas. O suposto desamparo só faria sentido para os adeptos do ateÃsmo, a não ser que o objetivo do psicanalista seja a catequese à s avessas.
Há um problema nos programas de doutorado, qual seja, muitos pré-projetos não são elaborados pelos candidatos, que depois apenas cumprem as tarefas. PhD significa, doutorado(a) em filosofia, que é a génese dos métodos e dos processos de produção e validação do conhecimento. Um pouco de conhecimento nessa matéria seria suficiente para a compreensão que a modelação cientÃfica de certos fenómenos não obedecem a um relação causal do tipo de-para.
Muito bom! Resposta muito elegante a um debate que vem sendo feito de maneira vulgar. Na verdade mais voltado ao marketing dos autores que ao esclarecimento da questão. Mas isso seria irrelevante se os argumentos fossem melhores.
Belo artigo, parabéns!
Faço um convite a leitura de HospÃcio é deus: Diário I (1965) e O sofredor do ver (1968) da escritora mineira Maura Lopes Cançado. Escritos autobiográficos que elaboram sua experiência com a loucura e as internações psiquiátricas, mas mesmo internada, a escritora enviava sistematicamente contos para publicação em periódicos como o Jornal do Brasil e no Correio da Manhã, além de colaborar com o histórico Suplemento Dominical do JB.
O texto apenas confirma o déficit epistemológico da psicanálise. Seus defensores nunca apresentam argumentos claros que exponham métodos e reconheçam falhas, mas sempre apelam para esse esoterismo, esse citacionismo. Comportam-se como astrólogos que, diante das crÃticas, apenas prometem que um estudo "mais profundo" da disciplina será capaz de nos fazer esquecer dos problemas de princÃpio.
Só rindo.
Tenta respirar antes de escrever.
São falaciosas pq, em vez de rebater os argumentos, vc questiona o caráter. Neste sentido, n importa se vc diz a verdade sobre eles. Eles podem ser tudo o q vc disse e, ainda assim, terem rzão. Logo, pouco importam suas "referências". A sua falácia é estratégia retórica velha. Funciona em júri popular, mas aqui, n. Vc n está preparado sequer para entender honestamente os argumentos e crÃticas q faço, mas se acha "mais rápido". Isto ao msm tempo em q insinua arrogância da minha parte. É risÃvel.
Não é pelo fato de existirem crÃticas sérias, que toda crÃtica (ou resposta) há de ser séria. Não fale em meu nome que ninguém aqui está discutindo seja lá o que for, não seja presunçoso como os autores de Que Bobagem. Imagino que você tenha demorado a perceber meu erro de ortografia, já que o sentido da palavra que escrevi errado faria meu discurso ficar sem sentido, rapidez não é para qualquer um. Procure saber das referências que dou antes de dizer que são falaciosas.
Puro diversionismo: a) a ortografia era essencial, no caso, pq são antônimos; b) ninguém aqui está discutindo "o q é ciência em geral", mas métodos e alegações especÃficas da psicanálise; c) pouco importa o livro q está fazendo barulho ou as falhas de caráter q vc, falaciosamente, atribui aos autores, pq as crÃticas à pretensão de cientificidade da psicanálise já existem há mto tempo.
Errei a palavra, parabéns, quanta ciência! Adoro quando recorrem a erro de ortografia, sinal claro que nada tem a dizer. Duvido muito que o Sr. Fábio seja capaz de dizer o que seja ciência em linhas gerais, seja qual for o tamanho do texto. E sr. Mauricio não estou defendendo a psicanalise, estou atacando dois autores que degradam a ciência a uma querela corporativista. O livro é pura propaganda do IQC, e do autor menos famoso, que se arroga autoridade em questão de ciência. Procure na Amazon.
O comentário do Alberto é um exemplo claro de como os adeptos da psicanálise enfrentam a crÃtica: só pode ser algum mecanismo inconsciente de defesa do eu, continue a análise que a resistência será vencida e você compreenderá, finalmente, como a psicanálise está certa. Isso é muito semelhante à atitude dos religiosos frente ao ateus ou agnósticos: você está apenas confuso, olhe ao seu redor, dirija-se a deus e, finalmente, você encontrará a fé. Isso é verdadeiramente irrefutável.
Não há exoterismo mesmo. Há esoterismo. E sobre essa de "não dá para expor em artigo de jornal", é óbvio que não seria possÃvel dar todos os detalhes, mas, como em quaisquer métodos e princÃpios de toda ciência boa, daria para explicar em linhas gerais.
Não acredito que alguém possa resolver a questão epistemológica em um artigo de jornal diário, e não há exoterismo nenhum. A não ser que o desamparo da situação humana seja algo que te incomode, e você reprima fundo para não o reconhecer em si mesmo.
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