Ruy Castro > 100% Millôr Voltar
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A hipótese de outro Millôr no nosso paÃs é perto de zero. Com os rumos da cultura atual dá para prever...
Texto sensacional. haha
Gostava de ler algumas coisas do Millôr, nome por erro de grafia no registro de nascimento, mas o achava pedante. Sua luta contra o cinto de segurança nos veiculos teve um parceiro, em um de seus raros equÃvocos, Janio de Freitas.
“A diferença fundamental entre Direita e Esquerda é que a Direita acredita cegamente em tudo que lhe ensinaram, e a Esquerda acredita cegamente em tudo que ensina.” Independente, lúcido, sábio. Só faz tanta falta
Mas onde fica o exercÃdio da dúvida metódia cartesiana? Ou o espÃrito crÃtico consistente? Ou o espÃrito cientÃfica da moderniade? Nunca vi um extremista-direita com mÃnima dúvida do que fala (opina) e prega. Funciona como a certeza dos doidos, principalmente os paranóicos.
Alem do erro sobre o cinto mencionado, lembro que Millor ficou por longo tempo apostando contra a abertura politica, ele usava a palavra "recrudescer" toda hora insinuando que a abertura era só uma jogada e que em algum momento os militares iriam recrudescer rs Não aconteceu, pelo menos não na época, só depois de muito tempo com um militar eleito.
Marcio, onde vc esteve nos últimos 4 anos?
Bolsonaro é um militar de araque, expulso, que arrastou com grana poucos fracos da instituição, e que agora estão se lascando. Não se pode dizer que tenham sido as forças armadas propriamente que voltaram.
"Quem se curva frente o opressor, mostra a bda ao oprimido". Parodiando S. Johnson: "O patriotismo é o último refugio dos can@ lhas...no Brasil é o primeiro".
Orra, Ruy, 3de cada2 vezes que cê conta do seu pessoal, dá saudade do que eu não vivi; se inveja desse Ãmpeto criminal, eu era ex-presidente, cara. Ontem seu colega Ãlvaro chamou a atenção pro teatro, e o colega Zé Roberto mandou o link de um artigo sobre isso no comentário - putz, quanto Millôr eu não li! Mas fiz um bem pra humanidade: essa edição do "Millôr no Pasquim", dei minha cópia pra um pivete filho de amigo, o danado do seu Milton infectou mais uma geração. Sem Millôr, não há hipófise!
Um gênio! Faz uma falta danada. Que sorte e privilégio o seu por ter convivido tanto tempo com ele.
Sábio sinês Confúsio semple diz "Esse Luy é Labudo pacalálio, né?" Hahahahah!
Quando Millor morreu, pensei: Morreu o Voltaire Latino Americano. É impressionante a trajetória e o trabalho de ambos. O brilhantismo auto didata, a irreverência. Voltaire tinha seus panfletos e folhetins provocadores. Mill/õr o PIf Paf. Ambos ácidos e cortantes, ambos categóricos como diz Ruy de Millôr, ambos financeiramente bem sucedidos. Ambos autores de Teatro. Millhor era ainda grande artista plástico. Até a fisionomia magra e aquilina era igual.
Eita, sô, em tempos nos quais o Olavão assume pinta de Guru e o Jesus da Goiabeira permanece Olimpicamente repousando nos frutÃferos galhos da arvrinha, que faria ele, hein? Eu acho que fez bem em partir enquanto não entrávamos na Era Bozozóica. Se tivesse visto essa, era capaz de meter o dedo na tomada e morrer de Voltaire.
Grande Millôr!
Acertou em cheio: Millor foi o Voltaire latino-americano. Tivesse nascido na Europa ou nos Estados Unidos...
Passeio aflito/ Tantos amigos/ Já granito.
O preço da sabedoria é detestar tudo.
Nunca nunca poderei estar na presença dos gênios aqui mencionados, mas, graças à genialidade de alguns outros, posso agora enfileiraR-me até vistosamente entre seus também magnÃficos admiradores, pois o que seriam deles sem seus leitores...?
Lembro que o Millor perdeu seu emprego na revista O Cruzeiro por ter publicado uma versão humoristica da criação de Adão e Eva. E seu trabalho em O Pasquim já o imortaliza.
Caro Ruy, que delicadeza de texto. Há poesia em cada fôlego. Permita-me, se faz favor, citar Carlos Drummond de Andrade. "Eu não devia te dizer Mas essa Lua Mas esse conhaque Botam a gente comovido como o diabo". Bem haja.
Como o robô me censurou (porque o tÃtulo do artigo que citei contém palavra proibida), lá vai de novo, de outro jeito: sugiro a leitura de artigo no Teatrojornal sobre o Millôr dramaturgo. O endereço: teatrojornal.com.br
Ah, cê passou por aqui. Orra, quanto de Millôr tem ora ler, hein, Zé Roberto? Putz, dá até siricutico. Muito grato da desbozificada, respirei.
Tenho a desfaçatez de sugerir a leitura deste artigo sobre o Millôr dramaturgo (no Teatrojornal): https://teatrojornal.com.br/2023/07/humor-e-morte-em-millor/
Valeu, José! Obrigado pelo endereço da leitura.
Millôr transcende o que denominamos inteligência. Ainda mais quando nos referimos à imprensa. É evidente que a menção aos cintos de segurança foi uma alegoria de nosso querido Rui. Millôr não usava cintos, mas sempre nos advertiu de que deverÃamos usá-los.
Parabéns. Ruy Castro é o melhor cronista da Folha. Que sorte a dele ter convivido com a era de ouro do jornalismo no Rio de Janeiro. Lia muito todos eles e hoje não perco Ruy Castro. Pessoas notáveis estão cada vez mais raras.
Caro Ruy ótimas lembranças de dois genios;Paulo Francis e Millor,lembro-me do magistral Pasquim,onde ocorria a maior reunião de gênios por m quadrado deste PaÃs.
A campanha contra o cinto de segurança realmente foi sinistra, vinda de um genio, das mentes mais brilhantes do paÃs. Era uma coisa surreal, ele defendia que se voce capotasse o carro, saisse da estrada, caisse num riacho de cabeca pra baixo desacordado, preso pelo cinto, poderia se afogar com 20 centimetros d'agua cobrindo seu nariz... hehe. Triste é que hoje em dia essa tese dele da liberdade individual afrontada pelo cinto faria o maior sucesso.
Como disse o milionário apaixonado por Jack Lemmon, ainda travestido, na frase que encerra o clássico "Quanto Mais Quente Melhor": "Ninguém é perfeito...". Millôr Fernandes desdenhava do movimento feminista ("O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris") e era contra a presença de mulheres nas redações de jornais e revistas. Dizia que elas, em geral, eram admitidas com o domÃnio de um ou mais idiomas estrangeiros e tiravam o emprego de alguns colegas, homens com famÃlia para sustentar.
Você é um agraciado . Pela que já li dele em livros e revistas de fato era mais que um grande escritor , era um livre pensador nato . Bom saber que faria cem anos , talvez as editoras preparem algo novo para comemorar. Não parece o caso infelizmente. Tenho pra mim que ele não tem o reconhecimento que merece .
Na Veja, a página do Millor era a primeira que eu lia. Na Folha, o primeiro artigo que leio é o do Ruy.
Vivas ao Millôr e vivas ao Ruy!
Como faz falta!
Não só Millôr faz falta como também Paulo Francis, ambos citados por Ruy Castro na ótima crônica. RC é um privilegiado por ter convivido com os dois.
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