Joel Pinheiro da Fonseca > Paladinos da ciência como Natalia Pasternak podem ir longe demais Voltar

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  1. Vito Algirdas Sukys

    Contudo, a testabilidade não pode ser um fator decisivo na revolução científica também. A razão porque a testabilidade não é suficiente é qie a previsão não é e não pode ser o propósito da ciência. Se as explicações de fenômenos físicos fossem evidentes na sua aparência o empirismo seria verdadeiro e não precisaríamos de ciência. Um problema pode surgir teoricamente sem observações. Expectativas são teorias também.A ciência busca boas explicações com conjeturas, quando uma é refutada busca outra

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    1. Luiz Martins

      A minha observação é a seguinte: tratei meus filhos sempre com Homeopatia e sempre deu certo. Nem tudo que a ciência não explica está errado. Veja o caso do médico Ignaz Semmelweis, colocado em manicômio por insistir na importância de se lavar as mãos, quando a ciência ainda não entendia os germes. Mesmo tendo provado que as mortes por parto cairiam em alguns casos de uma a cada quatro para uma a cada vinte e cinco.

  2. Nelson Franco Jobim

    O problema é que as pessoas acreditam e recorrem a práticas anticientíficas e as usam em substituição a práticas médicas de base científica. Quanto ao assassinato da mãe de santo, não vejo relação com as críticas ao uso da religião no SUS. Todas as religiões merecem respeito, mas não podem ser confundidas com a ciência.

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  3. Vito Algirdas Sukys

    A revolução científica foi parte de uma revolução intelectual maior, o iluminismo. Este era uma rebelião contra a autoridade tradicional no que diz respeito ao conhecimento. O empirismo procurou se basear somente nos sentidos para o conhecimento, medida salutar mas incompleta na concepção de como a ciência funciona. O empirismo puro é falso, uma consequência desta tradição é que uma teoria científica deve ser testada. Popper chamou isso de critério de demarcação entre ciência e pseudociência.

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    1. ENNIO BALDUR HAMMES SCHNEIDER

      Exato. Foi com Popper que a ciência ganhou o status de uma atividade também passível de erro, portanto mutável. Daí sua afirmação de que a irrefutabilidade não é uma virtude, mas um vício.

    2. Vito Algirdas Sukys

      Caríssimo Paulo, Larry Laudan, em seus livros apontou muita confusão de conceitos obscuros em Thomas Kuhn, aliás Laudan foi aluno de Kuhn, porém conhecia mais a física do que ele. Laudan tem um artigo que refuta o critério de demarcação de Popper e seu realismo ingênuo. Na revista Ciência e Filosofia N3 da USP eu escrevi uma resenha do livro de Laudan.

    3. paulo werner

      Vc foi muito bem, Vito! Sugiro a leitura dos epistemólogos franceses, especialmente o professor de Thomás Kuhn: Alexandre Koyré, bem mais interessante q seu aluno americano. Essa algazarra na tenda popperiana é conversa do mal entendido com o equívoco.

  4. José Pedro Junior

    Achei o artigo excelente! Na minha opinião, Joel soube apresentar uma crítica equilibrada e madura, além de manter elegância de estilo.

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  5. Vito Algirdas Sukys

    Até que ponto os graus de liberdade de uma democracia permite que um indivíduo viva com o seguinte princípio: "Viva e deixe viver"?

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