Que texto bom! E premonitório.

Que delícia de artigo Giovana. Te curto demais! Está tudo tão politicamente chato. Não estou dizendo em absoluto que as bandeiras não devam ser hastiadas. Elas DEVEM! É de que tenho a sensação de que tudo deve ser resolvido num apertar de tecla, como a gravação de um vídeo no Tik Tok... ou por meio de um comentário grosseiro e raso no Twitter... sei lá... sensação, rs.

Era tudo incorreto? Era. Mas a vida está ficando muito chata também. É muita fiscalização. Daqui a pouco em vez de palmada vamos levar surra por dizer qualquer besteira.

E eu ainda tomei leite em garrafa de Coca-Cola. Era o máximo. Mas isto foi muito antes. Ainda usámos arco e flecha também. Belo texto!

É verdade. Mas a caderneta de vacinação era bem preenchida e era orgulho da então dona de casa. Hoje, evitam levar os filhos para vacinação. Podem virar jacaré ou comunista. Ou muito pior- um jacaré vermelho.

Texto excelente, parabéns!

Os anjos da guarda eram muito mais acionados naquela época.

Giovana, preciso ser mais assíduo na leitura de suas crônicas. Como gostei!

Sim, estava no carro com meu pai, sem cinto, não havia, e numa pequena freiada levei 5 pontos na testa. Bons tempos aqueles....

Nessa parede de memória não há selvagens para serem lembrados. O hedonismo canibal desses surtos coletivos se chama barbárie.

Sim, ainda somos selvagens infelizmente.

Assim foi minha infância.

Urgente, liberdade para Assange.

Eu estava nessa. Por Deus! Texto impagavel. Parabéns!!

Maravilha de crônica... No futuro, certamente pensarão que somos selvagens agora... E alguns são mesmo, ainda com os padrões nossos atuais... Basta vermos os "Red Pills" e outros tipos abomináveis, que circulam por nós ainda hoje... Uma pessoa que se diz religioso, temente a Deus e que ora para Cristo, enquanto "faz arminha" com a mão tem pouco de civilizado.

Me diverti bastante nessa época, passei maus bocados. Lembro com carinho, mas nenhuma saudade. Somos um povo muito melhor e precisamos melhorar mais ainda. Muitos comentários defendendo aquelas maluquices, vai entender.

No carrinho de rolimã, deciamos ladeiras com carros ao lado e sem freio. Subiamos em telhados vizinhos para roubar o caninho da antena pra fazer zarabatana, ficávamos na rua com crianças de todas as idades. Brigávamos de sair sangue e os pais nem ficavam sabendo. A gente resolvia ali mesmo. Saudades.

Há quem prefira a vida asséptica e caricata dos dias que correm. Têm saudades da velha sala de jantar: "as pessoas da sala de jantar são ocupadas em nascer... em morrer". Vai de gosto.

Giovana Madalosso, é uma delícia ler suas crônicas! Muito obrigada!

Genial! Parabéns pelo texto!

O homem (mulher) ermergiu da natureza e, embora seja a criatura mais fraca do Universo, desenvolveu o pensamento e a inteligência, criando a linguagem, até prova o contrário ele é o único ser racional nesse vasto Cosmo, estou de aconcordo ter sido feliz no passado talvez porque perdeu muito da "inocência".

Torço mesmo para que as próximas gerações olhem o nosso tempo e nos julguem selvagens. Que geração foi aquela que permitiu tanta violência de gênero e cor, fome, desigualdade, desmatamento, poluição ambiental, genocídio indígena, campanha anti vacinação e ignorância?! Aí sim, poderemos quem sabe, ter evoluído!

Encontrei-me neste texto. Sendo daquela época prefiro dizer: Me encontrei neste texto. Daqui a trinta anos como vai ser dá até canseira pensar.

Aos que põem a culpa de massacres na religião, e Stálin, com o Grande Expurgo? E Mao Tsé-Tung? E Pol-Pot? E Fidel Castro, com o Paredón? Todos eles eram ateus e marxistas… Também exterminaram homossexuais. Mataram mais do que todas as guerras pseudorreligiosas juntas. Só queria entender a coerência do seu raciocínio… Tá tudo na net. (continua)

Era uma época que não existia a idiotice do politicamente correto: todos faziam piadas de todos e todo mundo ria... Lacração era lacrar algum produto pra evitar vazamento ou entrar pó ou poeira...

(continuação) Basta saber procurar. Agora pesquise em inglês que o resultado é mais promissor. Mesmo em espanhol, pesquisas na net têm maiores e melhores resultados. O banco de dados da net em português, em qualquer área do conhecimento humano, é paupérrimo.

O texto finaliza com um progressismo ingênuo, além da filha dos donos de um dos maiores e longevos restaurantes caros do Paraná, que nasceu em berço esplêndido, pagando de classe média baixa, a impostura para ganhar cliques não tem limites.

Parabéns, colunista! Ri muito com o seu texto! Parecia um filme dos anos 60 e 70. A aids não existia e "chupar bala com o papel" era um expressão divertida! Vivíamos melhor que hoje, que tem regra e lei pra tudo! Lembro, com saudade, de uma frase de minha mãe: " a vida é uma trilha, não um trilho". Escreva sempre!

