Luciano Melo > Palavras que curam; obrigado Natalia Pasternak e Carlos Orsi Voltar
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Ciência ou pajelança? That's The question. Sugiro o seguinte; 10 psicanalistas entrevistam 10 condenados por crimes hediondos, que hora os há à farta, para avaliar suas motivações e sugerir terapias. Ao fim e ao cabo se comparam os relatórios e se apura o grau de dispersão.
Uma das marcas do pensamento cientÃfico é uma pressão de mudança que tende a passar por cima de suas principais figuras. Assim Einstein foi escanteado pela fÃsica quântica, mesmo tendo participado de sua origem. Quando a reverência a pais fundadores ultrapassa o mero interesse histórico, é para se desconfiar. É o que acontece com teorias como a homeopatia e a psicanálise, que de certa forma se congelam no tempo.
Ótimo comentário. A Santa Inquisição dizia que o Mundo era parado. Sob risco da fogueira, ajoelhado para abjurar suas descobertas, ainda assim ousou dizer: per muove! O respeito a Freud, não pode transforma-lo em dogma. Fosse assim, farÃamos ainda trepanacoes pra curar dor de cabeça
Há nesse argumento um total engano, refletindo o completo desconhecimento de quem critica a Psicanálise. Não existe reverência a ninguém, apenas reconhecimento pela complexa construção dessa forma de abordar a mente. Seria bom se os autores e comentadores estudassem um pouco mais o tema para não cometerem esses enormes e crassos equÃvocos.
A obra de Pasternak e Orsi é um convite ao debate sadio e a reflexão edificante que estimulam o pensamento crÃtico em tempos de desinformação muitas vezes criminosa. Quem discorda do livro, que apresente o que o levou a acreditar no que agora é debatido. Mas se esse material de suporte inexiste, então mãos à obra. Questione, duvide, elabore suas teses então verifique experimentalmente. Mas lembre-se, provar algo no campo cientÃfico não é elementar, e quase sempre requer esforço e criatividade.
O texto é acessÃvel ao leigo. É fato q em pesquisas randomizadas a terapia cognitivo comportamental mostra eficácia e a psicanálise é teoria. No dia a dia profissional recebemos os q passaram pela tcc e os q passaram pela psicanálise, a primeira deu respostaa significativas.
Texto tÃpico de um homeopata,placebo.
Não sei se entendi a posição do colunista. Mas, somente começou a fazer sentido quando expôs diferenças entre psicoterapia (e expoente da TCC, esta como técnica ) e psicanálise (teoria). Mas, do todo, a parte que mais gostei e que entendo relevante é: o debate é sempre relevante. Sempre digo isso quando lembro de Copérnico e Galileu!
Os autores conseguiram trazer para o nÃvel raso de porta de botequim as questões de enorme relevância para os avanços da ciência, que estão há tempo sendo examinadas com seriedade por cientistas, acadêmicos e profissionais da saúde. A bobagem exposta no tÃtulo mostra que o livro não vai pautar o debate sério e responsável que estas questões exigem. Pelo contrário, entendo que foi feito um Insulto aos cientistas e acadêmicos e um deserviço para a saúde pública.
Essa pesquisa me fez lembrar do meu irmão que, também fez uma pesquisa, só que eleitoral, ligando para umas 14 pessoas - é isso tudo mesmo! Deu 85,71% de aprovação para o candidato amigo dele. E teve a ousadia de publicar. Meu irmão é terrivelmente confiável. Quando abriram as urnas - o candiato dele ficou em quinto lugar, de uma disputa entre 5 candidatos. É claro que quem errou foi a metodologia cientÃfica de pesquisa, porque meu irmão nunca erraria. Pode confiar.
Quando tive câncer,podia estar combalida pelos efeitos da santa e maravilhosa quimioterapia, gratidão aos cientistas, se alguém me perguntasse como eu estava, respondia, saindo do fundo de minha alma: estou ótima. Na radioterapia, para desviar a dor psicológica, minha defunta mãe, fez no mesmo local e deu metástase, queria tirar foto da máquina. E escrevia e-mails para os parentes: rádios que me partam...! RisÃveis. Nada entendi do que o senhor escreveu, mas, ponho-me de acordo.
Por favor, com tanta desrazão em nós, defina razão.
O autor só aborda o tema fundamental da sua exegese do meio para o final do texto, o de que psicanálise e psicoterapia são coisas bem distintas. Debocha de Kant e de Comte, mas parece ter pressa e urgência em discordar de um neurologista bem mais famoso e importante, Sigmund Freud, e de afirmar que a psicanálise não seja ciência. Nenhum psicanalista que se preze se importa com isso, mas inúmeros são os profissionais de outras áreas que afirmam o contrário. Transferência? Um divã lhes faria bem.
Mais um para somar à horda que não sabe de fato o que é psicanálise e como ela se sustenta. Não direi quanta bobagem pra não plagiar, mas quanta ignorância.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Pasternak e Orsi não desprezam a psicoterapia, mas a psicanálise. O artigo não deixa isso bem claro. Mas acredito que até a psicanálise funciona, assim como conversar com o padre, para certo nÃvel de distúrbio.
De novo esse assunto? É muito pirão para pouca farinha. Está é virando um caldinho.
*Immanuel Kant
A evidência cientÃfica foi o atalho que a indústria enxergou entre o produto e o consumidor, ou seja terapêuticas e procedimentos entregues quase que diretamente aos pacientes. Funcionou, o ato médico se instrumentalizou de tal forma que o médico virou apenas um solicitador de exames, aplicador de tabelas e prescritor de remédios e procedimentos. Tudo isso muito bem embasado pelo modelo reducionista da ciência.
Prezado Ernesto, obrigado pelo comentário. A Revolução CientÃfica do século XVI deixou o seguinte legado: “Tendência consistente em reduzir os fenômenos complexos a seus componentes mais simples e considerar estes últimos como mais fundamentais que os fenômenos complexos observados”. A estatÃstica é apenas uma linguagem que suporta algum rigor. Os modelos matemáticos empÃricos nunca reproduzem a realidade. Navegar é preciso, viver não é preciso.
Ciência reducionista não é ciência. Qualquer ciência tem que ver o todo em suas transformações, movimentos. E se "funcionou" ou não, envolve muita estatÃstica.
Uma observação sobre o 'efeito placebo': se o cara tem úlcera, toma pÃlulas de Arrozina e se sente melhor, o H Pylori continua a ulcerar e depois vai estar pior de saúde. Se o objetivo de um tratamento é fazer a pessoa se sentir psicologicamente melhor, Arrozina, Prozac, psicanálise, TCC, religião ou Mãe Odete podem ter o mesmo efeito. O cara está se sentindo melhor e pronto. Nenhuma doença subjacente está, em tese, evoluindo. O efeito placebo é o mesmo efeito desejado pelas outras terapia.
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