Hélio Schwartsman > Gambiarras literárias Voltar
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Conheci um desenhista projetista que preferia a prancheta e o nanquim ao Cad. Argumentava que a tela do micro era menor, e não permitia ver o desenho completo, a não ser em escala muito reduzida. Mas apesar dessa perda, não podia evitar a migração ao novo meio que tem evidentes vantagens (como a facilidade de copiar e colar e a correção de erros). O livro digital não tem tantas vantagens, mas tem algumas, como preço menor e rapidez de aquisição.
Não deve ser um obrigação e sim uma opção (transição). Veja o exemplo das bancas revistas, há 20 anos você encontrava jornais, revistas, livros e um cem número de curiosidades. Hoje muitas fecharam ou são fantasma do que foram um dia.
Quem garante a qualidade do material digital e/ ou impresso produzido sem autoria e em gabinetes, que vai substituir os LDs, avaliados e aprovados pelo Pnld, nas escolas de SP? Que motivações levaram o governo de SP a tomar essa decisão obscura e antidemocrática?
Mmmmmm... Em ordem alfabética? Ganância, burrrice, prepotência, pppiicaretagem, Bozofrenia descontrol. Putz usei a ordem escalafobética, desculpa, Graça. Contaminei-me. Hahahahah!
A relação entre mente e palavra é fascinante. Vejam o exemplo de David Mason, um engenheiro de software que trabalhou com Stephen Hawking para desenvolver um dispositivo de comunicação que permitiu ao fÃsico se comunicar mesmo após este ter recebido um diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA). O dispositivo, chamado de Sistema de Comunicação Adaptativo de Cambridge (CACS) permitiu que Hawking selecionasse letra e palavras usando um olho-seguidor e um sintetizador de voz. Genial!
Digitus Volent Scripta Manent, não mais Verba Volent Scripta Manent.
Tirante o que, caro Hélio, é a nossa pobreza tecnológica nas escolas: digital, tá, mas em cima de qual suporte? Um tabletinho pra cada dez alunos? Nem por sombra dá pé. É ideia de jerico total. A última pesquisa que fiz na academia, 2O16, envolvia entrar na sala de aula de 6º ano com tabletes e conexão móvel, pra ensino de estratégias de autorregulação da aprendizagem, mas era um perereco total. Amanhã cedo eu faço umas outras considerações, se a discussão for adiante.
Artigo interessante. A propósito, ando com saudade do jornal de papel que lia da primeira à última página. Pelo celular ou pelo notebook a leitura é cansativa e desestimulante. Moro numa cidadezinha que nem banca tem e um exemplar da FSP é a exigência que faço às minhas visitas.
Hahahahah, urtigão foi ótema! Olha, Lúcio, acho que 2OO3 foi meu último ano de papel de jornal. É uma experiência totalmente diferente, porque ele se abre pra você, é uma visão de panorama. Aqui, nas maquininhas, assemelha-se mais a ir desdobrando e dobrando um livrinho de bolso, minúsculo, infindáveis vezes. Dá saudades mesmo. E fazer jorná em papel é algo que tem história, sabe-se muito bem como fazê-lo; em hipermÃdia, internéti, é tudo meio que experimental.
Tamo junto nessa! Tenho dificuldade de me livrar do Urtigão em mim. Bah!
Eu vivo esta experiência. O kindle sempre me faz ler e reler aquilo que me interessa na pesquisa porque não gravo seu conteúdo de modo satisfatório. Além disso, quando retomo a leitura no dia seguinte, tenho que voltar a leitura para pegar o fio da meada. Papel é diferente sim. Mesmo assim, não lembro quando abri um livro "analógico"
Os Kindle atuais, com seus 17 leds, telas anti-reflexo e temperatura de luz ajustável, simulam quase que à perfeição os livros fÃsicos. Não lhes seria difÃcil enganar um sistema não especializado, montado em puxadinhos. Os tablets e celulares, destruidores de foco e concentração por excelência, esses sim são um desastre para a leitura e o aprendizado. Em boa hora, e exemplo para os demais, vem o Estado do Rio vetar esses aparelhos nas salas de aula.
João, prezado, na prática a gente pode ter que vetar, pelos colaterais mencionados. Mas arrojo, mesmo, é deixar rolar os dispositivos e dar-lhes sentido cognitivo-operacional na aula. Só que isso não se faz numa sala de 3O moleques com um professor que, ele próprio, não tá preparado pra coisa e tem que dar conta de um monte de burocracia e "lição". E que malemá consegue tocar seu planejamento, quanto mais integrar atividades entre disciplinas e sofisticar o ensino-aprendizagem. É dureza.
Outra abordagem. Interessante.
Na verdade, não veio do Estado do Rio, mas sim de vários paÃses da Europa, Asia, e estados norte-americanos vetar os aparelhos nas salas de aula. Mas o secretário da deseducação de SP, Feder, não sabe disso. Mas sabe muito bem ser dono da empresa Multilaser de computadores e outras coisitas eletrônicas para substituir livros impressos.
Excelente e oportuno artigo. O inesquecÃvel professor Pierluigi Piazzi dizia exatamente o que está neste artigo, e ele era uma referência no assunto.
Interessante o estudo do artigo. Tinha para mim que o problema era comigo. Acostumado que era a trabalhar com enormes volumes de papel, já estava acostumado e tinham minha metodologia. Com o advento da era digital em minha área tive que me acostumar a trabalhar no mundo digital. no inÃcio eu imprimia tudo, mas vi que gastava muito papel. A questão não é só comigo então. Ah mas no Estudo ou livros de recreação só os de papel. virei uma traça de sebos. Dia todo atrás de telas não da.
Não tenho conhecimento cientÃfico, mas concordo inteiramente, ao menos comigo é assim que funciona.
Nada se compara com a leitura no papel. Há coisa de quinze dias li "A Vida Breve' do uruguaio Onetti. Não me imagino atravessando aquele genial labirinto ofuscado pela luz de uma tela.
Alguma palavra sobre a máfia do livro didático. Ou o colunista nunca ouviu falar da praga que sangra os cofres públicos há décadas, impunemente?
*texto
Por preguiça vou copiar aqui um testo do Gaspari. "Atrás dos livros didáticos impressos existe um mercado bilionário, e atrás da pedagogia digital existe outro, mais complexo. A BÃblia de Gutemberg, impressa no século 15, está nos museus e, além dos cuidados de limpeza, não exige manutenção. As plataformas eletrônicas exigem manutenção permanente e dispendiosa."
A senhora jura que nunca arreparou na Máfia da Burrrice Oficial que ficou quatro anos no trono federal? Nããão? De lá, desceu o Bonde do Orangotango, tomou tudo que é canto do palácio - já era de Bandeirantes, gente tosca, agora Sodeu de vez. Tarcizão do Cadáver, El jefe, vai começar a matar livro também. Um perigo!
Se aplicado o mesmo raciocÃnio, para acabar com a praga das obras superfaturadas, terÃamos que abolir as... obras públicas! Quando se quer justificar o injustificável qualquer desculpa serve.
A tal máfia, se existe, é um problema dos processos licitatórios e não pode subsistir sem cumplicidades na elite governante. Não me parece argumento suficiente para esquecer o livro didático, como quer a Secretaria da Educação.
um erro não justifica outro.
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