Joel Pinheiro da Fonseca > Paladinos da ciência como Natalia Pasternak podem ir longe demais Voltar
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O TEXTO NÃO DESENVOLVE O TEMA, O TÃTULO EXPRESSA SEU NEGACIONISMO DISFARÇADO E O TEXTO ARGUMENTA CONTRA O TÃTULO. PASTERNAK SEMPRE SEGUE A CIÊNCIA E A LEI. ABUSO É ESTE ECONOMISTA QUERER FALAR DE SAÚDE.
Hilton Japiassu sempre esteve certo. Quando você tenta extrapolar seu conceito especÃfico de método cientÃfico muito além da sua área, o resultado pode não ser o esperado, uma vez que neutralidade cientÃfica não existe e a ditadura do método cartesiano pode ser um tiro no escuro. É isso que a obra em questão faz em pelo menos duas áreas, com resultados ambÃguos, nada esclarecedores e, em alguns argumentos, mostra exposição de preconceitos e falta de conhecimento: psicanálise e ufologia.
Precisamos de mais pessoas na da ciência como Pasternak (*) e jornalistas como Orsi contra negacionistas de esquerda e direita. Precisamos de cada vez menos de pseudojornalismo, do tipo como aquele que prega o distanciamento social em vÃdeo e tem ao fundo a sua emprega doméstica limpando a própria casa. Seria bom refutar (*) com alguma evidência, de preferência, cientÃfica e menos anedótica.
Coluna boa, isso mesmo. Sem contar a esperteza de da Pasternak, atacando a psicanálise. Não fosse isso ninguém nem se daria o trabalho de comentar. Ela queria vender livros e virar notÃcia de novo. A pandemia, afinal, lhe deu certa notoriedade. Merecida mas agora abusou.
Excelente comentário. Dona Pasternak tem méritos indiscutÃveis, comprovados particularmente na pandemia, mas o oportunismo midiático dela sempre foi evidente. Esse livro só veio provar o óbvio. E o fã-clube dela é aguerrido. Freud explica, com certeza.
Ciência não é o mesmo que método cientÃfico. Este, segundos muito bons cientistas (vide Rupert Sheldrake, p. ex.), anda precisando de uma autocrÃtica há tempos. O método cientÃfico anda varrendo coisas que não se encaixam em seus dogmas para debaixo do tapete há décadas, acumula contradições e não aceita ser confrontado sem acionar a arrogância e o discurso de autoridade tÃpico das religiões
Fica-se combinado que as leis da fÃsica que operam em nÃvel subatômico são diferentes para o resto da matéria (Por quê? Porque são e pronto!), e que o efeito placebo, levado em conta nos testes duplo cego, existe e é real, mas sequer considerar a hipótese da ação da consciência sobre a matéria é haram...
Religião é doença. Monte de superstições, crendices, mentiras. São tantos os deuses, santos, espÃritos ou seja lá que nome tenham. Estão sempre a procurar eventos para justificar a continuidade dos mitos. Quanta gente ganha a vida explorando essa fé...
As vezes, quem precisa evoluir é a Epistemologia e a Ciência. Afinal, mesmo com todo rigor, "todo conhecimento humano é parcial, incompleto e provisório" segundo o insuspeito E. Husserl.
Entre os cientistas há muita discussão séria e controversa sobre esta importante e relevante questão. Nas mãos de quem a produção cientÃfica não passou de uma tese de doutorado com duas publicações em revistas especializadas realizadas há cerca de 18 anos, corre-se o grande risco de virar bobagem.
Leu o livro? Com atenção e racionalidade?
Como já comentei aqui, o livro, de um ponto de vista das ciências e suas epistemologias, é um festival de bobagens. Advoga uma posição simplista e reducionista de ciência, superada desde os debates do positivismo com a ideologia romântica alemã no século 19. Agora, alimentará ignorantes.
Sem querer ser o dono da verdade: Não admiro jornalista de centro direita, nem a fanfarrona Covid Star autora do livro, para começar. Li resenha do livro e, conhecendo a peça, não vou furar a minha fila de livros a ler. Com o pé atrás que tenho com o Pinheiro, gostei da matéria. Achei leve, já que não aborda a vaidade da moça que, mesmo nunca tendo publicado coisa alguma de relevância da área de saúde coletiva, posava de Oswaldo Cruz durante a pandemia, fazendo de tudo para aparecer na mÃdia.
