O Banco Central pode cortar os juros simplesmente porque estão demasiadamente altos em termos reais. Há muita gordura na taxa SELIC, gordura que entoque as artérias da economia e faz explodir a dívida pública. E apresentar como saída o corte de despesas públicas obriga o editorialista indicar que despesas cortar no nosso orçamento federal engessado. Se não, vira frase de efeito.

Faz me rir, editorialista, como é que concessões podem puxar o crescimento se eles nada fazem sem um pedido de reequilíbrio econômico financeiro, ou seja, sem aumento de tarifa e ou da contraprestação do ente público, esse sim um gasto injustificado. Cabe direito de resposta quandi alguém ofende a inteligência ?

Quanta chatura, digo.

A lógica da Folha é: Estado não pode gastar. Quanta custura!

O teto de gastos, a precarização dos contratos trabalhistas, o confisco da previdência do pobre e o desmonte sistemático das instituições públicas levaram 125 milhões de pessoas à insegurança alimentar e 33 milhões à fome. De repente, uma mudança radical na condução da economia e o governo despeja dinheiro, como fez a UE e os EUA, melhorando as condições de todos. A folha atribui a melhora da economia a um efeito retardado das reformas fiscalistas. Tenta outra?

Essa não foi a cartilha de Temer e Bolsonaro? Melhor não! Tomemos a direção oposta. Caminhão de lixo não é feira!