Opinião > Psicanálise e ciência: chega de bobagem Voltar
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Por que é comum chamar os SABERES, conhecimentos , etc, de CIÊNCIA. Uma das razões é que a ciência tem credetibilidade pelo acerto das suas previsões. O que Pasternak disse é que não se deve chamar a psicanálise de ciência. Assim como, por exemplo, chamar o conhecimento jurÃdico de ciência ou mesmo chamar a matemática, a linguagem dos número, de ciência.
"Tratamento com suporte empÃrico para doencas comuns". Perfeito. É isso mesmo o que eu sinto que faço como psicanalista, e empiricamente vejo os resultados, satisfatórios na maioria dos casos.
Que pena que Natalia Pasternak que tanto fez durante a pandemia se envolva voluntariamente numa polêmica destinada a perder.
Ótimo artigo. Eu mesmo tinha dúvidas sobre a questão, uma vez que a psicanálise sempre foi alvo de questionamentos por parte dos cÃrculos acadêmicos, por nem sempre se adequar a métodos indutivos de pesquisa. Muito importante a abordagem registrada aqui.
Muito bom!!!
Uma coisa acredito que é certa. Nem tudo cabe dentro de visão de um microscópio eletrônico. Nem tudo se resolve com Rivotril.
A ciência empÃrica moderna surgia há menos de 200 anos. Logo, se só o que é ciência tivesse valor e impacto na realidade concreta, então como explicar uma lista interminável de conquistas ao longo de milhares de anos de civilização humana?! Indianos e maias chegaram ao conceito de zero na matemática antes mesmo do surgimento da ciência moderna...
O que se conceitua como ciência moderna não é uma forma de desprezo pelo conhecimento acumulado pela humanidade, apenas uma forma de avaliação de hipóteses levantadas para a explicação de processos e fenômenos naturais a partir do teste racional das mesmas. E não se pode negar que tal método permitiu um crescimento exponencial do conhecimento sobre a natureza, inclusive a humana
O termo pseudociência só pode ser direcionado para uma teoria que se pretenda cientÃfica, embora não seja. Acupuntura surgiu há milhares de anos na China, então o termo acusatório nem faz sentido, a não ser menosprezar...
O livro que bobagem! É péssimo, mas verdade é que Freud e Lacan não foram cientificos em seus métodos. Pois não há quase nada da descrição metodológica das suas investigações. Se estudos posteriores em neurociências comprovaram suas ideias, o mérito então deveria ser destes pesquisadores, não de quem só levantou as hipóteses. Mesmo assim isso deve ser visto com cuidado. É fácil só pegar dados e dizer que se encaixam com uma teoria já posta caso se simpatize com ela. O contrário também.
Os autores do artigo misturam evidência cientÃfica, teste de hipóteses e evidências anedóticas com a bobagem de lugar de fala. O fato de que parte de uma teoria psicanalÃtica se demonstrar válida, não a torna, automaticamente, uma ciência no sentido popperiano. De fato, chega de bobagem!
O livro de Pasternak é imensamente falho. Tenho uma análise crÃtica dele no meu site Criticando Kardec.
Vi sua crÃtica, muito bem fundamentada. Agradeço pela recomendação.
Discordo de que a publicação de Pasternak e Orsi não qualifica o debate. Os autores não usaram argumentos de autoridade para defenderem sua tese, e basta ver as reações de tantos colunistas neste jornal para mostrar que o debate está bem aquecido no momento, e me parece distante de um consenso.
Mas equiparar a psicanálise com ufologia?
Os autores (Pasternak e Orsi) não usaram argumentos para defender suas teses. Só usaram de... bobagens. Veja minha crÃtica ao livro no meu site Criticando Kardec.
Muita novidade no texto, mas permanece o fato de Freud e Jung fornecerem exclusivamente evidências anedóticas; me parece (parece) que as evidências fornecidas no artigo se baseiam em talk therapy, que pode ser feita fora da psicanálise. E nem o artigo nem a Pasternak comentam a propaganda da psicanálise como um Saber Sagrado fora do qual não há salvação.
Interessante o revide de Sidarta Ribeiro e Mario Eduardo Costa Pereira às ideias de Natalia Pasternak e Carlos Orsi acerca da psicanálise e da acupuntura. É importante notar que há no artigo uma observação quanto a considerações semelhantes às nele expostas poderem ser feitas ao redor de outros saberes atacados no livro em foco. Seja como for, é curioso ver a bióloga tão incensada na pandemia tendo seus demais posicionamentos criticados por exaltadores da "vitória sobre a Covid-19 e o fascismo".