Pois eu acho que os autores do livro estão certÃssimos. O hábito de questionar os raciocÃnios vagos e as associações de ideias que parecem fazer sentido mas são ilusões, nunca foi tão importante nesse nosso mundo de bolhas e boatos disseminados pela internet. O Joel teria razão se estivéssemos saturados de racionalidade, o que não é nem um pouco o caso. Parabéns à Natália por saber usar a notoriedade adquirida durante a pandemia para prestar mais esse precioso serviço público.
Prezado autor, excelente posicionamento, contudo, não considero que estão indo longe demais, é preciso sempre estar ao lado da racionalidade e da ciencia, as crenças são apenas isso, uma mera crença, não merece credibilidade. Sabemos que o ser humano busca razões nada lógicas para confortar-se, eis que a verdade cientÃfica nua e crua para alguns é dificil de aceitar. Rituais religiosos são apenas isso, meros rituais, devemos sempre prezar pela valorização do metodo cientifico.
Estar ao lado do método cientifico com máximo rigor e inexpugnável racionalidade é papel legÃtimo, necessário e ... certamente válido para uma compreensão de alcance limitado do ser humano. As terapias não cientificamente comprováveis são parte de nossa humanidade há milênios e ainda por milênios. Será que nosso lado espiritual, metafÃsico e não mensurável é uma mera bobagem? Então seremos mesmo substituÃveis por máquinas sencientes, elas dispensarão o imponderável e que nos torna únicos e tolos
Colocar religião no SUS, como o governo do lula fez? O Pai de Santo o médium que faz cirurgia vai receber pelo SUS? E o Católico faz promessa e o Santo atende?O SUS tem que pagar!Ou outros métodos de curas religiosos?O que um religioso deve fazer é pedir para Deus por bons médicos em nossa vida.Tenho gratidão para com os Cientistas.Amo Marie Curie!Fui curada do Câncer graças à ciência. Deus deu a inteligência para os Seres Humanos para a descoberta da cura.Viva Natália.
senhor Julio: ademais, existem Vidas Inteligentes no Brasil fora da Boiada do lula e do bolsonaro. Em dezoito anulei. Em vinte e doiserrei ao votar para o Boiadeiro atual. Foi o sacrifÃcio que fiz por minhas crianças da Fauna e da Flora ou seja pelo Meio Ambiente. O único fanatismo que respeito é por Futebol porque sou Santos: fanático pelo lula é igual a fanático pelo bolsonaro: não pensa..
Senhor Julio pesquise. Saiu na semana passada.
De onde você tirou que Lula colocou religião no SUS? Fico feliz pela cura do seu câncer! Agora é hora de cuidar da cebecinha bozoloide, hein?
Sou super religiosa. Fui curada de um câncer, graças a minha religiosidade. Sim,São Padre Pio de Pietrelcina me curou do câncer. No dia 14/8/2007, uma voz me falou no ouvido: você nunca fez autoexame, porque não faz? Fiz e detectei o nódulo. Os exames, us, e mamografia, haviam sido feito havia oito meses. Marquei médico. E não gostei. Pedi a Deus para que me indicasse bons médicos.Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, tamoxifeno. Graças aos médicos estou viva.Viva a Ciência.
Petezada defendendo obscurantismo cientÃfico... Normal. Petezada mostrando a cara.
É a boiada. O berrante toca, a boiada vai atrás. Serve para o Boiadeiro anterior. E a boiada atual aprendeu com a boiada anterior: defende o boiadeiro e os vaqueiros.
Aposto que vc consegue um pouquinho mais de criatividade no comentário. Tente, vai ver que consegue.
Giovani
Quanto reducionismo, Getúlio !!! Recomendo leitura de qualquer um “ABC” da filosofia das ciências . Para argumentar com consistência.
Sem dúvidas um excelente artigo. Estou lendo o livro de Pasternak e gostando. Mas o colunista trouxe pontos importantes: assim como não faz sentido travar uma guerra contra religiões, guerrear contra práticas esotéricas está fadado ao fracasso, pois elas preenchem a necessidade ancestral -até mesmo genética - do ser humano de se apegar às superstições. Sou um cético inveterado, como talvez o colunista seja, mas reconheço isso, que parece ser o "moinho de vento" da autora do livro.
