Essa tomada de consciência de que a vida deve ser bela perante o curto espaço de tempo que temos enquanto ocupamos um corpo, habitado sobre o planeta Terra, nos faria seres humanos melhores e todos teriam recursos e recursos em abundância. O modelo de cooperativismo deveria ser unilateral, sempre na busca de harmonia e felicidade e nunca de acumulação e exploração. O mundo anda triste, "meus amigos são amigos de ninguém".

Vamos envelhecendo e continuamos apegados, ambiciosos, egoístas. Já deveríamos ter aprendido que com pouco dá pra viver bem, e que cada qual com seu pouco faz com que todos têm muito.

Depois de seis mudanças (Passo Fundo, Porto Alegre, São Paulo, Vargem Grande Paulista, Hortolândia, Porto Alegre) aprendi não acumular coisas, organizei uma pasta rígida com documentos essenciais para uso ainda em vida, outra para minha futura sucessão, onde há escritura do jazigo, recibo de plano funerário, certificados de seguro, cópia do IR, cópias de escrituras públicas e documentos pessoais, parece estranho, mas a partida é a única certeza que temos.

Interessante esse livro e talvez o compre, pois tenho pensado e realizado isso no meu dia a dia e as pessoas a quem conto minha ideia pensem que tenho alguma doença e esteja me preparando para morrer. Porém o que penso estar fazendo é o mesmo da autora, minimizar o trabalho de minhas duas filhas e deixar o mínimo de tralhas das quais elas teriam de decidir o que fazer. Sempre digo que deveríamos ter uma atitude mais branda e menos sofrida com a marte, pois ela virá sem nos avisar.

Interessante a proposta do livro.