A ciência foi capturada pelo capitalismo e no caso da medicina permitiu que o complexo médico industrial comandasse a caneta do médico tanto para a propedêutica, quanto para as prescrições. Foi anunciado que a Dra. Natália passou a fazer parte do Conselho Consultivo da farmacêutica Jansen, era de se esperar que ela assumisse a soberba caracterÃstica dos que passam a ser os portadores da verdade por dominarem a ciência.
Sr Adriano Ferreira: tem razão quanto ao quantitavismo do Lattes. Mas convenha: menos de um artigo por ano só se justifica em Einsaintesianos. Já viu o numero de citações desses 12 artigos da doutora?
Parabéns! Belo artigo! Quem ainda quiser negar esses caminhos não faz ciência, mas sim negacionismo.
Ôôô, Senhores, que beleza de artigo ponderado e consubstanciado! Que bom que tiveram saco de escrevê-lo, mas está até extemporâneo, não sei se por letargo da folha . publicá-lo. O que não o faz menos útil, necessário dizer: tanto no caso especÃfico em questão, quanto em relação a assuntos gerais, a idéia do debate com substância argumentativa é essencial e proveitosa - em outros momentos da vida pública brazuca, seria supérfluo. Não agora, quando as paixões têm tomado a frente dos argumentos.
Ótimo artigo. Começamos a falar a lÃngua dos homens Â…
O professor Sidarta me parece fronteiriço em relação ao mainstream cientÃfico. Pode ser que seja um novo Galileu, mas não acho muito provável.
Totalmente decepcionada com os autores do livro. A autora, se valeu da notoriedade que alcançou na pandemia e surtou. Suas afirmações na época da pandemia foram corretissimas, por isso fica claro entender que o sucesso subiu a cabeça.
Hoje em dia se faz de tudo para vender livros ,até menosprezar a ciência .
CertÃssimo! É que ela aprendeu com certo polÃtico, orientado via norte-americano: falar loucura midiática te mantém em evidência propagandista.
Pasternak ultrapassou os limites da arrogância e prepotência em uma área que foge ao seu conhecimento. Não sei quais seriam os conhecimentos na área do coautor da pu
*publicação
Vejam artigo "Psychoanalysis: Science or Pseudoscience? Examining the status of Freudian theory", no The Skeptic. A conclusão é que a maioria dos psicólogos consideram a psicanálise uma pseudociência.
Paulo César, o problema com a referência que você citou é que a revista The Skeptic não é cientÃfica no sentido de ter revisão por pares, como todas as citadas no artigo. Mesmo se as conclusões do artigo que você cita forem verdadeiras, usar algo que não passa pelo processo cientÃfico para invalidar algo que passou é tão pseudociência quanto o a Natalia Pasternak alega no seu livro.
Os psicanalistas não consideram a psicanálise uma ciência, no sentido Poperiano de falseamento de hipóteses. Porque aceitariam um tÃtulo de pseudociência dado pelos psicólogos?
Quando um suposto cientista usa o termo "saberes", meus detectores de picaretagem começam a disparar.
Rapaz! Os meus também. Aliás vender picaretagem como ciência é fácil prá caramba!
No site do CNPq é possÃvel consultar o CurrÃculo Lattes, um retrato da qualidade e produtividade dos pesquisadores brasileiros (e de alguns estrangeiros também). Me surpreendeu a pouca produção da autora do tal livro: 12 trabalhos em 17 anos desde o doutorado, o que para nós do metier é muito pouco. Portanto, não devia se arvorar tanto em grande cientista: é uma jornalista, que escreve sobre ciência conhecendo-a de longe
Apesar de não concordar com a autora, penso que usar esse argumento quantitativo para avaliar a qualidade dela como cientista, é um engano. Se assim fosse, Einstein não seria nada, pois pouco publicou. Não confunda produtivismo lattesiano com qualidade, por favor.
Ainda não li o livro objeto deste artigo, achei-o em princÃpio pretensioso demais . Perguntei a mais de um profissional da área afeta à psicanalise e as opiniões foram na mesma direção deste artigo, felizmente.
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