Joel, prezado, excelente argumentação. Entendo que é aplicável também a algumas posições que você expressa, que volta e meia criticamos por aqui, seus leitores contumazes. Há de haver debate, como o colega Marcelo aqui abaixo aponta, tolerante - e a palavra tolerância não indica falta de rigor, muito pelo contrário. Nós, os chatos que por aqui passamos, espero que exerçamos esse papel. Tomara.
Texto necessário e oportuno, afinal a dona Pasternak acha que o mundo tem obrigação de concordar com suas opiniões ilustradas de mulher branca. A verdade é que, finada a pandemia, dona Pasternak não se conformou em sair dos holofotes midiáticos e colocou todas as suas fichas em um livro que diz mais sobre o oportunismo da autora do que sobre as práticas x ou y.
Esse ataque adhominen, grosseiro e misógino diz muito sobre o autor e nada sobre Natália, que tem autoridade conquistada por mérito no tema divulgação cientÃfica.
A misoginia corre solta nos seus comentários. Melhore.
Sou da tez brasileira, paupérrima na infância, na adolescência, fui curada de um ca invasivo graças à ciência. Nunca peço a cura para Deus e meus Santos, não o meu amado Futebol Clube, peço que me dê bons médicos. E nas, agruras de saúde que passei na vida , Deus me colocou excelentes médicos em meu caminho. Gratidão a eles. Autoexame sempre.
Bater ao invés de convencer é papel de extremistas não de quem se propõe pesquisador
Parabéns ao articulista Joel. Me vi representado em seu texto. A função de "metralhadora giratória" dos argumentos da autora Pasternak que fez bem aos que respeitam a ciência durante a pandemia nos divide agora quando trata de pseudociências. Principalmente foi o titulo do livro e a indução ao discrédito à pscanálise e a seus expoentes que chocou o publico. Ao invés de "metralhar" as práticas que ajudam a tantos caberia ter adotado uma abordagem mais equilibrada como se espera de pesquisadores
Todos os temas são bem-vindos ao debate, que pressupõe exposição de motivos e escuta ativa do contraditório. Adjetivações também devem ser excluÃdas do bom debate.
Abomino autoritarismo. E o que acontece nesse cientificismo é o sujeito dando uma carteirada atrás da outra. Qual a utilidade de chamar a acupuntura , algo milenar, de bobagem? Não basta ser alternativa? Parece uma demarcação de quem pode exercer uma atividade e quem deve ser descreditado. Nao me parece algo que visa elucidar ou iluminar, mas corporativismo puro. Alem da psicanalise n citada aqui, que possui quantidade absurda de estudos e etc publicados em revistas cientÃficas centrais alto niv
Ate hoje nao se sabe o exato mecanismo do Tilenol ( exceto que é hepatotoxico dependendo da dose ), cada vez mais medicos agnostivos comprovam por exemplo que a oraçao sim tem efeitos positivos , a ciencia é cheia de teorias , que ao longo dos anos umas se mostram positivas outras danosas.
O comentarisat Luiz Martins está misturando alhos com bugalhos, Ignaz Semmelweis nunca teve coisa alguma a ver com homeopatia. Foi sim,um grnde médico e está correta a história da redução da morte nos partos. Acho que ele confundiu o húngaro Semmelweis com o alemão Samuel Hahnemann, o tal da homeopatia.
A minha observação é a seguinte: tratei meus filhos sempre com Homeopatia e sempre deu certo. Nem tudo que a ciência não explica está errado. Veja o caso do médico Ignaz Semmelweis, colocado em manicômio por insistir na importância de se lavar as mãos, quando a ciência ainda não entendia os germes. Mesmo tendo provado que as mortes por parto cairiam em alguns casos de uma a cada quatro para uma a cada vinte e cinco.
Antidepressivos também são pseudocientÃficos. Alguns dos mais usados apresentam a mesma taxa de efetividade que placebos. Porém é uma pseudociência praticada por laboratórios farmacêuticos que financiam a ciência. A ciência também precisa ser mantida sob escrutÃnio.
