Hélio Schwartsman > Medo do acaso Voltar
Comente este texto
Leia Mais
O senso comum é uma praga que transforma a racionalidade num demônio. Não há, porém, pior acomodamento de ideias do que o proposto pelo academicismo. Prefiro a sabedoria popular ao debate empedernido dos megalomanÃacos da Academia.
Que tal deixar que os candidatos sejam escolhidos por 'flutuações quânticas aleatórias'?
penso que um hÃbrido sera bom, metade seriam os mais votados e a outra metade seria sorteio entre os menos votados excluido uma parcela que obteve, por exemplo) menos de x porcento de todos os votos Seria uma forma de alguém bom que nunca vai ser eleito mostrar seu valor
Diferente do autor - ateu confesso e praticante - eu que permaneço agnóstico (e que fui católico praticante) e equilibrando em cima do muro das incertezas, achei muito interessante o final do texto: o fundamental papel que a SORTE tem na vida de todos nós. Concordo integralmente, isso existe mesmo! Mas para quem crê, isso tem outro nome: GRAÇA ! - É reconfortante conceber esta opção - existe a Graça, o Dom que um Deus amoroso oferece por razões que desconhecemos. Creia e seja feliz..
Penso que antes de se falar de acaso, é preciso antes sabermos se o mesmo existe, em função das leis do universo, que nos faz existir antes de nascer e continuarmos a viver depois de morrer. Ou não fazemos parte do universo?!Este é eterno mas nós não? Será que é isso?! Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!
Helio, o defensor da meritocracia. Brincadeiras a parte, exatamente por isso -em termos economicos- é muito melhor uma sociedade que creia na meritocracia, ainda que esta obviamente fique muito longe da perfeição, do que o seu oposto, a ideia esquerdista de que é tudo um jogo de cartas marcadas e consequentemente leve, ou justifique, a inação.
O problema da meritocracia é a desigualdade de condições. Por exemplo a fórmula 1. Ninguém dúvida que Hamilton, Vettel e agora Verstappen sejam ótimos pilotos. Mas tendo um carro muito mais rápido o talento não faz tanta diferença
Quer dizer que as pessoas não jogam nas loterias?
Carla, da população adulta, menos de 5% apostam... O artigo tem sentido... Sugiro, para diversão e aprendizado, o livro "O andar do Bêbado", de Leonard Mlodinow... É muito, muito interessante.
Não precisa recorrer a "flutuações quânticas aleatórias". O livro "O andar do bêbado - O papel do acaso em nossas vidas", de Leonard Mlodinow, está cheio de exemplos acessÃveis da nossa dificuldade para lidar com o acaso. A visão de um universo determinista, rejeitada pela fÃsica contemporâneas ainda persiste em muita gente. Prova é a afirmação, tão ouvida, de que "nada é por acaso".
Kkkkk... Imediatamente após eu ter respondido de maneira parecida com a tua (sobre o comentário que apareceu primeiro para mim), acabei lendo o teu... É o acaso o culpado...
Sorteios, no mundo real e não na cabeça dos acadêmicos, têm mais facilidade de manipulação. Aà o receio não é do acaso, mas da arbitrariedade.
O que precisamos nos acostumar, é não fazer afirmações sobre o que desconhecemos. Uma das primeiras coisas que se aprende quando se descobre que já vivÃamos antes de nascer ( antes do "berço") e vamos continuar a viver depois de morrer ( depois do "túmulo"), é a de que "o acaso não existe"! Se há leis que regem o universo também as há que o fazem ao nosso destino, ou estamos fora do universo?! Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!
Alea jacta est.
É inegável o perigo de uma sociedade à mercê do desfecho de eleições 'personalistas' (Lula x Bolsonaro, Trump x Biden, etc), em que os candidatos, por seleção adversa, muito provavelmente tenderão a exibir os traços da chamada 'trÃade sombria'. Uma democracia parlamentarista é na margem menos suscetÃvel, já que o eleitor tem diante de si partidos, os quais por definição são instituições mais abstratas idealmente desvinculadas do rosto de apenas um polÃtico.
Bem por ai. O que queremos do Estado? Para mim sua principal função é o bem estar social. Então o que temos como modelo no mundo? A Europa Ocidental que tem democracia parlamentarista(tira o poder do presidente ou rei), que há tempos saiu do capitalismo selvagem (liberalismo economico) com o Estado intervindo na economia em determinados momentos e questões pontuais. Demora, mas o voto na legenda que tem uma lista, não em pessoas. se não corresponderem com as metas, não voltam.
Em tese, faz sentido. Porém, o ethos do brasileiro pouco afeito à aceitação do que o outro recebe, logo acharia um modo de burlar o próprio sorteio. Me lembrei da fraude a cassino de Las Vegas onde a densidade das esferas foi alterada. A maior prova da nossa necessidade de previsibilidade é o próprio Direito. Uma estrutura tentacular e poderosa que anda bem corroÃda pelos interesses privados como vimos na crônica judicial da última semana. Sweet dreams.
Há uma proposta do Piketty que na minha opinião seria viabilizada com um sorteio. Para aumentar a mobilidade social, em vez de subsÃdios diversos de pequeno valor, alguns jovens receberiam de uma vez só o equivalente a uma herança. Digamos algo da ordem de 1 milhão de reais, para começar a vida. Com 25 bi do antigo bolsa famÃlia haveria 25 mil contemplados por ano.
Nas eleições para a Junta Central, que governou a Espanha entre 1808 e 1810 resistindo a invasão napoleônica, fazia-se uma lista trÃplice, mas o representante escolhido era por sorteio.
O uso de sorteio em concursos públicos pode ter vantagens, como garantir imparcialidade e eliminar potenciais viéses de seleção. Isso acontece porque o sorteio é aleatório, evitando influências externas e tornando o processo mais transparente. Além disso, pode reduzir custos e recursos associados a avaliações complexas, promovendo uma distribuição mais equitativa das oportunidades entre os candidatos qualificados. E até pode reduzir o stress...rs
Artigo bom com hipótese ótima. Sinto que é assim mesmo, algo profundo gera mal estar com sorteios. Eu mesma não gosto, mesmo sabendo que são justos.
Quando sua1%materia acerca do tema circulou achei interessante mas faltavam subsÃdios explicativos. Agora o autor postou outras idéias que ainda não tive tempo de ler, mas creio que a democracia jamais se dará somente pelo voto. É um grande inÃcio mas ninguém representa100%outrem. Gostei do debate
Obrigado Anna.
tem um livro brilhante sobre isso - pequeno e fácil de ler - “Contra as Eleições”, de David Van Reybrouck. Recomendo muito. Reybrouck defende a democracia e cita pesquisas sobre o aumento do interesse dos cidadãos no debate polÃtico, mas não necessariamente nas eleições. O problema não estaria na ideia do sistema em si, mas sim em sua principal ferramenta: o processo eleitoral. Por isso a ideia do sorteio entre cidadãos, eliminando paulatinamente o politico de carreira e profissão.
Primeira matéria, digo
Os sorteios são manipulados eis s nossa experiência!
"A imparcialidade só merece a nossa gargalhada". (Nelson Rodrigues)
Imparcial e aleatório são coisas distintas. Sorry.
Se não for sorteio quem vai levar são os comprometidos com milÃcias polÃticos tidos como honestos.
E quem serão os sorteáveis? Eu e você ou os mesmos polÃticos viciados de sempre?
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Hélio Schwartsman > Medo do acaso Voltar
Comente este texto