"Como somos únicos, nós trabalhamos aquele progresso junto com aquele que divide conosco as mesmas ideias, a mesma moral, os mesmos sentimentos”. (o livro dos espíritos - Kardec) Portanto, as almas afins dizem respeito àqueles espíritos que compartilham uma mesma frequência energética, os mesmos valores, a mesma sintonia. Nos sentimos bem com o par, terceiros e até mesmo estranhos quando estamos na mesma faixa, lei da atração (ou repulsão) ou afinidade das almas.

Sou casada a 36 anos e não me vejo longe de meu marido e ele também não se vê longe de mim, construímos uma vida juntos, em meio a muitas turbulências da vida, sempre seguimos firmes com a certeza que o amor supera qualquer desafio que a vida nos impõe ! O que está faltando nesse planeta é amor e resiliência!!

O fato de não serem ambos neuróticos ajuda a manter a união. As expectativas também devem ser realistas.

A essência do problema humano básico é que as pessoas vivem uma vida substituta. A partir de sua necessidade humana básica de proteção, segurança e conforto, elas fazem uso de todo tipo de subterfúgios para evitar lidar com a vida como ela é. Daí parecerem com cadáveres ambulantes que preenchem o seu vazio existencial pelo consumismo, conquistas de todo tipo, sexo, trabalho, lazer etc., além de acreditar que merecem uma biografia.

Eloquentes ou nulos tendem a ser os silêncios e os diálogos entre as pessoas já que são baseados nas imagens que cada uma faz da outra. Assim, cada dito e cada silêncio esconde lembranças, desejos, temores e expectativas, sem ignorarmos que tudo que é dito é atravessado pelo não dito.

Pra mim, com quase 30 de casado, mais importante que a felicidade é termos paz. Paz com voz, porque paz sem voz é medo, como diria o poeta.

Conversas estão permeadas de silêncios e de comunicação não verbal - gestos, expressões faciais, tom de voz, contato visual (ou não), proximidade física, postura. Há momentos que o que é dito está em desacordo com o que expressado, outros não. Mas a comunicação seria impossível sem momentos de silêncio. Às vezes, fala-se demais quando o melhor seria o silêncio. Noutras vezes, silencia-se quando falar algo seria bom. Logo, a sabedoria resulta em distinguir bem quando silenciar ou quando falar.

Querida Mirian, é sempre um prazer lê-la! Conheci meu esposo por intermédio de um grande amigo que me prometeu: no mínimo, uma boa conversa. E conversas abundam em 10 anos de relacionamento. Desejo-lhe também boas conversas pelo seu caminho, como têm sido suas colunas para mim. Abraços!

Acredito que a comunicação é um excelente indicador da longevidade de um relacionamento seja este familiar, de amizade, profissional, amoroso ou social. Conversar é uma arte na qual é preciso abertura para escutar sem interromper, ter disposição para aprender, participar e aceitar diferenças e assim por diante. Isso já mostra o grau de dificuldade dessa prática na qual podem ser regadas as sementes da humildade, gentileza, bondade amorosa e compaixão.

Conversar é excelente e possível, já o bom humor é difícil.

Se a conversa for o que segura um casamento por muito tempo, essa geração do celular, se casar, não vai durar muito tempo. Impossível competir com o “mundo fascinante” das redes sociais

Acredito que casais de mais idade se separam por que chegou a hora de ficar só os dois, os filhos se foram, diminui-se o ritmo do trabalho, amadureceram, descobriram que o tempo que lhes restam vale ouro e não dinheiro. Não tem mais pra onde fugir. Agora é a hora do cara a cara. Tornar-se inimigos mortais é fácil: patrimônio dividido, sensação de frustração, de enganação por longo período de tempo. Permanecerem felizes para sempre está relacionado a sorte de encontrar a cara metade ( é real).

Lendo a coluna tive uma lembrança de meus falecidos avós, quando já estavam em idade avançada continuavam conversando sempre. Uma tarde observando o que conversavam fiquei surpreso, ele contava algumas histórias antigas e ela falava sobre coisas do dia-a-dia. A simplicidade, alegria e carinho que ambos nutriam um pelo outro talvez explique a longevidade da relação.

Outra perfeição! Histórias de vida mescladas com explicações razoáveis para vidas que dão certo e outras nem tanto... E que cada um de nós possa encontrar, ASAP, seu Ruy ou sua Helô!

Ele fez uma compilação chamada "O amor de mau humor". Tão boa e imperdível quanto outra sua, "O melhor do mau humor".