A Alo patia trata doenças. A Homeo patia trata uma pessoa que está doente (mesma doença, remédios diferentes). Por aqui se vê que qualquer tentativa de testar a Homeo patia por métodos alopáticos está fadada ao fracasso. Enquanto isso milhares de pessoas passam a vida toda tratando toda a famÃlia só com Homeo patia, com 100% de resultados, porque não são idiotas de entrar numa roleta russa desnecessariamente. A propósito, o placebo só funciona em um número muito pequeno número de casos.
Luiz, vc precisa ler o livro. Sério.
Nossa querida doutora Pasternak anda jogando um bocado de água fora da bacia, e mais esse livro desnecessário. Será que "voltou americanizada"?
A partir do momento em que práticas de medicina alternativa se apresentam como capazes de curar doenças, ou ao menos melhorar os sintomas, elas competem com a medicina cientÃfica na preferência ingênua dos pacientes, e são, portanto, inerentemente nocivas, devendo sim ser combatidas com todo vigor.
Experiência pessoal por si só não serve de evidência. Você pode achar que foi a homeopatia que funcionou, quando pode ter sido outra coisa. Só o método cientÃfico é capaz de isolar os fatores intervenientes e identificar as verdadeiras causas, tanto da doença quanto da cura.
Gente, qual o propósito deste texto irresponsavel, sem pé nem cabeça? A vacina salva e salvou milhares de vidas, qualquer suposição contrária à ciência e a tratamentos comprovados a gente viu no que dá: mortes que poderiam ser evitadas. Lamentável sob todos os aspectos.
Marcelo Fernandes se candidate a ombudsman da Folha, dispenso sua mediação.
Lamentável é o seu comentário. O livro não é sobre "a vacina". Pelo visto, você não leu o livro e veio aqui falar do que não sabe. Tente melhorar, afinal já basta a arrogância da dona Pasternak.
Acho correto, mesmo que em tom muito assertivo, lembrar as pessoas que essas práticas não tem embasamento cientÃfico pois a verdade é que se não o fizer, essas acabam se tornando equivalentes à s verdadeiramente eficazes.
Eu acho que o que irrita muitas pessoas - talvez me irrite um pouco - é o tom de extrema satisfação com que cientistas como a Natália Pasternak expõem as "evidências cientÃficas". É como se a humanidade se resumisse a dados, metadados, experimentos. "Veja a lista de evidências aqui!", "Não, olha esse artigo cientÃfico!". Sendo bem sincero, a maior parte da população quer ciência para remédios, cura de doenças, algumas dicas de bem-estar e deu. Deixe o resto para a contradição humana.
Premissas ruins por todo o texto. Não existe pseudociência inócua porque todas se pretendem confiáveis na resolução de um problema e não são, portanto "ficar em seu quadrado" quer dizer basicamente ter um espaço de livre enganação. As PICs tem de ser combatidas porque quando vamos a um hospital esperamos estar num lugar que concentra todo o avanço cientÃfico disponÃvel para tratar alguma mazela. A energia gasta numa direção não pode ser gasta em outra, é um movimento de precarização.
Todo o avanço cientÃfico não se concentra em lugar nenhum, o SUS não consegue pagar, e está disponÃvel para muito poucos.
O que me parece evidente é que quem define a polÃtica pública são as instâncias coletivas dos usuários (conselhos de saúde municipais, estaduais e nacional), assim como os legislativos, os executivos, as entidades de saúde; não são instâncias isoladas que, sozinhas, decidem o que é o melhor para a população (prioridades, recursos, terapias, tratamentos, promoção e prevenção em saúde).
Esse é ponto Paloma, a distribuição de recursos públicos. Não tenho base para afirmar que esse é objetivo último do livro Que Bobagem, mas é muito provável. O instituto Questão de Ciência (da um google), comandado pelos autores, declara que sua missão é "apontar e corrigir a falsificação e a distorção do conhecimento cientÃfico na arena pública, promover a educação cientÃfica e apoiar o uso de evidências na formulação de polÃticas públicas". É disso que se trata.
O livro citado é muito bom. Ele mostra com clareza a ausência de fundamentação cientÃfica em muitas práticas altamente difundidas. Muitos dos que administram tais práticas são movidos pelo lucro fácil e enganam os incautos, inocentes e deslumbrados. Ressalta-se também a coragem dos dois autores do livro em abordar assuntos que contrariam os interesses o sistema. O livro não poupa os dogmas e bobagens de ninguém (incluindo o espectro polÃtico da esquerda à direita).
