Oscar Vilhena Vieira > O exercício da democracia defensiva Voltar

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  1. Alberto A Neto

    Seja lá qual for a decisão sobre Jair não será inédita.Em 1955, Carlos Luz não sofreu represálias pelo envolvimento no movimento de ruptura. Em 1922, Marechal Hermes da Fonseca, um dos envolvidos noutra tentativa de tomada do poder, a Revolta do Forte de Copacabana, amargou 180 dias no xilindró. Altas patentes da caserna e presidentes de origem militar que desqualificam a democracia são recorrentes na História. JK pagou caro por anistiar os golpistas de Aragarças e Jacareacanga. Acorda, Oscar!

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  2. Marcos Benassi

    Ôôô, seu Oscar, excelente. Uma coisa que deixaria todo mundo mas tranquilo é algo que fosse automático, um conjunto inequívoco de regras, autoritativo e suficiente para conter quaisquer barbares. Pena que isso não existe no mundo real. Então, acho que vai ter que ser na raça: teremos que tomar cuidado o tempo inteiro, vigiar escoteiramente, "sempre atentos". Mai é um saco, né não? E ainda corremos o risco de errar e pagar a língua.

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  3. Alberto A Neto

    Faltou a Oscar a releitura de Barrington Moore. Não creio que o professor doutor Vilhena não o tenha lido, ainda que em priscas eras: "As Origens Sociais da Ditadura e da Democracia". Outrossim, sobrevoando o livro, Vieira removerá suas inquietações, ansiedades e cautelas mediante o implacável rigorismo do remédio e prevenção aplicáveis - sem prurido conceitual ou indulgência hermenêutica -, aos delinquentes do estado democrático de direito. O 'exercício' não remedeia a "tolerância compassiva".

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    1. Marcos Benassi

      Poi Zé, caro Alberto, torço para que a receita do seu Moore seja exata, aplicável e funcional. O outro Moore famoso - da Intel, não do James Bond - foi precisa, há bons precedentes de qualidade ao Nome.

  4. Flavio Lima

    Legal em termos teóricos toda essa "ponderação" de valores: pode defender, mas não pode tanto. Contudo, em termos práticos, ninguém sabe oq isso significa ou onde vai dar. Além disso, se olharmos para história, um regime que precisa tão frequentemente da coerção para se afirmar, provavelmente já está morto. Torço para que não, pois ainda não pensamos em nada melhor para colocar no lugar.

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    1. Marcos Benassi

      Bem, Flávio, quando esses11 são chamados a cortar as asas de uma dúzia de Bozolóide folgado, maluco e sssaafado, nem acho tão ruim que deliberem sobre o bem coletivo. Mas, realmente, gostaria de não precisar tanto de sorte....

    2. Flavio Lima

      Não que o constitucionalismo seja ruim, mas ele foi pensado inicialmente apenas em termos negativos: pra evitar a extinção da minoria e garantir que ela se manifeste. Contudo, já há algum tempo, com o apoio de larga doutrina, passou a ser usada pelos tribunais constitucionais como meio de promoção de um sem número de valores que ninguém sabe oq significa, como se um juiz, ou onze, pudesse dizer aquilo que é "bom" para a sociedade como um todo.

    3. Flavio Lima

      A democracia, em parte, serve pra deixar a ponderação de valores proposta no texto nas mãos das diversas forças sociais: quem conseguir formar maioria leva e o resto respeita. É muito problemático qdo vc pega isso e coloca nas mãos de um juiz ou onze, decidindo com força de coisa julgada. No final das contas, talvez em parte o constitucionalismo tenha nos trazido até toda essa crise atual e fato é que de certa maneira estamos dobrando a aposta no remédio (veneno?).

  5. André Silva de Oliveira

    A "democracia defensiva" deu uma bola escorregada quando o ministro Barroso participou daquele comício na UNE e revelou sua preferência política. A única certeza que temos é que não há mecanismos infalíveis de proteção da democracia contra ataques autoritários. Hoje o Brasil está no "corredor estreito" entre dois movimentos políticos com nítido perfil autoritário.

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    1. Evandro Luiz de Carvalho

      Chamar Lula de autoritário , só porque muito de vez em quando contradita o receituário neoliberal, este sim grande ameaça à democracia, posto seu pantagruélico apetite pela concentração de renda, é desonesto.

    2. André Silva de Oliveira

      Quis dizer escorregada na bola.

  6. José Cardoso

    Uma diferença em relação aos EUA, é que o STF deles tem maioria conservadora. Os processos contra o Trump devem ser bem embasados juridicamente para terem chance (e essa última etapa me parece bem competente). Aqui o nosso STF liberal (no sentido norte-americano) foi ostensivamente criticado pelo Bolsonaro durante todo o mandato. As prisões, censuras, cassações e suspensão de direitos políticos de pessoas identificadas com ele são uma natural reação corporativa.

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  7. Ricardo Arantes Martins

    A democracia deve ser defensiva. O exemplo da lei Alemã mencionada é perfeita eis que ele tinham um exemplo. O partido nazista foi eleito democraticamente e depois aplicaram um golpe. Quando há ameaça devemos ter mecânismo. E concordo com a matéria que cá no Brasil o STF fez e faz essa defesa. Mesmo durante a gestão bozo, foram diversos os inquéritos instaurados por Moraes e agora tem outros elementos como terrorismo, traição e jóias. Não vão deixar barato e o destino de bozo está traçado.

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  8. filipe moura lima

    Professor Oscar sempre magistral.

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  9. EDUARDO DE CARVALHO

    Se Kelsen e Rawls estivessem presenciando o poder de redes sociais, deepfake e IA, com certeza mudariam de ideia.

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    1. Jean Genet

      Exatamente!

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