Com todos esses graves problemas, éramos mais felizes. Hj vivemos o 1984, distopia do George Orwell. Não evoluímos no aspecto moral. Aliás, não sei se um dia evoluiremos

Não advogo a extinção da ciência. Todavia, a espécie humana tem ± 300.000 anos. A ciência tem pouco mais de 500. Foi o senso comum, de mãos dadas com a religião, que nos trouxe até aqui, vivinhos da Silva. Curioso é que os maiores ataques ao meio ambiente e ao ecossistema do planeta ocorreram mediante a colaboração direta da ciência, valendo-se o homem das descobertas científicas para promover as destruições do ecossistema planetário e as enormes poluições ambientais, e até mesmo do espaço...

(continuação) O lixo espacial que a ciência jogou na exosfera do planeta é deveras preocupante. Isso pode se tornar uma catástrofe ambiental espacial. O que dá azo à Síndrome de Kessler. Se não cuidarmos do nosso lar planetário, não poderemos garantir um planeta saudável para os nossos descendentes. O arsenal nuclear de todos os países somados tem potência para destruir 8 vezes o planeta. Evoluímos alguma coisa? Antes da ciência, esses fantasmas não assombravam a humanidade.

Tinha muita coisa errada nos anos 80 e 90, mas não havia a lacração de hoje, um mundo de jovens alienados com dancinhas ridículas de TikTok, falsidade e ostentação em Instagram e o cinema era bom, diferente dessa artificial diversidade e agenda política que nos enfiam goela abaixo. Não havia crianças trans não binárias assexuadas, enfim, éramos mais felizes 30 anos atrás.

Sim muitos..... evoluíram. Mas o bolsonarismo não aceitam essa evolução. Ficaram estagnados nesse tempo. "Onde tudo era melhor" conservadores de merda.

Em 30 anos não vão pensar que éramos selvagens, mas sem completamente loucos pela importância e tempo gasto com algo tão fútil como redes sociais.

Enquanto não educarmos as massas,...

Culpa do capitalismo desenvolvimentista ! Abandonamos os saudáveis esforços físicos pelas máquinas; e derrubando florestas e matando predadores as doenças aumentaram; e com o dinheiro ganho por poucos cresceram as segregações e preconceitos. Ah, abandonamos os freios das crenças pela ciência.

A descrição do período é perfeita. No entanto acho que mesmo assim éramos mais felizes. Penso também que de fato não mudou muita coisa, apenas passado um verniz. Num futuro bem próximo vamos nos transformar nos personagens de Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.

Aeroporto não tinha revista, podia levar à bordo o que quisesse dentro da sacola.

Daqui 30 anos será repugnante o lucro da indústria bélica, das corporações farmacêuticas, do sistema financeiro, o imperialismo cultural e econômico, os muros nas fronteiras garantindo o aparthaide. Terá que ser repugnante isso tudo porque, do contrário, repugnante será o futuro que nos aguarda logo ali. Tanto quanto já é no presente.

Daqui 30 anos, espero que seja escandaloso sujar a água com o próprio esgoto, emporcalhar a comida com veneno, falar de Deus para o enriquecimento ilícito, legislar em auto benefício, ganhar tanto por tão pouco, e pagar tão pouco por serviços indispensáveis. Teremos vergonha pela truculência da polícia nas favelas e o serviço público prestado à maioria, em especial na Justiça, Saúde, Educação e Infraestrutura. Teremos vergonha da hipocrisia, da desigualdade embalada no discurso meritocrático.

Tive empregada até uns 50 anos de idade, não lavava um prato, não ajudava minha ex-esposa, tinha preconceito involuntário com negros porque só os conhecia em posições subalternas, sofri muito com bullying na escola... lembrar da infância é legal, mas ainda bem que evoluímos.

Algum dia mamíferos comerem carne de outros mamíferos será repugnante

Éramos todos aéticos, uns mais outros menos. A norma moral e a jurídica tem uma comum base ética, ambas constituem normas de comportamento. Cada sociedade vai elaborar seu conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa que também são normativas. Na Espanha, vemos que as mulheres e os negros padecem em função do forte preconceito que desconhece a ética, enquanto no Brasil parecemos estar um pouco a frente. A crise é ética porque antes faltavam leis ou estas existindo não são aplicadas.

Que imaginação mais fértil. E imprecisa. Há décadas, ela nem teria nascido ainda, o cinto de segurança já era obrigatório. E pessoas sem noção assim muito raro.

Hoje, bato palmas de pé. Cronica linda! Me fez voltar à infancia… com nostslgia,sem saudades

O último parágrafo é a conclusão evidente, mas aí vem o reacionário, uma figura muito comum hoje em dia, e chama a evolução de mimimi, reinvindica o "direito" de fazer bullying, diz que apanhou quando criança e por isso não virou bandido, bebeu e fumou a vida inteira e goza de saúde perfeita, que nunca estudou, mas troca de carro todo ano, que nunca foi atrás de ciência e tem na igreja todo o esclarecimento que precisa. É o voluntarismo como filosofia de vida.

Acho que vc esqueceu das piadas com a loiras.

Mudaram costumes, aumentou o moralismo, extrapolou a vigilância, mas as bases, as raizes mesmo do mantém o que não é bom continuam as mesmas, com forte alargamento horizontal.

Poucas vezes li esta colunista, e o que li achei fraco, mas desta vez fui surpreendido. Texto bem humorado e crítico na dose certa. Gerou risos e reflexão. Sim, éramos todos selvagens. E ainda somos - com exceção da multa pela falta de cinto, pouca coisa mudou de fato.

naquela época um certo turista motoqueiro fujão, imbroxável e não coveiro, falso cristão e que troca de mulher como eu troco de cueca ainda não era celebridade nacional !