Usar a ciência em busca do lucro fácil pode, né?
A Natalia Pasternak foi mais uma vÃtima do excesso de exposição na mÃdia. Durante a pandemia do Covid, ela apareceu mais do que o razoável, fora da sua área de especialização (a sua tese de doutoramento é centrada em uma bactéria - não vÃrus) e foi por aÃ. Com o final da pandemia, é natural que o ego a empurre para outras áreas, buscando nas letrinhas de imprensa, mais destaque e palco. Deu no que deu.
Primeiramente, quando pessoas optam por tratamentos pseudocientÃficos em detrimento de tratamentos médicos comprovados, correm riscos significativos, principalmente em casos de doenças graves. Além disso, há o gasto financeiro em produtos ou tratamentos sem eficácia comprovada. Em alguns casos, métodos pseudocientÃficos podem ser diretamente perigosos para a saúde. A desinformação propagada por estas crenças pode levar a decisões mal informadas, e a decepção pode ter um forte impacto.
Ele critica o timing das religiies afro, entao galileu errou o timing?
Ele absolve os placebos com um argumento q caberia tb no caso da cloroquina
Sem entrar no merito de todo o escopo do livro, os argumentos do joel foram pueris
Sem a ciência, não estarÃamos aqui depois da Covid. Pseudo ciências podem ser inócuas se forem complementares, dado o efeito placebo. Entretanto, quando são usadas exclusivamente, podem ser muito perigosas.
TaÃ! Não esperava de um colunista tão certinho posição tão consistente. Ele parece compartilhar com Pasternak o preconceito que vê a ciência como panaceia. Preconceito sim, porque nem tudo se pode testar, ou Deus já estaria morto e enterrado. Mas é capaz de entender que nem tudo que não é ciência é bobagem. A multiplicidade de alvos do livro esconde o fato de ser apenas um: a psicanálise. Alvo antigo de seu marido e co-autor do livro, que não conseguia a penetração que sua esposa consegue.
Divaguei. Queria falar da dificuldade que temos para perceber que as pessoas não podem ser enquadradas como boas ou más. Qual o problema de uma mesma personagem ser lembrada com carinho por certas ações e em outra oportunidade ser criticada por vender marketing vestido de divulgação cientÃfica? Esse novo puritanismo, estimulado pela exposição constante ao julgamento nas redes sociais, onde todos se fazem de santos, é que é um problema maior.
E como afirmar que uma crença é “inócua” ou “até positiva por seus impactos no bem-estar psicológico”? A pessoa que, confiando na “imposição de mãos”, demora a procurar ajuda médica, não estaria se prejudicando? Ou faremos uma análise consequencialista? Neste caso, há milhares de pessoas que, acreditando na Invermectina e na Cloroquina, passaram bem pela pandemia…
O autor acredita que a deusa ciência é capaz de dizer se uma prática é inócua ou prejudicial. É uma posição ingênua. A questão é: ninguém está livre de tomar decisões importantes com base em informações imperfeitas, incompletas ou insuficientes. E o mundo não é justo. Bolsonaro pode não ter se vacinado e se tratado com cloroquina mas está ai, vivo, só porque vaso ruim não quebra. Não adianta usar a ciência para fugir à responsabilidade por decisões ruins.
Eu uso homeopatia a mais de 40 anos,meus filhos e netos, tem funcionado, vou continuar.
Tenho setentrional, nunca usei homeopatia. Nunca me fez falta. Hai capito? Voilà ! Ecco!
Saio da produndidade epistemológica para um lugar mais do senso comum. A crença na ciência é tão perniciosa como sua negação. Quem disse que tudo que é produzido pela ciência tem um valor inestimável? Quando vou a um médico e ele me receita um medicamento quem diz que ele usou a ciência em seu diagnóstico e indicação? Usou um produto da ciência, o medicamento. Quem afere o quão cientÃfico o médico fo? Ele usou a ciência ou sua crença na ciência? A discussão parece mais sobre a crença na ciência.
Na verdade é sempre por conta e risco da pessoa que escolhe o caminho a seguir... a ciência sequer tem respostas para tudo, e também erra: Sou velho o suficiente para lembrar do lançamento da margarina para substituir a manteiga de origem animal, que era mais prejudicial ao sistema vascular. E o desastre da Talidomida?
