Podemos comer de tudo. E devemos comer de tudo. Mas não devemos comer tudo. E não devemos comer sempre mesmos tipos de alimentos. E isso inclui esses alimentos desenvolvidos. Navegando em sentido contrário estão as grandes redes de supermercado, cuja eficiência logística limita variedades ao mínimo, influenciando a agricultura. Tente encontrar romã, cacau, jatobá, ora pro nobis, num supermercado. Missão impossível.

Embora coerente, essa teoria vai contra todas as dietas de cura, em que só alimentos com a constituição natural podem beneficiar o organismo humano, como o protocolo Gerson, que exclui a ingestão de alimentos geneticamente modificados. Polêmica.

Bastante discutida essa proposta da biofortificação de alimentos, desde o início desse trabalho pela Embrapa. A biofortificação, embora negado, é um processo de transgenia, e sendo assim todo o cuidado é pouco pela insuficiência de estudos sobre as suas consequências. Em nenhuma população em que a alimentação é saudável e adequada não há prevalência importante de fome oculta a não ser quando associada a patologias específicas.