Caro prof. Conrado H.M, ótimo artigo, só acrescentaria que o diabo é ilusionista e antigo,daí se veste de acordo com o gosto e crença de seus adoradores.

"No Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa". (Luis Fernando Veríssimo)

A diferença entre um constitucionalista e um cientista político fica evidente: de fato, Lula não está constitucionalmente obrigado a respeito lista tríplice. A nomeação é de livre escolha dentre os membros do MPU, e não só do MPF. A experiência iniciada em Lula 1 e 2, e repetida na Dilma 1 e 1/2, não foi das melhores, pois a categoria escolheu aqueles que lhes concederiam vantagens remuneratórias extrateto. Entre o querer político e o dever-ser, prefiro este último: que Lula escolha um bom nome.

É óbvio que a experiência com auto gestão do MP tem produzido corporativismo e desconfiança. Um ambiente tóxico vai gerar eleitos tóxicos. A atribuição é do Presidente, mas ele deve tomar a decisão em cima dos fatos. Dizer que não vai considerar é gratuito, preconceituoso. Nessa o Lula foi mal assessorado

O que importa é os procuradores e juízes seguirem a lei, sem botar panos quentes nos figurões. Recentemente tivemos isso com Moro, Deltan, Janot e Alexandre. Já o Aras é o equivalente ao Gilmar Mendes na pele de promotor.

Professor Conrado, brilhante!

Nomear o chefe do MPF é prerrogativa do presidente eleito pelo povo. A lista tríplice nos deu o Rodrigo Janot, um notório desequilibrado. A indicação do Dr. Aras, um procurador que defensor das garantias constitucionais e do devido processo legal, foi uma das melhores iniciativas do Bolsonaro, pois os abusos da Lava Jato estavam impedindo o país de crescer desde 2014.

Existe não um excelente motivo, mas um mandamento imperativo para Lula jogar fora a lista tríplice. Os poderes da república não podem se subordinar a interesses corporativos. Antes uma indicação política do centrão do que uma eleição entre procuradores. Comparar uma possível indicação de Lula com o indicado por Bolsonaro, não é um argumento honesto. Notem a força do corporativismo jurídico, compra os melhores dentre eles.

O motivo de não seguir a lista, que não é obrigatória, é evidente. O Aras largou em primeiro na campanha pelo cargo, oferecendo a Lula seus serviços como capacho de presidente, amplamente testados e aprovados durante o governo de bolsonaro e sua quadrilha. O presidente vai nomear alguém assim (não o Aras), porque ele pode e porque não quer ser incomodado com meras questões legais.

A Folha não tinha razão nenhuma para deixar de chamar Jail de extremista. Entretanto não o fez.

Bom artigo. Sugestão de futuro artigo: desequilíbrio constitucional no STF. Temos assistido um ministro com super-poderes (aspas), prendeu mais de mil discricionariamente , aplicou uma multa de 22 bilhões visando implodir internamente um partido, age como juíz de excessão, mantém inquéritos abertos sem respeitar os trâmites legais, aplica multas e bloqueios sem a devida proporcionalidade. Tudo isso monocraticamente, a título de uma pretensa defesa da democracia.

Lula, com tudo o que ocorreu não tem motivo, mesmo com prisão e golpe, apoiados pela folha? Não há obrigatoriedade em utilizar a lista tríplice, aqueles que escolhem a lista tríplice não foram eleitos, é uma lista corporativista. Citar qualquer ato do monstro das joias e dos 700 mil como justificativa é vazio.

Jamais teremos descrição mais acurada do que foi a gestão aras na PGR do que nos artigos do Prof. Conrado. Cumprimentos! Quanto à lista tríplice, depreende-se que se não é compulsória não significa que não devesse ser considerada com toda atenção, assim como critério de representatividade para o STF: o caso Zanin parece começar a mostrar o custo do critério apenas personalíssimo...

A questão Conrado não está nessas qualidades de Aras que você expôs. São os outros adjetivos de Aras que faltam completar. Ele destruiu as operações que poderiam pegar muitos do Congresso e de várias tendências. Por isso parte do PT defende a continuidade de Aras, mostrou-se fiel a esses objetivos que beneficiou a todos. Há um enorme totem dele nos escondidos calabouços do Congresso onde vão para adorá-lo. Se Lula reconduzir Aras vai pegar mal prácas, mas fará todo sentido. Gratidão!

Falar de lava-jato e pior ainda de anti-lava-jato a essa altura do campeonato é tapar o sol com a peneira... A PGR não é e nem deve ser feudo de ninguém e sim servir à nação. Aras é a prova exemplar do contrário disso e tem que ser posto fora (pra ontem). A eternização do perdão é uma porta para a corrupção.

O Nobre colega não tem acompanhado as pesquisas sobre elites políticas e culturais? Inclusive aquelas publicadas por pessoas graduadas em direito como a do Viegas da FGV? Não creio nisso...

"No Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa". (Luis Fernando Veríssimo)

Falou, falou, falou e não disse nada. Ainda não foi dito um argumento se quer que viabilize a lista tríplice corporativista além da mera vontade e visão de mundo do colunista.

Prof. Conrado, data venia, nem em teoria o senhor convenceu. Lula pagou na pele erros do MPF e do judiciário. Todos os PGRs desde o engavetador-mor Brindeiros, acharcaram contra o povo brasileiros. O celerado Aras, nem as melhores bancas do Brasil defenderiam melhor bolsonaro. Aras atuou flagiciosamente contra todos. Nenhum dos ex PGRs responderão por nada, dado que não tempo hábil para concertação. A solução para a PGR é de fora.

Não compreendo como um homem do seu porte intelectual escreve tanta nescidade neste jornal de tanto prestigio. Antes de tudo, a "razão" decorre de um direito assegurado por alguma norma jurídica. Diga-me a Lei que obriga o Lula a escolher um membro da listra tríplice ? Se não houver alguma Lei, a razão então assiste ao Lula. A manchete conduz o leitor a uma informação errada o que para nossa querida Folha de São Paulo, o melhor jornal de nosso tempo é inadmissível.

Conrado, a questão da lista tríplice está confusa. Se esse é o argumento de defesa, é muito frágil.

Os eleitos dessa lista tríplice são do interesse pessoal dos promotores do MPF, ou seja, tem cunho corporativista. As motivações dos promotores, na hora de votar, está longe dos interesses da justiça. Se fosse para seguir uma lista, os eleitores não deveriam ser apenas do MPF.