Vera Iaconelli > Julgamentos sobre mães revelam a ideologia de onde partem Voltar
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Faça um teste. Solte uma criança numa área de um shopping e finja que ela está perdida, então pergunte 'de quem ela é', vc vai ver que a maioria falará 'Cadê a mãe? Onde tá a mãe'...Por quanto tempo ainda veremos o pai como um mero cuidador eventual, uma babá'?
Hoje a Folha pegou no meu pé, como a dona Solange pegava no pé dos intelectuais na Ditadura militar. Tive vários textos censurados.
Discordo!Mãe é mãe. E quando o filho não presta, certamente, a mãe não criou direito. Se todos tivessem uma mãe tão rÃgida e justa, como tive, certamente, o mundo estaria melhor. Nenhum dinheiro do mundo vale uma mãe, pai ou filho. Ou como disse certa época para um sobrinho: daqui a mil anos: o filho é seu,a paixão, amor, namorada, por tempo que ficar, será uma desconhecida.
Por que digo mãe? Porque poucos pais atuam como uma Mãe. Um irmão teve a guarda do filho e o criou com todo esmero e carinho. Muitos homens são diferentes:jogam filhos no mundo e nada.O meu pai foi um santinho. A última frase que disse em vida: esse marditopt vai dominar o Mundo. em 7/12/1987 teve avc.Era tão bonzinho que minha sobrinha o homenageou com seu nome: Pedro!
Minha mãe foi Tudo! Daria parte de minha vida para ter ela perto de mim. Na primeira vez que fui convidada a subir de cargo, cheguei em casa e conte,ela pensou e disse: quem não tem competência, não se estabeleça.E estava certa! Depois subi, e nas subidas mais elevadas de minha vida ela não estava para me aplaudir. Educou de tal forma que nós, os seis irmãos, hoje cinco!,o covid levou a Clemeci!, somos unidos.Ela era rÃgida. O Pai era um santinho.
Adoro, Vera, que vc põe o dedo nessa "crença da mãe é tudo"! Como pegou esse marketing nos nossos tempos de hiper produtividade! Acompanhado sempre de expectativas irreais, cobranças absurdas e enaltecimentos exacerbados à s mulheres mães que conseguem (à custa de muito sofrimento emocional e fÃsico), cumprir o esperado. Ou, ser execrada e cancelada. Até quando vamos embarcar nessa?
Como decaÃmos, dos casos estudados pelo Freud a um relato tolo desses, tipo revista Capricho no divã. Ai ai
É preconceito de minha parte, Chiara. Simplesmente não consigo olhar assuntos da revista Capricho com alguma seriedade. Que o tema do farsesco conflito fosse referido superficialmente como um paradigma, vá lá. Mas usar a exploração midiática ora voltada contra a mãe (parece que hoje já começou a se voltar contra o pai) como base estrutural da matéria, me parece enorme tolice. Ou talvez não, pode ser que o preconceito reduza minha já fraca capacidade cognitiva e me torne deselegante.
Ah, que deselegante... O que tinham os casos estudados por Freud? Ele parou pra analisar a brincadeira de um menino com um carretel. A lupa da psicanálise se desdobra sobre tudo. Vera trouxe muitos questionamentos e várias referências em um espaço reduzido.
Perfeito!
Eu chego em casa de manhã cedo Minha mãe me diz -Quando é que você vai viver decentemente? Oh, mamãe querida, nós não somos as afortunadas E as garotas querem só se divertir Oh, as garotas querem só se divertir O telefone toca no meio da noite Meu pai grita: O que você vai fazer da sua vida? Oh, papai querido, você sabe que ainda é o número um Mas as garotas querem só se divertir Oh, as garotas querem só se divertir É isso que elas realmente querem Se divertir
E agora, como subsumir Drummond: "se eu fosse rei do mundo, baixava uma lei: mãe não morre nunca".
Daria tudo que conquistei profissionalmente, para ter a minha ao meu lado.
Segundo consta, o pai da moça é b0ls0narista e segue diversas páginas "de direita" no Instagram.
Parece que não foi o pai que quebrou um dente da filha com uma bofetada... Quem sabe a ideologia não está nas entrelinhas do texto da matéria...?
A ideologia tem sido sempre o mais forte, não que um ou outro esteja correto. Estranho é a autora vir em sequência e comentar os posts, como que defendendo ferrenhamente seu ponto de vista. Sem deixar os leitores debaterem. Que estranho.
Do lado de quem o pai ficou?
Vera Como sempre, cirúrgica. Sobre a parte final:” Para os demais, a eterna reflexão sobre o que os levou a serem pais/mães” . Ou talvez como foram seus pais e mães numa ciranda infinita onde alguns conseguem romper o ciclo de violências não passa do esse padrão para as gerações seguintes.
Excelente! Gostei muito da análise da expressão "mãe só tem uma".
Tomar partido sem conhecer é difÃcil analisar.
Talvez, a mãe esteja mais sob os holofotes porque há gravações com ela, mas o pai é igualmente responsável por se arvorar em dono do império construÃdo pela garota.
Os argumentos do pai e da mãe de Larissa são risÃveis e devem ser investigados. Mas o pai dela desapareceu da conversa. Como se a ação da mãe não viesse necessariamente a acompanhada da ação e/ou da omissão do pai. Não os estou defendendo
Liberdade para o leitor comentar e divergir.
Eu não entendi da mesma maneira o caso da Larissa Manoela denominada na matéria como "filinha". Se existem questões jurÃdicas que aejam esclarecidas. Não vi alà uma conspiração contra a mãe. Vi uma pessoa se protegendo e também uma mulher emancipada. O tom desta parte foi de ódio destilado. Tudo isso pra provar uma tese sobre a maternidade?
Você está correta. Li com pressa. O assunto é espinhoso e denso se não teve ódio destilado, pois não teve, espinhos não faltaram.
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Ênfase no todo.
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Eu não entendi da mesma maneira o caso da Larissa Manoela denomina na matéria como "filinha". Se existem questões jurÃdicas que aejam esclarecidas. Não vi alà uma conspiração contra a mãe. Vi uma pessoa se protegendo e também uma mulher emancipada. O tom desta parte foi de ódio destilado. Tudo isso pra provar uma tese sobre a maternidade?
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