André Roncaglia > O futuro do Brasil reside além da porteira Voltar
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Parabéns Roncaglia. Teu comentário desnuda, cirurgicamente, o 'mito' agronegócio brasileiro. Teu diagnóstico reforça a explicitação das contradições que aumentam a desigualdade tributária, ecológica e social em nosso paÃs. Até quando o marketing do "agro é tech" "agro é pop" continuará expropriando a riqueza de nosso paÃs e justificando a desigualdade estrutural?
Esclarecedor.
Embora entenda o propósito do artigo, e concorde em boa parte, vejo uma contradição nessa postura. Pois são as mesmas pessoas que defendem o modelo asiático da presença do Estado para promover o setor exportador. Pois bem, isso já acontece aqui, só que nosso setor exportador dinâmico é agricultura, pecuária e mineração.
Pedro, nunca faltaram incentivos tributários (vide guerra fiscal por exemplo), creditÃcios (vide bndes) e tarifários(entre as mais altas do mundo) para a nossa indústria. Mesmo assim, fora as sandálias Havaianas, é difÃcil encontrar produtos industriais brasileiros nas lojas do exterior.
O modelo asiático - uma reprodução atualizada do modelo americano, inglês ou alemão de desenvolvimento - foca em tornar dinâmica aqueles setores abastados da economia. O agro não nasceu dinâmico, ele se tornou. Assim como a indústria extrativista (a Petrobras, por exemplo). Perceba como perdemos oportunidade de gerar valor com cadeias que já temos, ao invés de sofistica-las, endeusamos a exportação de primários brutos e seu superávit comercial, esperando que isso nos leve ao desenvolvimento.
Na verdade, o que o texto discute é a exclusividade no tratamento especial conferido ao agro, por um suposto maior benefÃcio à economia, e não aos demais setores, que tem maior potencial de agregar valor. Para os demais setores, Estado mÃnimo. Para o agro, máximo. Qualquer um que estude desenvolvimento das nações tem clareza que ele se dá pela simbiose do Estado e do privado, e isso fica claro no Brasil com o agro: só é o mais produtivo do mundo porque tem muito Estado.
Um artigo que desmistifica expressões errôneas desde o inÃcio da década de 90. Maravilhoso. Mas nunca entendi o por quê do agro não pedir estado mÃnimo para o seu setor. Alguém explica a incoerência? Afinal, de acordo com alguns deles, quem quer consegue.
Excelente artigo.
O articulista levanta uma questão importante, embora não passe despercebido os dois pesos e duas medidas da posição adotada. Fala-se do "projeto polÃtico-econômico do agronegócio". Certo. E o projeto polÃtico-econômico da nossa indústria? Ou ela é uma vestal digna de todos os princÃpios liberais? Convenhamos que não. Sendo um tanto reducionista, poderÃamos dizer que o projeto do agronegócio deu certo, do contrário não terÃamos ao menos a balança comercial superavitária. E a indústria?
Texto tendencioso, faltou mencionar os subsÃdios e protecionismo dados agricultores na Europa e Estados Unidos. E pergunto, para a Indústria dar certo a Agro tem que dar errado?
Ele não advoga que o agro tem que dar errado. Pelo contrário, exemplifica como poderiamos ganhar mais agregando mais valor aos produtos primários.
Ótimo artigo, desmistificando essa questão que o agro é tech e a importância da indústria para qualidade dos empregos .
Boa! Vamos desmanchar o terraplanismo. Chega de falsos investidores, falsos pagadores de impostos, falsos arriscadores, falsos empregadores verdadeiros chupa cabras como os 3G das Americanas, que roubaram 50 bilhões de reais e estão protegidos pelo judiciário.
Ótimo artigo para um posicionamento mais realista do agro negócio
No caso do café, como o Brasil pode criar um complexo agroindustrial, para ficar com uma parcela maior do lucro da exportação? Na Coreia do Sul o estado teve um papel que precisa ser mais estudado. Na China o capitalismo de estado pode estar chegando a limites. Como a Suiça vai reagir vendo o surgimento do complexo agroindustrial cafeeiro brasileiro? Um amigo coreano disse que a educação teve um papel fundamental. Petróleo recursos naturais podem atrapalhar mas como construir o Brasil do futuro?
Ôpa, bom defender o socialismo! O liberalismo mata o agricultor, não percebe e põe a culpa no governo e no trabalhador.
Professor, faz tempo que eu desconfio que vivemos na polÃtica do boi com soja ou soja com boi (outrora café com leite). Minha desconfiança procede?
va plantar alguma coisa e depois vc escreve um artigo sobre o assunto Se não fosse o agro já estariamos na mesma situação da argentina Ou vcs acham que a mesma nota de cem que passa de mão e mão no setor svc gera riqueza, tem que produzir. seja lá o que for e se possÃvel exportar, se der para agregar ótimo, se não der paciência, mas estão trabalhando duro. Ficar sentado na universidade com salário garantido e bom pago pelo governo, com impostos do agro, é fácil escrever qualquer coisa
O maior problema da Argentina é acreditar que tudo se resolve com uma boa colheita.
Paulo, qual é o tamanho da sua fazenda? E quanto vc recebe de subsÃdios?
Finalmente algum comentarista evidenciou a crescente desindustrialização do paÃs, que é quem realmente gera empregos, pois o agronegocio principalmente a pecuária de corte, utiliza pouquÃssima mão de obra, e mesmo a agricultura de exportação vale-se cada vez mais de maquinaria.O milagre.da China ocorreu quando desviou recursos de sua improdutiva e artesanal agricultura para a industrialização.
São corretas as observações de Roncaglia, mas não vejo uma conjuntura favorável ( ausência de espaço polÃtico e até mesmo condições fiscais para revisão dos privilégios do agro). Um projeto de industrialização deve se financiar com recursos adicionais. Esse povo derrubou imperador e ja conseguiu alguns golpes em defesa de seus interesses. Simplesmente, não dá pra bater de frente.
O agro, Mário, o agro. Ninguém governa batendo de frente com o agro. Sabe quantas tentativas de golpe essa turma escalou nos últimos 150 anos? Torço pela industrialização, pela sofisticação das forças polÃticas no Brasil, mas isso não se faz transferindo recursos de financiamento do agro pra indústria. Veja que num projeto inteligente, a reconstrução do parque industrial também partiria da sofisticação da planta de exportações do próprio agro.
É vi q se fala dos milicos. Não pode bater de frente. Não só pode como deve
Tá brigando com gente grande. Uma industrialização significativa reorganizaria o poder polÃtico no Brasil. 32 ainda vive (32 + 32, 64). Guedes negociou até preferências em compras governamentais em benefÃcio da indústria estrangeira. Todas as experiências de industrialização levaram à reacomodação das forças polÃticas (revoluções, guerras civis e grandes guerras). O agro tá sentado na cadeira desde sempre, por aqui.
Parabéns pelo brilhante artigo. André vc é essencial pra explicar aos leitores, principalmente à classe média fascista, como realmente funciona nossa economia pq ninguém entende nada, defendem coisas erradas e apoiam polÃticos que não pensam no paÃs e sim nos seus interesses e daqueles q os financiam. Povo brasileiro tbm é culpado pq vota em mts polÃticos ligados ao agro. Eles tem todas essas benesses pq estão no poder, infelizmente. Legislam em causa própria.
Muito boa a análise. O Brasil, pelo seu passado de monocultura, seja na cana, seja no café, volta e meia cai nessa armadilha, que acaba beneficiando pouquÃssimos brasileiros.
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