Voilà ! Ecco!
Nada é caro quando é combinado. Há métodos para fenómenos naturais, sociais e para aqueles em que o natural, o puramente humano e o social se misturam criando uma zona de difusão imensa. Além disso, toda investigação cientÃfica tem um caminho de escrutÃnio dos pares, desde a definição de hipóteses até a apresentação de resultados concretos. Qualquer tema que não passa por esse processo simplesmente não é cientÃfico, o que não significa que seja mal. A arte não é assim e é importante.
Quando a astrônoma Jocelyn Bell descobriu as estrelas pulsar, estrelas densas que emitem ondas de rádio foi através de um gráfico feito pelo computador de um telescópio. Através de uma sofisticada interpretação teórica ela pode "ver", através de instrumentos, o objeto pulsante. Por isso que eu digo que tudo é teoria em ciência. A busca por boas explicações corrige erros, vieses e perspectivas enganadoras.
Sr Vito, parabéns por todos os seus comentários aqui. São muito esclarecedores.
A questão é difÃcil mas essa atitude cientificista positiva incita pessoas a questionarem o que é realmente cientÃfico. Mas creio que não podemos esquecer do consuetudinário, o alopático, o hábito do povo. Pode ser proveitoso, inócuo ou perverso mas a partir dai está por conta e risco de quem usa sem o aval do cientÃfico. Particularmente já tive uma infecção e tratei com êxito pela alopatia com êxito, mas foi por minha conta e risco. Evito ao máximo remédios para dores.
Acho que você quis dizer Homeopatia, porque Alopatia é o tratamento convencional para infecções. Na minha famÃlia todos se tratam com Homeopatia, desde pequenos, todas aquelas doenças infantis e depois que crescem. Se o médico prescrever o remédio indicado, dá certo sempre, portanto não é placebo. (e isso não é simples como olhar num DEF e ver para que serve o remédio, porque na Homeo patia pessoas diferentes com a mesma doença são tratadas com remédios diferentes, muitas vezes )
Toda observação cientÃfica hoje é feita por instrumentos cientÃficos. É impregnada de teoria. Um astrônomo, hoje em dia, raramente olha o céu através de um telescópio. O James Web detecta o infravermelho, que é digitalizado, gravado, e combinado com outros instrumentos, processaso e analisado por computadores. Usa-se o falibilismo, uma conjetura buscando uma boa explicação para poder escolher entre teorias existentes, esse é o papel da observação. Escolher entre a teoria do Big Bang ou outra.
A intenção do colunista é nobre ao pregar a tolerância, mas a critica não procede. A obra "Que bobagem!" precisa ser lida com mais atenção. Não será destinando recursos públicos excassos para custear práticas comprovamente ineficazes, como é bem esmiuçado no livro, que serão resolvidos os problemas da saúde pública. Ora, os recursos estão sendo drenados da medicina séria, baseada em evidências. O livro é excelente, corajoso e muito oportuno. E a polêmica é bem vinda, afinal.
Prezado Luis, homeopatia é um capÃtulo do livro. Lá é bem desenvolvida a questão de que os efeitos dela não diferem do efeito placebo. Um abraço.
Veja o caso do médico Ignaz Semmelweis, colocado em manicômio por insistir na importância de se lavar as mãos antes de fazer um parto, quando a ciência ainda não entendia os germes. Mesmo tendo provado que as mortes por parto cairiam em alguns casos de uma a cada quatro para uma a cada vinte e cinco. Nem tudo que não se compreende não existe. Segundo o G1 os que testaram seus métodos o fizeram de maneira errada e não obtiveram os mesmos resultados (evidentemente). O mesmo se dá com a Homeopatia.
Exatamente Edmilson. As pessoas são livres para acreditar e utilizar o tratamento que preferirem, nas não é o caso do SUS, que deve prestar conta a população quanto ao uso de recursos públicos.
Hoje em dia nós não testamos toda teoria testável, mas somente algumas que nós achamos que são boas explicações. A ciência seria impossÃvel se não fosse pelo fato que a maioria das teorias falsas podem ser rejeitadas de imediato, sem qualquer experimento, simplesmente por serem más explicações.
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